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Vê só!

 

“Sincretismo é um ato que se usa para agradar a todos e não faz bem a ninguém. Ninguém se completa com o sincretismo. É apenas uma confusão mental”.

Stella de Oxóssi, ialorixá, opinando sobre a mistura de credos.

 

“Tenho orgulho de dizer que comecei na TV sem ter sido atraída pelo glamour do vídeo. Sou de uma geração em que jornalismo não era sinônimo de glamour, mas de palavra, de trabalho duro”.

Glória Maria, jornalista.

 

“A procura aumentou de uns quatro anos para cá. Aparece pelo menos uma mãe por semana”.

Eliana Zica, tatuadora, comentando o crescimento da estatística de mulheres que passam pelas agulhas do seu estúdio para homenagear os filhos.

 

“Quando me criticam com relação a isso normalmente falam como se eu fosse um coitadinho que foi manipulado. A verdade não é essa. Sei muito bem o que fiz, o que isso representa na minha vida e na da minha esposa, pois tenho a convicção, no meu coração, de que quem ama espera”.

Kaká, jogador de futebol cristão, sobre as criticas que recebe por ter casado virgem.

 

“Acho que foi uma coisa meio de Deus que você aceitou, né?”.

Ana Maria Braga, apresentadora de TV, num comentário sobre a gravidez de Cláudia Leitte. Profundo, não?

 

Meu nome não é Ivete Sangalo, é catarro na parede. Eu quero brilhar no show”.

Ivete Sangalo, cantora, explicando porque prefere brilhos e cores berrantes em seus figurinos para o palco. Diz ela que na vida particular é mais discreta. Não consigo visualizar.

 

Yes!

 

“Olha, a coisa está preta, as orações têm dado certo, continuem rezando por mim”.

José Alencar, vice-presidente da República, apelando pelas preces do povo brasileiro em razão do câncer contra o qual luta há anos.

 

“Minha família está acima de tudo. Nenhum filme poderá me dar as alegrias que tenho como pai”.

Brad Pitt, ator americano, sobre o valor que dá ao relacionamento familiar.  Recentemente, Pitt revelou que pensa em oficializar a união com Angelina Jolie por causa dos seis filhos do casal.

 

“Adoro gays, mas prefiro que o meu filho seja macho”.

Claudia Leitte, cantora, grávida de sete meses.

 

“Pensando bem, acho que ela [Marina] tem muito bom gosto, porque a Gal é uma grande cantora”.

Roberta Sá, cantora, opinando sobre o relacionamento homossexual que as colegas Marina Lima e Gal Costa tiveram na década de 70.

 

“Estava na cara que Barack Obama ganharia a corrida à Casa Branca. Você já viu queniano perder corrida?”.

Milton Neves, jornalista e publicitário, sobre o presidente eleito dos EUA.

 

“Acho que há outras pessoas com aptidões educativas muito melhor que as minhas”.

George Clooney, ator americano, dizendo que, embora mantenha seu apoio às causas beneficentes na África, não está em seus planos adotar crianças de lá.

 

“A reencarnação é a maior idiotice que a imbecilidade humana conseguiu imaginar. E muitos caluniam ao dizer que Bíblia defende a reencarnação. Isso é bobagem”.

Oscar Gonzalez Quevedo, o parapsicólogo padre Quevedo, sobre a reencarnação.

A própria cegueira

 

saramago

 

Ele é aclamado no mundo inteiro por conta de seus livros, considerados verdadeiras obras-primas. Mas, quando se trata de espiritualidade, José Saramago, autor de “Ensaio sobre a Cegueira”, é o próprio cego. Foi o que deu pra notar dando uma olhada num vídeo de uma entrevista com ele que circula pela internet.

 

Confesso que sei muito pouco sobre a figura. É português. Ganhou o prêmio Nobel de Literatura. E escreveu este tal romance que virou filme e tem emocionado muita gente. Cristãos, inclusive. Enfim, deve ter seu mérito. Entretanto, qualquer pontinha de pré-admiração que eu pudesse ter por ele a ponto de me levar a pesquisar mais sobre sua vida e obra caiu por terra ontem, quando vi este vídeo. Trata-se de uma sabatina feita por alguns jornalistas da Folha. Nela, o cara fala, entre outras coisas, do que pensa sobre Deus e de como visualiza a Bíblia e coisas que, na sua opinião, a Igreja teria inventado, como o pecado e o inferno.

 

Parece que não é a primeira vez que ele dá suas alfinetadas no cristianismo e faz questão de dizer que é ateu. Não deveria. Entretanto, se fosse apenas uma opinião isolada que não fizesse diferença alguma para o resto do mundo, paciência. Não fomos criados como robôs e ninguém tem a obrigação de pensar de uma única forma. As religiões e seitas existem aos montes por aí – inclua-se nisso o ateísmo.  Cabe a cada um definir o que é melhor para sua vida. O problema é que, por ser alguém de muita influência, considerado extremamente sábio por público e crítica em todo o planeta, Saramago chega a envenenar com suas declarações pagãs. Basta observar os risinhos de aprovação e os aplausos da platéia para comprovar o efeito que sua postura causa.

 

Um dos repórteres perguntou se, após a cura da doença respiratória que quase lhe custou a vida, sua percepção sobre Deus havia mudado. E ele, sarcasticamente, responde: “Por que mudaria? Quem me curou foi meu médico e aquela senhora que está sentada ali”, disse, fazendo referência à esposa, Pilar. Logo depois, emendou: “Não quero ofender ninguém, mas, para mim, Deus não existe. Não brinquemos com estas coisas”.

 

Na seqüência, o autor, atualmente com 86 anos, diz acreditar que Deus é apenas uma invenção dos homens. Coisa de alguém que teve medo da morte e pensou que era melhor se agarrar à possibilidade de existência de um ser superior. Daí, segundo ele, é que a Igreja Católica teria aproveitado também para criar o inferno e o purgatório. O pecado, outra invenção, seria um “instrumento da igreja para controlar os corpos”.

 

Para arrematar os comentários de fundo (anti) religioso, Saramago fala que a Bíblia é um verdadeiro desastre. Foi escrita por homens e, por isso, não merece crédito. Além do mais está cheia de exemplos de incestos e assassinatos. “Não é um livro que possa ser deixado na mão de um inocente”, completou. Aham. Quem sabe a sua coleção aclamada mundo afora possa. Coleção esta que inclui o livro que lhe garantiu o Nobel de literatura, há dez anos, chamado “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”. Trata-se de um relato que, conforme a jornalista Maria das Graças Targino, mostra um “Deus vingativo”, um “diabo simpático” e um “Jesus maravilhosamente imperfeito”. “Uma obra-prima recheada de passagens literalmente incríveis”, comenta a moça, encantada.

 

Tá vendo como estas baboseiras perturbam a cabeça das pessoas? Mas, como ele é um intelectual inteligentíssimo, o cara, um grande sábio, tá valendo. Louco e ignorante é quem ousa discordar.

 

Taís Brem

Bueno!

 

“Os jogos de poder e as intrigas amorosas comuns à nossa natureza estão nessas obras. A Bíblia é um verdadeiro catálogo das paixões humanas”.

Moacyr Scliar, escritor, sobre o livro “Manual da Paixão Solitária”, que escreveu com base em Gênesis-38. A passagem bíblica narra a definição da linhagem de Judá a partir do incesto provocado por sua nora, Tamar.

 

“O que a minha família me passou foi esse conceito muito claro de liberdade: ‘Não tem que casar, não tem que ter filho. Você tem é que lutar para ser livre’”.

Glória Maria, jornalista.

 

“Associar o Saci à imagem de demônio não é válido. Pela lenda, ele é um menino sapeca que preferiu ser livre em vez de viver na senzala nos tempos de colonização do Brasil. Cada um cria sua imagem do Saci”.

Mário Candido da Silva Filho, presidente da Sociedade de Observadores de Saci (Sosaci), defendendo o personagem. 

 

“Não gosto daquela felicidade plena que o Dalai Lama prega. Você não vai ter um estágio idiota de alegria. Isso é o dia-a-dia, isso é a realidade’”.

Evandro dos Santos, humorista e intérprete do personagem Christian Pior, do Pânico.

 

“Eu apresentei a ela heroína, cocaína e a autodestruição. Me sinto mais do que culpado”.

Blake Fielder-Civil, (quase-ex) marido da cantora Amy Winehouse, assumindo a culpa pelo estado extremo de dependência química a que a garota chegou.

 

“Recebi um telefonema de alguém que achava que o Garfield deveria fazer um vídeo de exercícios para compensar os maus hábitos. Garfield e exercícios, é forçar a barra”.

Jim Davis, criador de Garfield, ironizando a opinião de quem acha o personagem sedentário um mau exemplo por aparecer apenas comendo e dormindo nas tirinhas.

 

“Precisamos de Deus para quê? Nunca o vimos. Tudo aquilo que se diz sobre Deus foi escrito por pessoas”.

José Saramago, prêmio nobel de Literatura, criticando a crença na existência de Deus. Durante sabatina da Folha de S. Paulo, o escritor português ainda taxou a Bíblia de “desastre” que, por ser “cheia de maus conselhos”, não deve ser “deixada na mãos de inocentes”.

 

 

Diz que me diz

 

“Ser pobre é como um câncer, agora este câncer está atingindo a classe-média. Isto não é o sonho americano, é o pesadelo americano”.

Nancy Kapp, assistente social americana e parte da parcela de cidadãos que virou sem-teto por causa da crise no mercado imobiliário dos EUA. Existe até lista de espera para o estacionamento onde ela e várias outras pessoas tem dormido dentro de seus próprios automóveis.

 

“É muito ingrato você ser a boa, né? Tão coitadinha, sempre choramingando, sempre sofrendo. A boa é passada para trás o tempo todo”.

Regina Duarte, atriz, falando do lado negativo dos personagens de boa moça que já interpretou.

 

“Se meu filho de 12 anos quisesse experimentar, eu diria que acho melhor começar um pouquinho mais tarde, porque é preciso certa estrutura psicológica”.

Frejat, músico, sobre a forma livre, leve e solta com que pretende abordar o assunto das drogas com seu filho.

 

“Os Beatles tiveram uma influência bem positiva no mundo e somente regimes que querem controlar seu povo tinham medo da gente. Nós rimos bastante da decisão do governo de Israel”.

Paul McCartney, ex-beatle, debochando do primeiro impedimento que o grupo recebeu de tocar na Terra Santa em 1965. Depois daquela, só neste ano o cantor conseguiu realizar shows em Israel. E ainda assim, com protestos.

 

“Eles não precisam dessa promoção. Eles vendem muito, vão bem no mundo todo. É um grupo que agora está no topo”.

Pedro Damián, produtor mexicano e criador do grupo RBD, negando que o anúncio sobre a separação da banda seja uma estratégia de marketing.

 

“Entrei numas zen e meditei sobre a prática do desapego, sobre a impermanência do universo, essas coisas espirituais. Mas como nunca fui santa eu também roguei uma praga: que os dedinhos dos ladrões entortem feito rabo de porco e não consigam tocar nos instrumentos, aqueles fihos da…”.

Rita Lee, roqueira, sobre como tem encarado o roubo de sua aparelhagem musical, em agosto. Ela ganhou de Hebe uma guitarra para colaborar na reposição dos equipamentos. Gracinha o nome do novo instrumento.

 

“A música baiana conseguiu algo único: ela vende beijo na boca. No show de rock, fica todo mundo olhando para o palco e ninguém pega ninguém. O axé vai se mesclar até com artistas internacionais, mas não vai morrer, porque é o único que vende beijo na boca”.

Emanuel Junior, sócio-diretor da empresa que organiza as principais micaretas de Minas Gerais, explicando porque o fenômeno musical dá tão certo no Brasil e até fora.

 

“Acredito que existe uma roda da vida. Ela vai girando e as coisas boas e ruins acontecem para todo mundo. Aconteceu comigo, e pronto”.

Joyce Pascowitch, colunista social, sobre o tratamento que está fazendo para o câncer de mama.

 

“Tenho muito orgulho de ter participado de uma fase tão importante na vida brasileira. Como economista, sinto-me privilegiada de ter podido fazer mudanças que vinha discutindo na minha vida acadêmica, por tantos anos. Foi um privilégio, ou uma sorte”.

Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia no governo Collor, sobre o terrível período em que muitos brasileiros perderam tudo o que tinham da noite pro dia por causa do confisco que ela planejou. Nos olhos dos outros é refresco.

 

 

 

 

Ora, ora, pois, pois

 

 

“Os blogueiros que nasceram no final dos anos 80 se referem à expressão como ‘provérbio’ ou ‘velho ditado’, nem imaginam que veio de uma propaganda”.

Washington Olivetto, publicitário, dono da agência W/Brasil e criador da campanha que contém a famosa frase “O primeiro a gente nunca esquece”, feita originalmente para divulgar um sutiã.

 

“Que maneira melhor de informar nossos clientes a respeito de nossas ações sobre as filas no check-in do que colocar uma mensagem que eles possam ler enquanto esperam?”.

Steve Bayliss, gerente de marketing da companhia aérea Air New Zealand. A empresa está buscando carecas que aceitem manter uma tatuagem temporária na cabeça para divulgar os serviços que prometem mais rapidez e menos filas. Cada careca deve receber o equivalente a R$ 1.200.

 

“Acho que o grande atrativo da novela é ainda a falta de opção das pessoas. A pessoa vê, porque não tem nada melhor para fazer naquele horário”.

Regina Duarte, atriz.

 

“Devemos copiar aquilo que deu certo na forma com que os evangélicos utilizam a grande mídia”.

Jonas Abib, monsenhor e fundador da Canção Nova, o maior pólo de comunicação católica do Brasil.

 

“Devo dizer que não me lembro de experiências negativas com drogas. Mas não digo para todo mundo usar. Vi muita gente ter viagens ruins ao meu lado”.

Roberto Frejat, músico.

 

“É uma mostra que nos força a pensar sobre o efeito da fama e as conseqüências do estilo de vida dos pop stars”.

Alex Proud, diretor da galeria de arte londrina que abriga a mostra fotográfica Forever 27, sobre roqueiros que morreram aos 27 anos de idade.

 

 

 

Obituário

 

Certa vez, durante uma aula de Jornalismo Especializado, ouvi sobre uma função muito interessante desempenhada por alguns profissionais da imprensa. Não lembro o nome específico, mas a síntese é mais ou menos a seguinte: existe um certo funcionário em veículos de comunicação designado para reunir várias informações sobre celebridades e pessoas de destaque mundo afora, com o propósito específico de ter material suficiente para servir de base caso a pessoa venha a falecer. Já viu aqueles links na internet ou trechos de reportagens que enunciam: “Saiba mais sobre a vida e a obra de Fulano?”. Então. É pra isso. Assim, se a pessoa morre de repente, ninguém precisa ficar correndo atrás de informações que resumam o que de fato fez a vida do indivíduo virar algo de destaque. Macabro? Tá, pode ser. Mas eu achei tão interessante que penso que curtiria fazer um teste neste departamento. Tirando a parte ruim – do ter de noticiar um falecimento –, ficar reunindo dados sobre a trajetória das pessoas, me parece muito atraente.

 

O professor desta disciplina chegou a citar exemplos que normalmente aceleram a função destes profissionais. Tipo, se é necessário ter um histórico, já de arquivo, para quando certos famosos resolverem bater as botas, nada mais sensato que ir procurar os alvos mais prováveis de uma fatalidade. Exemplos? O papa João Paulo II, com a saúde tri debilitada por décadas a fio, e a Dercy Gonçalves, pra lá de idosa, já deviam ter seus históricos preparadinhos muito tempo antes do que realmente foi necessário. Os Mamonas Assassinas, por sua vez… Quem poderia imaginar que eles morreriam assim, no auge da carreira, com todo o gás? O Airton Senna ainda era um pouco mais provável, porque tinha uma profissão arriscada. Mas os Mamonas devem ter dado trabalho pro tal setor que alimenta o obituário dos jornais, revistas, sites etc. Imagino que foi correria geral.

 

Enfim, esta baita introdução é fruto do que eu estava refletindo há alguns dias, quando li que a última internação da cantora britânica Amy Winehouse foi em função de uma overdose de maconha. Parece que ela fumou haxixe durante 36 horas seguidas. Isto mesmo: 36 horas! Conforme as informações que correram o mundo por meio do tablóide The Sun, a brincaderinha deve custar à moça danos cerebrais permanentes, porque, além de usar o derivado da erva danada, ela fez uso de crystal meth, proveniente da heroína. Os médicos temem que o corpo dela – bastante fragilizado por causa de tantos excessos repetidos – possa acabar com os ossos quebrados. Já imaginou que loucura? Os amigos mais próximos, que viram ela passar mal, disseram até que as convulsões que a garota sofreu lembravam cenas do filme O Exorcista, em que a protagonista era possuída pelo capeta. Meu Deus!

 

Chega a ser triste. Eu não conheço muito bem o tipo de música que ela canta, porque minha praia é outra, mas dizem – não uma, nem duas, mas muitas pessoas – que Amy está sendo tal qual um furacão na música mundial. E o que levaria uma jovem de carreira tão promissora a escolher um caminho tão tenebroso quanto o das drogas, se ela parece ter boa parte de tudo o que as pessoas normais dizem precisar para serem felizes? Já ouvi opiniões frias a respeito ao comentar que sinto pena de observar esta situação: “Coitada? Coitado de mim que não tenho dinheiro!”.

 

Não vejo por aí. O dinheiro e a fama de Amy são apenas fatores que aceleram mais e mais a sua queda. O que se vê é uma pessoa cada vez mais vazia e frustrada que usa até a altura do penteado para indicar em que pé anda a sua depressão. Detalhe: o cabelo aparece cada vez mais alto. Neste caso, melhor ser pobre, saudável e feliz.

 

Enfim, a vida movimentada e polêmica do furacão Amy deve estar colocando ritmo acelerado ao trabalho dos caras do obituário. Mas é claro que, na minha opinião clássica de crente, a solução não virá por meio de consultas psiquiátricas, medicamentos e internações. Muito menos no aumento da venda de seus álbuns. Quem sabe dar mais veracidade ao clichê “Só Jesus salva”? Esperemos os próximos capítulos.

 

 

Taís Brem

Fala, tchê!

 

“Eu dedico essa música ao papa porque eu sou uma filha de Deus. Todos vocês também são filhos de Deus”.

Madonna, cantora, afrontando o Vaticano ao anunciar a canção “Like a Prayer”, num show em Roma. A Igreja Católica classificou a apresentação da música de forte apelo sexual como “uma das mais satânicas da história da humanidade”.

 

“Achamos que a fé não é algo saudável para eles”.

Alejandro Rozitchner, filósofo argentino que escreveu o livro “Filhos sem Deus – Ensinando à Criança um Estilo Ateu de Viver”. Ele e a esposa referem-se aos filhos como “os três ateuzinhos”. E com muito orgulho.

 

“Pronto, agora a medicina ficou revolucionária. É normal que um cadáver respire… Lamentável. Barbeiragem pura”.

Paulo Sant’ana, jornalista, criticando a atitude de um hospital de Canela que deu como morto um bebê que ainda respirava. Ao ser informado do fato pela funcionária da funerária, a enfermeira justificou que é natural que cadáveres respirem ar, por isso enterraram a criança viva.

 

“Eu gosto de viajar, mas, por razões de saúde, só posso ir a Paris, Londres e Nova York. Segundo o meu médico, se eu tiver um problema de saúde, essas cidades têm atendimento de Primeiro Mundo”.

Olavo Setúbal, presidente do conselho de administração da Itaúsa, do banco Itaú, falecido em agosto.

“O Fantástico nunca foi meu. E entre ficar triste apresentando um programa e feliz sem esse programa, eu preferi ser feliz. É isso que as pessoas não entendem”.

Glória Maria, jornalista, sobre sua saída do programa global.

 

“Eu tinha certeza que ia perder. Fiquei com a medalha de prata mais uma vez”.

Ziraldo, cartunista, conformado com a derrota para o jornalista Luiz Paulo Horta na eleição para a Academia Brasileira de Letras. Há dois anos, ele foi perdeu para o bibliófilo José Mindlin.

 

“O babaca rico que já estudava não queria que o pobre tivesse a chance”.

Lula, criticando a elite que foi contra a criação do ProUni.

 

“Tem muitas pessoas se casando, mas não é casamento de verdade. É casamento de combinação”.

Maisa, apresentadora de tv e garota-prodígio do SBT.

 

 “De ‘gente-fruta’ eu já tô pra lá de cheia! Só admiro a Carmem Miranda!”.

Karina Bacchi, atriz.

 

“Eu apenas não estou mangueira, mas eu sou mangueira. E ponto”.

Carlinhos de Jesus, coreógrafo, poupando palavras ao explicar por que não ensaiará a comissão de frente da escola de samba carioca em 2009, após 11 anos no comando.

 

“Me senti mal no Festival de Roterdã, onde todo mundo estava de terno e eu, com minhas roupas coloridas e tênis rasgados”.

Gustavo Spolidoro, diretor do filme “Ainda Orangotangos”, falando do que o motivou a comprar um terno para incrementar o guarda-roupa a ser usado em eventos mais sociais.

 

“Não teremos mesas nem cadeiras, para que as pessoas realmente se encontrem, se esbarrem, se conheçam. Mesa é uma barreira psicológica”.

João Cury, sócio de uma casa noturna paulistana, ao explicar a proposta informal do local.

 

 

 

Bê-a-bá

 

“Na vitória há uma mistura de caráter, determinação, paixão e talento. O medo de perder não pode me dar motivação, simplesmente porque não tenho medo de perder. Se às vezes estou um pouco nervoso é porque sei o quanto posso ir bem”.

Lewis Hamilton, piloto inglês, atual líder do Mundial de Pilotos e número um da McLaren.

 

“Imagina se eu preciso ser candidato a vice de alguma coisa, minha filha? Todo mundo gosta de mim. Para que eu vou dividir as pessoas que gostam de mim em partidos? Sou muito mais importante que qualquer deputado”.

Ziraldo, cartunista, negando que tenha sido cotado para concorrer como vice-prefeito do Rio.

 

“Um dia, encontrei o presidente Lula. Pedi ajuda e ele liberou mais 1 milhão de reais”.

José Mojica Marins, autor e intérprete de Zé do Caixão, explicando como conseguiu, enfim, concluir o filme da trilogia sobre seu famoso personagem. Além do merecidíssimo incentivo dado pelo presidente, Mojica ganhou, em 2003, 500 mil reais do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Nunca tinha visto tanto dinheiro”, completou. É… Nem eu.

 

“Mulher é hormônio em ebulição. Então, a gente tentou fazer uma coisa aqui de adiantar algumas menstruações, atrasar outras, algumas deram certo, outras não. Uma ou outra só que alterou de humor e ficou irritada, mas não passou disso”.

José Roberto Guimarães, treinador da seleção feminina de vôlei, contando como tentou melhorar o desempenho das garotas nas Olimpíadas.

 

“Em Salvador há uma pluralidade de religiões e etnias e cada um se respeita”.

Márcio Marinho, deputado federal e candidato a vice-prefeito da capital baiana pela chapa de ACM Neto, defendendo o sincretismo religioso. Marinho é pastor da Igreja Universal, ACM, católico, e os dois recebem bênçãos de candomblesistas e umbandistas para a campanha. Êta, nóis! Viva a diversidade!

 

“Eu digo todo dia: governo para todos, não discrimino ninguém. Mas faço como a minha mãe. Se eu tiver um bife, não tem um filho mais bonito que vai comer sozinho não. Todos vão dar uma lambidinha.”

Lula, presidente da República, sobre seu mandato.

 

“O teatro é elegante e induz à quietude. Se o show fosse no Ginásio do Ibirapuera, o ruído dos aplausos assustaria a boba da Folha e o burro do Estadão que escreveram sobre o show”,

Caetano Veloso, cantor, criticando os jornalistas que malharam seu show com Roberto Carlos. Resumindo, a apresentação foi taxada de tediosa e sem-graça.

 

“Falam que ele está querendo ficar branco, mas a gente sabe que é doença”.

Carla Jackson, técnica em informática e fã de Michael Jackson, defendendo o ídolo que faz 50 anos hoje.

 

“Definitivamente, esse negócio (política) não é pra mim. Uma pena, pois perde o povo”.

Paulo Rogowski, ex-candidato do PHS à prefeitura de Porto Alegre, falando sobre a desistência das eleições. Convencido? Capaz…

 

 

 

Declare-se

 

“Se nos interessássemos, lembraríamos”.

Martín Cammarota, neuorcientista, explicando, com base no funcionamento do cérebro humano, porque os eleitores têm tanta facilidade para se esquecer de quem votaram nas eleições anteriores. A propósito, você lembra?

 

“Eu fiz a minha parte, sinto que cumpri o meu dever e agora acho que tenho o direito ao repouso do guerreiro”.

Olavo Setúbal, presidente do conselho de administração da Itaúsa, do banco Itaú, opinando sobre o que ainda precisa ser resolvido no Brasil. O banqueiro e empresário morreu nesta quarta-feira (27).

 

“Acreditar em Deus é também a melhor forma de dizer que se acredita na verdade, porque Deus é a verdade e a vida. Não elaborei religião nenhuma. Sou católico”.

José Alencar, vice-presidente da República, sobre sua vida religiosa.

 

“Quando entrei aqui, beijei o chão do SBT. Nunca fui tão bem tratada, nem tive um cenário tão bonito”.

Claudete Troiano, apresentadora, falando da emoção que sentiu a visitar seu novo espaço de trabalho. Ela começa um programa na emissora no próximo dia 1º.

 

“Sou fiel devota de Jesus Cristo e posso te garantir que as sacanagens que falo em meu programa são todas gospel. Quem disse que o piu-piu e a baratinha são coisas feias? Deus nos fez assim. Vergonha é falar sobre guerra, crime e política”.

Monique Evans, apresentadora e fofíssima pseudo-crente, justificando o teor erótico de seu trabalho. Se é que dá para chamar assim.

 

“Barack Obama está pronto para liderar os EUA, reconstruir o sonho americano e reconquistar a liderança americana no mundo”.

Bill Clinton, ex-presidente dos States, sobre o candidato à Casa Branca.

 

“Essas pessoas não entendem o contexto da canção. Fiquei surpresa com a falta de humor… Parece que todos querem se sentir ofendidos. Ficam assustados com qualquer coisa que não seja politicamente correta”.

Katy Perry, cantora, sobre a polêmica acerca de suas músicas com inclinação homossexual. Detalhe: a moça é filha de pastor e começou a carreira cantando músicas gospel.

 

“É decepcionante que o cliente tenha sentido a necessidade de expressar sua irritação com nosso serviço dessa forma”.

Trecho de comunicado do banco inglês Lloyds TSB, censurando a atitude de Steve Jetley. O cliente escolheu a frase “Lloyds é uma porcaria” como sua senha para solicitar serviços via telefone. Um funcionário da agência trocou o código para “não é não”. Cada uma…

 

“Ao invés de curtir a gravidez, imaginar seu bebê no colo, a alegria de ser mãe, a celebração de uma nova vida…. só lhe restará planejar a compra de um caixão, de um jazigo no cemitério”.

Mayana Zatz, geneticista e diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), defendendo a autorização do aborto de fetos anencéfalos. A decisão está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

“É melhor oferecer a um filho um caixão do que uma lata de lixo”.

Luís Antônio Bento, padre e representante da Convenção Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em opinião contrária sobre o mesmo assunto.