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Sobre Mandela

Morto aos 95 anos, no início do mês, o primeiro presidente negro da África da Sul, líder da resistência contra o apartheid e Nobel da Paz de 1993, Nelson Mandela foi sepultado no último domingo (15). Mas, antes mesmo de ser enterrado em sua terra natal – o vilarejo Qunu, na província de Cabo Oriental -, já estava recebendo homenagens dos quatro cantos da terra de celebridades e, também, de anônimos. O Blog Quemany traz aqui um recorte delas, em nosso tradicional formato de compilação de frases. Querido leitor, prepare-se para encontrar de tudo: de declarações inspiradoras e aparentemente emocionadas a frases postadas na redes sociais por quem parece querer somente dizer que sabia que Mandela existiu e não quis ficar de fora do assunto do momento, passando, é claro, pelas gafes dos desinformados e pelos textos que têm todo o jeito de que foram citados pelos assessores. Enfim, boa leitura.

Ex-presidente sul-africano morreu dia 05 (Foto: Divulgação).
Ex-presidente sul-africano morreu dia 05 (Foto: Divulgação).

“Ele não pertence mais a nós, ele pertence à história”
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.

“Seu legado é a pacífica África do Sul que vemos hoje”.
Elizabeth 2ª, rainha da Inglaterra.

“Eu rezo para que o exemplo do ex-presidente inspire gerações de sul-africanos para colocar a Justiça e o bem-estar comum no ponto mais alto de suas aspirações políticas”.
Papa Francisco, líder máximo da Igreja Católica.

“A herança de Mandela ficará marcada para sempre nas páginas da História e nos corações de quem se aproximou”.
Shimon Peres,
chefe de Estado israelense e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1994.

“Um gigante entre os homens morreu. É uma perda tanto para a África do Sul como para a Índia. Era um verdadeiro gandhiano”.
Manmohan Singh,
primeiro-ministro da Índia.

“O exemplo deste grande líder guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo”.
Dilma Rousseff,
presidenta do Brasil, ao considerar Mandela a “maior personalidade do século 20”.

“O mundo perdeu a pessoa mais inspiradora que já caminhou sobre a Terra”.
Kelly Osbourne, apresentadora de TV. Opiniões devem ser respeitadas, mas acho que ela ainda não ouviu falar de Jesus Cristo… Só acho.

“A morte de Nelson Mandela torna o mundo mais pobre de referências de coragem, dignidade e obstinação na defesa das causas justas. Seu nome permanecerá como sinônimo de esperança para todas as vítimas de injustiça em qualquer parte do mundo”.
Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O mundo perdeu um homem que ofereceu um arco-íris de possibilidades para um país segregado entre negros e brancos”.
Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial.

“Na cultura de celebridades que marca o novo milênio, concentrada no indivíduo como criador do próprio destino, é frequente considerar que Mandela foi não só o senhor de seu destino pessoal, mas o principal arquiteto da nova África do Sul”.
Elleke Boehmer, escritor e autor da biografia “Mandela: o Homem, a História e o Mito”.

“Isso demonstra a importância que Madiba tinha como líder”.
Jacob Zuma, atual presidente da África do Sul, ao afirmar que o amor demonstrado pelos sul-africanos e por outros países ao ex-líder é “sem precedentes”.

“Eu sinto como se eu tivesse perdido meu pai, alguém que cuidava de mim. Como negro sem conexões, você já sai em desvantagem”.
Joseph Nkosi, segurança, morador de um subúrbio de Johanesburgo.

“Ele nos ensinou o perdão em uma grande escala”.
Muhammad Ali, ex-boxeador norte-americano.

“Lamento a irreparável perda do lutador Nelson Mandela, sem dúvidas um dos melhores atores de Hollywood. Que descanse em paz”.
Javi Jimenez, goleiro do time espanhol Levante, ao confundir Mandela com o ator Morgan Freeman, que interpretou o ex-presidente no filme “Invictus”. Ah tá!

“Nós vivemos e presenciamos a vida de Mandela, guardaremos pra sempre em memórias.Nosso filhos estudarão toda sua história!”.
Priscila Pires,
ex-participante do Big Brother Brasil.

“Grato Madiba por seu legado e seu exemplo. Você sempre estará conosco.”
Cristiano Ronaldo, jogador português.

“Meu respeito, minha admiração…”.
Bruno Gagliasso, ator.

“Obrigada por tudo!! #Mandela”.
Gaby Amarantos, cantora.

“A vida do presidente Mandela é a coisa mais próxima que nós temos da prova da existência de Deus”.
Arnold Schwarzenegger, ator e político.

“Hoje, o anjo retornou ao céu…”.
Luan Santana, cantor.

“Descanse em paz mestre! Sem mais”.
Alexandre Pires, cantor.

Taís Brem
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A própria cegueira

 

saramago

 

Ele é aclamado no mundo inteiro por conta de seus livros, considerados verdadeiras obras-primas. Mas, quando se trata de espiritualidade, José Saramago, autor de “Ensaio sobre a Cegueira”, é o próprio cego. Foi o que deu pra notar dando uma olhada num vídeo de uma entrevista com ele que circula pela internet.

 

Confesso que sei muito pouco sobre a figura. É português. Ganhou o prêmio Nobel de Literatura. E escreveu este tal romance que virou filme e tem emocionado muita gente. Cristãos, inclusive. Enfim, deve ter seu mérito. Entretanto, qualquer pontinha de pré-admiração que eu pudesse ter por ele a ponto de me levar a pesquisar mais sobre sua vida e obra caiu por terra ontem, quando vi este vídeo. Trata-se de uma sabatina feita por alguns jornalistas da Folha. Nela, o cara fala, entre outras coisas, do que pensa sobre Deus e de como visualiza a Bíblia e coisas que, na sua opinião, a Igreja teria inventado, como o pecado e o inferno.

 

Parece que não é a primeira vez que ele dá suas alfinetadas no cristianismo e faz questão de dizer que é ateu. Não deveria. Entretanto, se fosse apenas uma opinião isolada que não fizesse diferença alguma para o resto do mundo, paciência. Não fomos criados como robôs e ninguém tem a obrigação de pensar de uma única forma. As religiões e seitas existem aos montes por aí – inclua-se nisso o ateísmo.  Cabe a cada um definir o que é melhor para sua vida. O problema é que, por ser alguém de muita influência, considerado extremamente sábio por público e crítica em todo o planeta, Saramago chega a envenenar com suas declarações pagãs. Basta observar os risinhos de aprovação e os aplausos da platéia para comprovar o efeito que sua postura causa.

 

Um dos repórteres perguntou se, após a cura da doença respiratória que quase lhe custou a vida, sua percepção sobre Deus havia mudado. E ele, sarcasticamente, responde: “Por que mudaria? Quem me curou foi meu médico e aquela senhora que está sentada ali”, disse, fazendo referência à esposa, Pilar. Logo depois, emendou: “Não quero ofender ninguém, mas, para mim, Deus não existe. Não brinquemos com estas coisas”.

 

Na seqüência, o autor, atualmente com 86 anos, diz acreditar que Deus é apenas uma invenção dos homens. Coisa de alguém que teve medo da morte e pensou que era melhor se agarrar à possibilidade de existência de um ser superior. Daí, segundo ele, é que a Igreja Católica teria aproveitado também para criar o inferno e o purgatório. O pecado, outra invenção, seria um “instrumento da igreja para controlar os corpos”.

 

Para arrematar os comentários de fundo (anti) religioso, Saramago fala que a Bíblia é um verdadeiro desastre. Foi escrita por homens e, por isso, não merece crédito. Além do mais está cheia de exemplos de incestos e assassinatos. “Não é um livro que possa ser deixado na mão de um inocente”, completou. Aham. Quem sabe a sua coleção aclamada mundo afora possa. Coleção esta que inclui o livro que lhe garantiu o Nobel de literatura, há dez anos, chamado “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”. Trata-se de um relato que, conforme a jornalista Maria das Graças Targino, mostra um “Deus vingativo”, um “diabo simpático” e um “Jesus maravilhosamente imperfeito”. “Uma obra-prima recheada de passagens literalmente incríveis”, comenta a moça, encantada.

 

Tá vendo como estas baboseiras perturbam a cabeça das pessoas? Mas, como ele é um intelectual inteligentíssimo, o cara, um grande sábio, tá valendo. Louco e ignorante é quem ousa discordar.

 

Taís Brem