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Graça sem graça

Mais de 60 mil pessoas já curtiram a ideia e para lá de 260 mil compartilharam. Embora não oficial, o movimento de uma fanpage chamada Mussum Sinceris propôs numa postagem, dia desses, que reprises do programa Os Trapalhões (que passou na Globo entre 1969 e 1994) substituam o humorístico Zorra Total, nos sábados à noite.

A bem da verdade, nunca conheci uma pessoa sequer que goste realmente do Zorra, que ria daquelas piadas sem graça, que ache que aquilo deva continuar no ar. A estatística que mostra a quantidade de gente que apoia a saída da atração da grade de programação da Rede Globo, por si só, poderia comprovar isso. Mas, levando em conta que é “apenas” uma proposta facebookiana, restrita aos usuários da rede social, há que se ter certo cuidado.

O que se sabe mesmo é que fazer rir, de verdade, está cada vez mais difícil. E isso, obviamente, não se restringe à emissora de maior audiência no Brasil. A Globo é somente mais um exemplo. O SBT é outro, com seu maior representante do gênero – A Praça é Nossa, criado na década de 1950 e no ar até hoje –, igualmente deficitário em termos de irreverência de qualidade. Em ambos os programas, os tipos são caricatos demais, os atores que os interpretam não têm, sequer, o domínio de controlar as próprias risadas enquanto encarnam os personagens e os textos são sofríveis. O pior é que essa tendência tem invadido outras atrações. As novelas, por exemplo. É óbvio que não é de hoje que os escritores incluem no elenco personagens com uma dose de humor – ninguém aguentaria apenas dramalhão nos folhetins. Mas, o que é Cláudia Raia naquele desespero interpretando a paranormal de Alto Astral? E Paulo Betti, com seu jornalista exageradamente gay na recém-substituída Império? Aguinaldo Silva declarou que estava orgulhoso da atuação de Betti e não conseguia vê-lo encarnar Téo Pereira sem gargalhar a milhões. Eu, como telespectadora, posso estar totalmente fora do padrão, mas discordo dele – a expressão “vergonha alheia” é a única que melhor define o que sinto quando os assisto.

Sílvio Santos diria que se o povo gosta desse tipo de atração, por mais sem graça e bizarra que seja, é isso que o povo vai ter. Afinal, se a audiência está garantida, o resto é mero detalhe. Os intelectuais, por sua vez, diriam que isso é menosprezar a inteligência do povo.

Talvez a Globo esteja testando a aceitação de programas mais antigos com ações como a aplicada no Vídeo Show, há alguns meses. Quem acompanha o programa já percebeu, com certeza que todo santo dia, após a saudação de Otaviano Costa, quem toma as rédeas é o clássico personagem de Chico Anysio, o Professor Raimundo, com sua Escolinha. Seria esse um sinal de que, a qualquer hora, podemos ser surpreendidos com o imortal quarteto de volta à telinha? Só revendo os episódios para saber se valeria a pena. À época da exibição original, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias faziam até o poeta Carlos Drummond de Andrade parar em frente à televisão. E isso não me parece pouca coisa. Pelo menos, poderíamos esperar programas um pouco melhores.

Taís Brem
*Texto originalmente publicado no Observatório da Imprensa.

Diga aí!

 

“As novelas atuais são verdadeiros manuais de pilantragem. Ensinam direitinho como fazer o mal”.
Cláudia Ávila, leitora do Jornal Diário Popular, ao comentar a influência negativa dos folhetins… Boa!

“Os brasileiros são muito apaixonados, não sei o que tem na água daqui”.
Katy Perry, cantora, admirada com seus fãs do Brasil.

“Já passei da fase de ficar ansiosa com coisas que não posso controlar”.
Joanna Maranhão, nadadora, mostrando estar bem-resolvida com o mau desempenho nas Olimpíadas de Londres.

“Sou muito grata a tudo que eu passei e a tudo que aquele momento me trouxe”.
Sthefany Brito, atriz, também demonstrando estar bem-resolvida em relação a sua separação do jogador Alexandre Pato.

“A cultura do banho de sol é estúpida. É como incentivar o uso de cigarros”.
Fernando Stengel, médico argentino que participou do 14º Congresso Mundial de Cânceres de Pele, em São Paulo. Totalmente contra o bronzeamento.

“Não dá para definir como eu me sinto neste momento. Não sei se é raiva, mágoa, decepção… Não existe um xingamento que ofenda mais uma mulher do que esse”.
Kátia Nogueira, ex-cliente da NET, que teve seu nome alterado em correspondência para “Vadia Nogueira”, após desentendimento com atendentes do tele-marketing da empresa.

“Se eu tirar a maquiagem que estou aqui, vou ter mancha na pele, olheira, marca de expressão. Essa é a Cristiana Oliveira que está correspondendo à idade de 48 anos. O resto é uma tentativa de dar uma resposta à sociedade, tentando corresponder à expectativa alheia”.
Cristiana Oliveira, atriz.

O documentário deu oportunidade a alguns depoimentos histéricos que deixam a impressão de que era mulherengo, traidor. Ficou muito sexo, muita droga e pouco rock’n’roll. Não era assim”.
Kika Seixas, produtora, ao falar sobre o documentário “Raul – O Início, O Fim e O Meio”, que pretende retratar a vida de seu ex-marido. Não conseguiu a pleno, pelo jeito.

Quatro cabeças pensantes

Ainda hoje não sei – e também não me dei ao trabalho de procurar saber – porque os antigos vídeos-cassete eram classificados em duas e quatro – e talvez até mais – cabeças. De todo o jeito, essa qualidade deles sempre me chamou a atenção. Desde a primeira vez que ouvi a designação, quando criança, achei, no mínimo, engraçado.

Mas, além de me divertirem, as cabeças do vídeo-cassete ajudavam na tarefa de reproduzir filmes, transformando nossas humildes salas em mini cinemas. E também serviam para gravar coisas que considerávamos importantes. Lembra do botãozinho REC, sempre acionado para registrar finais de capítulos das novelas, reportagens interessantes de telejornal e célebres propagandas? O mais legal de tudo isso é que hoje em dia o produto das quatro cabeças pensantes está disponível pela internet, através do You Tube. Sim, porque, embora eu não tenha a dimensão exata de como essas coisas foram se acoplando por lá, imagino que tenham sido os milhões de arquivos pessoais de VHS dos aficionados por vídeos Brasil e mundo afora que originaram os baita acervos digitais a que temos acesso. E é maravilhoso poder digitar uma frase memorável de algum destes momentos legais de nossas infâncias e testificar “Puxa, eles têm isso aqui gravado também!”.

Desses registros, são as propagandas o que mais me chama a atenção. Quem não lembra do “elefante fã de Parmalat” que junto com o “boto cor-de-rosa e o macaco” fizeram um dos melhores comerciais de leite de todos os tempos? E o japinha simpático que contava, com a encantadora inocência de uma criança, como era o seu café da manhã – “eu gosto com açucra, porque o açucra afunda”? Isso sem deixar de citar a vontade que dava de tomar uma guaraná bem geladinha toda vez que a “pipoca na panela começava a arrebentar”. Agradáveis lembranças! Nessa hora, meu lado publicitário até tenta se manifestar para me influenciar a fazer uma segunda faculdade!

Triste é notar que aquela analogia da faca é muito real também no mundo virtual. Tal qual como o talher pode servir tanto para passar a All Day no pão quanto para sacrificar um mamífero – e inclua-se nisso o homem –, redes sociais como o You Tube também são usadas tanto para o que presta quanto para o que não vale um sabugo. Li outro dia que tá na moda adolescentes filmarem suas aventuras sexuais e postar na rede. A intenção é ver quem tem maior capacidade de atrair o olhar alheio. E assim eles, que ainda nem saíram das fraldas, disputam a audiência doentia de quem se delicia com a intimidade – e a imaturidade – dos outros. Perigo. Não somente porque é uma pouca vergonha. Deixando de lado, os julgamentos moralistas, o que mais choca é perceber que um ato impensado desses pode custar danos em todas as esferas, inclusive a emocional, que vão afetar pela vida toda. Esses adolescentes apenas se iludem com a possibilidade de estar curtindo a liberdade, mas, na verdade, estão sendo escravos da libertinagem. E pior ainda são os que nunca crescem. Lamentável. Para melhorar, oremos.

Taís Brem

Vai acabar! Aleluia!

Eu poderia até dar uma de crente e dizer que tudo que sei sobre a Índia se resume à sua 22ª posição na lista dos 50 países mais intolerantes ao cristianismo, o que a faz um lugar de extrema miséria bem diferente do que a mídia tem mostrado, onde cristãos são brutalmente torturados, acusados falsamente e presos sem motivo, onde milhares de pessoas sofrem com o aumento da violência por parte dos extremistas hindus, etc, etc e tal. Mas, além de me destacar um pouquinho dos cerca de 90% de cristãos brasileiros que sequer sabem o que é uma igreja ser perseguida por seguir a Cristo, eu estaria contribuindo para aumentar a lista dos mentirosos.

Sim, tudo o que escrevi acima é verdade e nossos irmãos indianos sofrem mesmo, até muito mais do que isso. Mas, não, não é apenas isso que sei sobre a Índia. Por culpa do folhetim que até amanhã ocupa o horário nobre global, já posso dizer que conheço um pouco mais da cultura indiana, ainda que nunca tenha colocado os pés na terrinha nem tenha aberto as portas da minha casa para ver o que se passava na telinha durante a exibição de “Caminho das Índias”. É que saber do que eles (os personagens) fizeram e deixaram de fazer foi inevitável. Todo mundo, em todo o momento e em todo o lugar nesse universo que chamam de real falou disso: no ônibus, no ambiente de trabalho, na rua, na chuva, na fazenda… Só a igreja, graças a Deus, escapou! E não dá nem pra colocar a culpa nos últimos capítulos. No início, o assunto era só esse, porque todos queriam saber se Glória Perez estava só engambelando a audiência ou tinha realmente algo mais a desenrolar do que o que sempre faz quando aborda uma cultura internacional em seus enredos. E depois, comprovado que a história era diferente (se é que realmente era), a coqueluche tomou conta do Brasil.

Mérito da noveleira por ter emplacado mais um sucesso ou ponto a menos pros telespectadores que se iludiram pensando que esse tipo de coisa mudaria a vida deles em algum sentido? Não sei. Limito-me a dizer que não ter visto a atração não aumentou sequer um milímetro na minha estatura. E talvez até tenha me deixado um pouco fora do padrão. Mas, tudo bem, não é o fim. Esse, com certeza, não é um motivo para eu me atirar no Ganges ou arder no mármore do inferno. Ops, desculpa a ignorância! Essa última frase era do núcleo marroquino de uma outra novela. Me perdi nos bordões, não é a minha. Melhor ficar com as orações pelos indianos que realmente precisam da nossa audiência.

 Taís Brem

Falaçada

“Aprendi a beber vodca e uísque, passei a fumar um maço de cigarro por dia. Me misturei ao personagem, entrei na energia dele… Foi uma entrega muito grande”.
Cauã Reymond,
ator, ao comentar os maus hábitos adquiridos na construção de Leo, um personagem “perdedor” que interpreta em “Se nada mais der certo”, de José Eduardo Belmonte.

“Quando eu perdi minha mãe, falei: ‘Meu Deus, eu vou ser filha de quem?’. Aí quando você concebe a ideia de ser mãe, você fala: ‘Meu Deus, eu vou ser mãe de alguém’. É o ciclo que se renova”.
Ivete Sangalo, cantora e grávida de seis meses.

“Não acredito nos vampiros da lenda, nem que haja mutantes como os que eu inventei para divertir as pessoas e fazê-las sonhar e amar. Gosto, sim, de pensar que existem santos, seres milagrosos, fadas e anjos, na vida real. Adoro o universo fantástico e misterioso”.
Tiago Santiago, autor da novela “Os Mutantes” da Record, sobre os personagens místicos que criou para o folhetim.

“Desculpe, Deus, não havia provas suficientes”.
Richard Dawkins,
autor do livro “Deus, um delírio”, ao justificar seu ateísmo e responder à pergunta sobre o que faria se caso encontrasse com o Todo-poderoso após a morte. Detalhe, querido Dawkins: Você irá encontrá-lo!

“Não me preocupo com o dinheiro. Mas, certamente, isso ocorre porque o tenho. Essa é a verdade”.
Daniel Radcliffe,
estrela de “Harry Potter”.

“Pedi que Deus me sarasse e, desde esse sábado, aconteceu um milagre! Sempre fui assim. Quando a coisa fica estranha jogo na mão dele!”.
Mara Manzan,
atriz, sobre a cura de câncer que diz ter sentido depois de clamar a ajuda de Deus.

 

Eles deram o que falar

 

Quem me conhece um pouco, ainda que apenas via blog, deve saber que amo frases. Procurar, ler, compilar… Enfim. Desde o mês de julho, quando comecei a escrever esta página, até a última postagem do ano de 2008, publiquei 342 delas sobre os mais variados assuntos e que tirei dos mais variados lugares! Neste post, então, vou relembrar algumas delas, separadas pelos temas que achei mais legal comentar. Talvez ele seja até meio extenso, porque vai ser difícil selecionar “as 10 mais” somente. Mas, creio que valerá a pena ir até o fim.

Ah, só para constar: uma ou outra não chegaram a ser publicadas por aqui, mas referem-se a fatos que marcaram o ano que passou. Portanto, ainda se encaixam na proposta.

 

Taís Brem

 

 

Haja cara-de-pau!

Parece piada, mas eles realmente tiveram a coragem de dizer isso

 

“Quantas mulheres beijei na vida? Diversas. Minha mãe, minha irmã e minhas filhas”.
Diego Maradona, ex-jogador e atual técnico da seleção argentina de futebol.

 

“Se tem alguém descontente, ele não é culpado não. O culpado sou eu porque não consegui transmitir a ele que eu fui o melhor prefeito de São Paulo”.

Paulo Maluf, então candidato à prefeitura da Terra da Garoa, respondendo a um eleitor que o chamou de ladrão.

 

“Sou um candidato limpo. Os meus adversários é que são sujos”.

Severino Cavalcanti, ex-presidente da Câmara que renunciou ao mandato em 2005 para não ser cassado por cobrar propina de um restaurante do Congresso. Na época da declaração, o político disputava a prefeitura da cidade pernambucana de João Alfredo. E o pior: ganhou.

 

“Não tirei porque estava com vontade de ficar pelada, até porque eu sou evangélica, e não cabe para uma mulher de 52 anos, mãe de família, ficar de calcinha na porta do banco”.

Solange Couto, atriz, dizendo não saber o porquê do fiasco que fez numa agência da Caixa Econômica Federal. Depois de várias tentativas frustradas de passar pela porta giratória, a atriz perguntou ao segurança o que mais teria de fazer para conseguir entrar. Ele respondeu: “Tira a roupa”. E ela… obedeceu…

 

 

Lamentável

Melhor seria ter mantido o silêncio

 

“Foi legal da parte do vereador Jarré. É só procurar na Bíblia a lição de Maria Madalena: quem nunca pecou que atire a primeira pedra. É uma pena que a homenagem tenha se voltado contra o vereador”.

Daniele, dançarina da boate Garotas da Gogo, em Carazinho. A fofinha integra o grupo que recebeu homenagem de um vereador da cidade pelos “momentos de alegria” que a casa concede a seus clientes.

 

“Juliana, é uma oportunidade de você ter a sua independência por um tempo! Se depois você ficar fora do ar, se alguma coisa acontecer, você tem seu dinheirinho ali, não vai ficar desesperada. Aproveita que está num momento bom, vai e faz!”.

Pais da atriz Juliana Knust, dando o conselho que incentivou a moça a posar para a Playboy. Se conselho fosse bom…

 

“Me lembro de passar com a minha mãe pelos pôsteres da revista nas bancas e falar: ‘Mãe, eu também quero!’”.

Andressa Soares, a Mulher Melancia, contando que desde os nove, dez anos de idade já sonhava em posar para a Playboy. Ó… Que bonitinha…

        

“Tenho muito orgulho de ter participado de uma fase tão importante na vida brasileira. Como economista, sinto-me privilegiada de ter podido fazer mudanças que vinha discutindo na minha vida acadêmica, por tantos anos. Foi um privilégio, ou uma sorte”.

Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia no governo Collor, sobre o terrível período em que muitos brasileiros perderam tudo o que tinham da noite pro dia por causa do confisco que ela planejou. Nos olhos dos outros é refresco.

 

“Eu viraria lésbica em tempo integral. Angelina Jolie é a mulher mais sexy que existe”.

Yasmin Brunet, modelo e filha de Luiza Brunet, declarando sua paixão pela atriz holliwoodiana.

 

“Precisamos de Deus para quê? Nunca o vimos. Tudo aquilo que se diz sobre Deus foi escrito por pessoas”.

José Saramago, prêmio nobel de Literatura, criticando a crença de que Deus existe. Durante sabatina da Folha de S. Paulo, o escritor português ainda taxou a Bíblia de “desastre” que, por ser “cheia de maus conselhos”, não deve ser “deixada na mãos de inocentes”.

 

“Achamos que a fé não é algo saudável para eles”.

Alejandro Rozitchner, filósofo argentino que escreveu o livro “Filhos sem Deus – Ensinando à Criança um Estilo Ateu de Viver”. Ele e a esposa referem-se aos filhos como “os três ateuzinhos”. E com muito orgulho.

 

 

É bem por aí

Assino embaixo

 

“Além de roubarem do meu trabalho, estão roubando do meu dízimo. Roubando dos meus funcionários, dos meus missionários, da igreja perseguida, da igreja. Ladrão vai para o inferno”.

Fernanda Brum, sobre a pirataria.

 

“As mulheres no Brasil se vendem por muito pouco. Além do mais, tenho um filho, que já me pediu: ‘mamãe, pelo amor de Deus, agora não’”.

Letícia Spiller, atriz, comentando sua decisão de não posar nua para revistas masculinas.

 

“Será que nós temos esperança em alcançar um povo que ora cinco vezes por dia? E se eles ficarem sabendo que a gente fica , às vezes, cinco dias sem orar?”.

Jeff Fromholz, pastor da Geração Benjamim, sobre a evangelização do povo muçulmano.

 

“O distanciamento olímpico renasce na forma de mentira: vamos fingir que está tudo bem, e que venha a festa”.

Luis Fernando Veríssimo, escritor, sobre as Olimpíadas.

 

“É hora de acabar com a pergunta ‘o que você comprou?’ e começar a perguntar ‘você vive bem?’”.

Bill McKibben, ambientalista americano, defendendo a qualidade de vida em vez do consumismo no livro “Deep Economy” (em português, Economia Profunda).

 

 

Forte, não?

 

“Pai, sei que não é você, mas eu te odeio’.

José Vitor, 9 anos, filho do ator Jackson Antunes, sobre a cena de violência familiar da novela “Favorita” em que o pai é protagonista.

 

“Fiz questão de chegar cedo. Quero que ela saiba que eu fui a primeira a cumprimentá-la. Ela vai para um lugar que daqui a pouco eu também vou”.

Virgínia Lane, 88 anos, ex-vedete, no velório de Dercy Gonçalves. Tomara que ela saiba bem para onde está desejando ir.

 

“Isso é coisa de gente que vai precisar viver mais trinta vidas para aprender a respeitar o próximo”.

Rubens Barrichello, piloto, respondendo a um repórter sobre o que pensa das piadinhas feitas a seu respeito.

 

“Devem ser os pecados, porque tenho 76 anos como pecador”.

José Alencar, vice-presidente da República, se auto-responsabilizando pelo câncer que já atingiu a próstata, o rim, o estomago e agora ataca o intestino e os músculos das costas.

 

“Há uma espécie de jogo oculto, umas simulações de afeto, umas forçadas de barra, regadas a peru, arroz de forno e batatas. Não seria um filme meu se fosse uma festa de Papai Noel com presentes e renas de nariz vermelho”.

Selton Mello, diretor do longa “Feliz Natal”, que, segundo ele, é baseado em experiências pessoais. “Sempre achei o Natal algo meio melancólico, uma celebração meio obrigatória”, comentou.

 

 

Sério?

Simplesmente surpreendente

 

“Apesar da máscara pública da Dercy, entre quatro paredes ela era a pessoa mais triste e solitária que eu conheci”.

Maria Adelaide Amaral, autora de uma biografia sobre a atriz.

 

“Cansei. Dizer que sou baladeira e doidona é mentira. Odeio bebida, droga e boate. O fato de ser extrovertida não dá o direito de me desrespeitarem”.

Preta Gil, cantora, chateada com os comentários exagerados sobre si mesma que vê na mídia.

 

“Só beijei três pessoas, tirando as coisas que fiz para TV e no cinema. Eu sei. Eu sou estranha”

Blake Lively, a Serena van der Woodsen de “Gossip Girl”. Pena que não é esta a imagem que ela passa a seus fãs.

 

 

Boa essa!

Merecem registro

 

“Quem tem de ter medo é o cachorro e não eu. Se precisar, mordo de novo”.

Gabriel Alexandre da Silva, 11 anos, mostrando dente que perdeu ao morder pescoço de pit bull que o atacou na rua onde mora, em Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

 

“Eu estou vivendo com o nome do ‘cara’ há anos, não me incomoda nem um pouco. Ele que mude o seu nome”.

Brad Pitt, boxeador australiano, sobre seu chará, o ator Brad Pitt.

 

“Tem muitas pessoas se casando, mas não é casamento de verdade. É casamento de combinação”.

Maisa, apresentadora de TV e garota-prodígio do SBT, referindo-se aos relacionamentos-relâmpago do meio artístico.

 

“Sei que no escurinho da urna ele vai votar em mim”.

Luciana Genro, então candidata do PSol à prefeitura de Porto Alegre, sobre a posição que o pai petista Tarso Genro devia tomar nas eleições.

 

“Hoje em dia é difícil distinguir a mãe da filha, elas estão todas peladas”.

Nsaba Buturo, ministro ugandense de Ética e Integridade, condenando as minissaias no vestuário feminino de seu país. Ele defende que a peça deve ser banida, porque mulheres que as usam distraem os motoristas e provocam acidentes de trânsito.

 

“Se o Marilyn Manson pode falar do diabo por que a gente não pode falar de Jesus à vontade?”.

Rodolfo, ex-Raimundos e, atualmente, músico gospel.

 

“O único emprego dele era ser marido da Susana e jogar futevôlei na praia. E, pelo que sei, só a primeira função era remunerada”.

Mãe de Fernanda Cunha, definindo o ex-marido da atriz Susana Vieira e amante da filha, Marcelo Silva. Fernanda virou celebridade trash ao ligar para um jornal contando que tinha um caso com Marcelo há sete meses e que havia apanhado dele por ter aberto o jogo com a outra. O resto da história, todo mundo está careca de saber.

 

“Acho a Maria do Rosário uma excelente candidata, mas votei em mim e não nela.”

José Fogaça, prefeito reeleito de Porto Alegre, sobre a então adversária política.

 

 

Bate-volta

Um fala daqui, o outro responde de lá

 

“Claudia carrega Deus em tudo o que faz, e credita a Ele a escolha deste momento para engravidar. Daí, se o bebê for menino, ela quer dar um nome bíblico. Este nome no momento é David”.

Paulo Roberto Sampaio, assessor da cantora Cláudia Leitte.

 

“Bom, eu pensei sim, mas ainda não escolhi esse nome não. Acho que é mais uma sugestão dele”.

Cláudia, negando, com bom-humor, a afirmação de seu assessor. Agora, meses depois e na reta final da gravidez, a cantora anunciou que o palpite de Paulo vingou.

 

“Bom dia! Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa-Família os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigada”.

Sueli Miranda, ajudante de serviços gerais, na carta em que pediu seu desligamento do Bolsa-Família.

 

“Isso mostra que as pessoas pobres não estão se acomodando. Em todos os casos, as famílias tomaram a iniciativa”.

Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social, sobre a atitude de  Sueli e de mais 60 mil pessoas que abriram mão dos benefícios do programa.

 

“Jesus não esperava as pessoas em sua casa, ia até elas. Queremos fazer a mesma coisa”.

Andréa Brugnoli, padre, fundador de uma associação de jovens católicos chamada “Sentinelas do Amanhecer”, sobre a “igreja inflável”, projeto que pretende chamar atenção de moças e rapazes que freqüentam a vida noturna do verão italiano. A idéia consiste numa estrutura desmontável de plástico, nas cores preto e rosa, com 30 metros por 15, colocada ao lado de discotecas e bares da orla marítima italiana.

 

“Passar de uma arca toda de ouro, com querubins e tabernáculos, para um plástico inflável onde guardar a eucaristia, o mistério dos mistérios, é vulgar. Os banhistas que desejam ir à missa, vistam-se como fiéis e procurem a igreja mais próxima”.

Comentários no site da diocese de Cagliari, na Sardenha, reprovando a iniciativa de Brugnoli.

 

“É decepcionante que o cliente tenha sentido a necessidade de expressar sua irritação com nosso serviço dessa forma”.

Trecho de comunicado do banco inglês Lloyds TSB, censurando a atitude de Steve Jetley. O cliente escolheu a frase “Lloyds é uma porcaria” como sua senha para solicitar serviços via telefone. Um funcionário da agência trocou o código para “não é não”. Cada uma…

 

“Ao invés de curtir a gravidez, imaginar seu bebê no colo, a alegria de ser mãe, a celebração de uma nova vida…. só lhe restará planejar a compra de um caixão, de um jazigo no cemitério”.

Mayana Zatz, geneticista e diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), defendendo a autorização do aborto de fetos anencéfalos. Na época, a decisão estava em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

“É melhor oferecer a um filho um caixão do que uma lata de lixo”.

 Luís Antônio Bento, padre e representante da Convenção Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em opinião contrária sobre o mesmo assunto.

 

 

Só Silas

Tive de separar uma sessão só para citar algumas das frases do pastor Silas Malafaia em 2008. Como sempre, mandou muito bem

 

“Engraçado… Tem gente que ainda acha que Deus criou tudo e, na hora de inventar o sexo, chamou o capeta: ‘Termina aqui pra mim que eu não quero nem ver’.

Silas Malafaia, ironizando o mito de que sexo é coisa do diabo.

 

“É vergonhoso uma igreja, dentro do seu templo, fazer campanha de camisinha, quando nós ensinamos ao casal esperar o casamento! É uma apologia à prostituição! Errou vergonhosamente aí o bispo Macedo! Estupidamente, errou!”.

Criticando a campanha de preservativos da Igreja Universal na África.

 

“Fico triste de ver o dinheiro do povo de Deus ser jogado na imoralidade e na porcaria. Então você compra uma emissora que foi adquirida e levantada com o dinheiro do povo de Deus, para ser usada para disputar mídia comercial? Isso é ridículo e a comunidade evangélica em geral desaprova”.

Ainda sobre o “Império Universal”, simbolizado pela Record em sua briga pela audiência com a Globo.

 

“O manual do fabricante é a Bíblia. Deus fez o homem. Você quer saber o que é bom para você? Vai lá, leia”.

Num de seus sábios conselhos.

 

 

Só Mojica

Ou, simplesmente, Zé do Caixão. Este não é tão sábio assim, mas, dada às bizarrices de suas declarações, também merece um espacinho exclusivo

 

“Ficou essa lenda aí até hoje. Mas nada disso é verdade. É fatalidade”.

José Mojica Marins, o criador do personagem Zé do Caixão, quando perguntado sobre o “mito” de que sempre morre alguém nos filmes que ele cria. Só coincidência? Pode ser, mas ele mesmo enumera: “Essa história começou em 1954, quando a atriz de um filme que nunca terminei, Sentença de Deus, morreu afogada. A substituta também, logo depois, de tuberculose. E ainda uma terceira perdeu a perna num acidente de carro. Numa outra fita, foi um técnico. Faltavam quatro dias para terminarmos de filmar e ele perguntou se ninguém ia morrer. ‘Vai. Você!’, brinquei. Uma hora depois, ele foi para o hospital com ataque cardíaco e não resistiu. Misturou remédios com bebida. Em Encarnação do Demônio foi o Jece Valadão…”. Mas, e só fatalidade.

 

“Todos os representantes do mal são castigados. Eu mostro que o mal tem que pagar. O Zé do Caixão, apesar de cometer atos violentos, protege as crianças, que para ele são puras e inocentes”.

Defendendo “o lado positivo” de suas produções, apesar das cenas fortes.

 

“Isso é perseguição da censura contra o cinema de terror e contra o cinema nacional. Para os gringos eles dão uma classificação bem menor. O Batman teve classificação de apenas 12 anos e é um filme bem violento!”.

Na mesma linha.

 

“Sofro de uma insônia fantástica. Comecei a tomar sonífero aos 18 anos. Mas tenho um aliado muito grande –o pesadelo. Só tenho pesadelos. É minha maior inspiração, porque só vêm coisas bizarras, que fogem à imaginação do homem comum”.

A respeito de suas inspirações.

 

“Os fãs adoram violência pesada e tortura; eu adoro violência pesada e tortura; você adora violência pesada e tortura. Vamos nessa e vamos ser mais malignos do que os que estão fazendo isso hoje”.

Dennison Ramalho, cineasta, conversando com seu “padrinho”, o Zé, sobre roteiros de filmes.

 

 

Poupem-me!

Sem comentários

 

“Se Deus nos criou à sua imagem e semelhança e nós nascemos nus, não há vergonha nenhuma nisso. Se fosse errado, ele certamente teria nos dado roupas”.

Laurindo Correia, presidente da Federação Portuguesa de Naturismo, defendendo o estilo que adotou.

 

“Eu ficava indignada de São Paulo, a terceira maior cidade do mundo, não ter um lugar aconchegante e sofisticado para a despedida”.

Milena Romano, empresária do ramo de assistência funerária, comentando a implantação do serviço que disponibiliza pacotes para velórios de até R$40 mil. Quem se dispor a desembolsar a quantia, desfruta de salas requintadas para a despedida do morto, fundo musical inspirado no gosto do falecido, bufê com guloseimas, transmissão do evento pela internet e até lembrancinhas do momento fúnebre, chamadas de “bem-velado”. E o pior: isto não é uma piada.

 

“Que maneira melhor de informar nossos clientes a respeito de nossas ações sobre as filas no check-in do que colocar uma mensagem que eles possam ler enquanto esperam?”.

Steve Bayliss, gerente de marketing da companhia aérea Air New Zealand. A empresa está buscando carecas que aceitem manter uma tatuagem temporária na cabeça para divulgar os serviços que prometem mais rapidez e menos filas. Cada careca deve receber o equivalente a R$ 1.200.

 

“Eu não esperava. Eu só queria casar como pessoa e não como artista”.

Sandy, cantora, inocentemente surpresa com a repercussão que a mídia deu a seu casamento em setembro.

 

“Li a filosofia hinduísta, que é a mais antiga e deu origem ao cristianismo. O ‘ama a si próprio como a ti mesmo’ vem daí”.

Cláudia Alencar, atriz, um tanto confusa com a máxima “ama a teu próximo como a ti mesmo”…

 

“A partir de hoje, diante do teu altar, eu o consagro minha vida, meus sonhos, minha carreira política e a minha reeleição para prefeito e, em nome de Jesus, se o Senhor me conceder essa oportunidade de voltar a ser o prefeito de São Paulo, quero fazer um voto contigo hoje. Vou fazer um culto de ação de graças para louvor e honra a partir de agora para meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, amém”.

Gilberto Kassab, prefeito reeleito de São Paulo e multi-religioso, em culto numa igreja evangélica durante campanha eleitoral. Embora tenha tentado convencer os eleitores evangélicos com a cena, assessores afirmam que a religião de Kassab continua sendo a católica e que participar de reuniões de credos diversos durante o período eleitoral é natural…

 

“Não foi campanha política. Ele teve a oportunidade de ter a experiência com Deus e declarar isso diante do público”.

Viviane Nascimento, pastora da igreja que Kassab visitou, defendendo a postura do prefeito.

 

“Jesus disse: amai o próximo. Por isso os homens têm tesão pela cunhada, pela melhor amiga da mulher. E as mulheres, pelo personal trainer. Ele está bem ao lado dela”.

Francisco Daudt, psicanalista, tirando onda com o mandamento bíblico.

 

 

Aham

 

“Quem faz a minha cabeça é Jesus Cristo”.

Tavares de Miranda, colunista social da Folha de S. Paulo, respondendo, em 1983, à enquete do caderno Ilustrada que perguntava quem mais fazia sua cabeça: o cantor Caetano Veloso ou o jornalista Paulo Francis. Pelo jeito, nenhum nem outro.

 

“Festa de estréia, depois de uns champanhes, numa casa noturna classe A da capital do Rio de Janeiro é bem diferente de porradas diárias de um troglodita bêbado que bate na mulher num barraco no interior do Piauí”.

José de Abreu, ator, tomando as dores por Dado Dolabella e pedindo que Luana Piovani retire a queixa por agressão que prestou contra o noivo na delegacia. Abreu considera um exagero encaixar a confusão nos moldes da Lei Maria da Penha.

 

“Isso é coisa de gente que vai precisar viver mais trinta vidas para aprender a respeitar o próximo”.

Rubens Barrichello, piloto, respondendo a um repórter sobre o que pensa das piadinhas feitas a seu respeito.

 

“É como se a gente tivesse tido uma juventude maravilhosa, aí veio a revolução e, de repente, a gente se encontra através dos arames do campo de concentração, olhando um para o outro, fazendo o que mandam a gente fazer”.

Luís Gustavo, ator, comentando como se sente ao contracenar com atrizes como Ana Rosa e Débora Duarte 40 anos depois da novela ”Beto Rockfeller”, considerada uma marco na tv brasileira. Para Gustavo, atualmente, está “insuportável” fazer televisão.

 

“Minha ex-namorada assistiu ao filme e do que ela mais gostou foi da minha cena de sexo com a atriz Gabriela Luiz. A minha ex-namorada ama meu corpo e, quando me viu nu, ficou maluca”.

Michel Gomes, protagonista do filme Última Parada 174. Nada convencido…

 

“Quero deixar para cada leitor a certeza de que eu também sei que Jesus não nasceu exatamente no dia 25 de Dezembro, mas tudo o que pudermos fazer para declarar o nosso amor pelo Senhor e usarmos como ferramenta de fé e evangelismo, deve ser feito”.

André Valadão, pastor e músico gospel, defendendo seu lançamento intitulado Clássicos de Natal. A proposta de Valadão no novo cd contradiz alguns setores da igreja evangélica – leia-se o que eu pertenço – que consideram o Natal comemorado no Ocidente uma festa pagã.

 

“A Record não tem um ambiente neurótico como lá [na Globo], ninguém fica dando ataques e chiliques, não se infla o ego das pessoas, todo mundo é igual”.

Luiza Thomé, atriz, elogiando a nova casa e criticando a antiga. Sem neuroses? Então, tá bom…

 

 

Diz que me diz

 

“Ser pobre é como um câncer, agora este câncer está atingindo a classe-média. Isto não é o sonho americano, é o pesadelo americano”.

Nancy Kapp, assistente social americana e parte da parcela de cidadãos que virou sem-teto por causa da crise no mercado imobiliário dos EUA. Existe até lista de espera para o estacionamento onde ela e várias outras pessoas tem dormido dentro de seus próprios automóveis.

 

“É muito ingrato você ser a boa, né? Tão coitadinha, sempre choramingando, sempre sofrendo. A boa é passada para trás o tempo todo”.

Regina Duarte, atriz, falando do lado negativo dos personagens de boa moça que já interpretou.

 

“Se meu filho de 12 anos quisesse experimentar, eu diria que acho melhor começar um pouquinho mais tarde, porque é preciso certa estrutura psicológica”.

Frejat, músico, sobre a forma livre, leve e solta com que pretende abordar o assunto das drogas com seu filho.

 

“Os Beatles tiveram uma influência bem positiva no mundo e somente regimes que querem controlar seu povo tinham medo da gente. Nós rimos bastante da decisão do governo de Israel”.

Paul McCartney, ex-beatle, debochando do primeiro impedimento que o grupo recebeu de tocar na Terra Santa em 1965. Depois daquela, só neste ano o cantor conseguiu realizar shows em Israel. E ainda assim, com protestos.

 

“Eles não precisam dessa promoção. Eles vendem muito, vão bem no mundo todo. É um grupo que agora está no topo”.

Pedro Damián, produtor mexicano e criador do grupo RBD, negando que o anúncio sobre a separação da banda seja uma estratégia de marketing.

 

“Entrei numas zen e meditei sobre a prática do desapego, sobre a impermanência do universo, essas coisas espirituais. Mas como nunca fui santa eu também roguei uma praga: que os dedinhos dos ladrões entortem feito rabo de porco e não consigam tocar nos instrumentos, aqueles fihos da…”.

Rita Lee, roqueira, sobre como tem encarado o roubo de sua aparelhagem musical, em agosto. Ela ganhou de Hebe uma guitarra para colaborar na reposição dos equipamentos. Gracinha o nome do novo instrumento.

 

“A música baiana conseguiu algo único: ela vende beijo na boca. No show de rock, fica todo mundo olhando para o palco e ninguém pega ninguém. O axé vai se mesclar até com artistas internacionais, mas não vai morrer, porque é o único que vende beijo na boca”.

Emanuel Junior, sócio-diretor da empresa que organiza as principais micaretas de Minas Gerais, explicando porque o fenômeno musical dá tão certo no Brasil e até fora.

 

“Acredito que existe uma roda da vida. Ela vai girando e as coisas boas e ruins acontecem para todo mundo. Aconteceu comigo, e pronto”.

Joyce Pascowitch, colunista social, sobre o tratamento que está fazendo para o câncer de mama.

 

“Tenho muito orgulho de ter participado de uma fase tão importante na vida brasileira. Como economista, sinto-me privilegiada de ter podido fazer mudanças que vinha discutindo na minha vida acadêmica, por tantos anos. Foi um privilégio, ou uma sorte”.

Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia no governo Collor, sobre o terrível período em que muitos brasileiros perderam tudo o que tinham da noite pro dia por causa do confisco que ela planejou. Nos olhos dos outros é refresco.

 

 

 

 

Desembucha!

 

“Todos pensam que é só uma coisa zen, mas a gente fica nas posições mais escalafobéticas. Onde esses caras estavam com a cabeça quando inventaram isso?”.

Christiane Torloni, atriz, sobre a prática da ioga.

 

“Alguns partidos queriam que eu me candidatasse para vereadora em 2008, mas eu não quis. Eu não dou conta nem da minha vida, vou dar conta de uma cidade, de decidir e aprovar leis? Não dá. A gente não pode brincar com essas coisas”.

Sabrina Sato, apresentadora de tv.

 

“Nosso grande sonho é ser como os Paralamas. Olho o Bi, o Barone e o Herbert e vejo que não estão tocando por dinheiro, mas porque são músicos. Se o cara sobe no palco pensando em pagar as contas, vai estar sempre devendo”.

Falcão, vocalista da banda “O Rappa”.

 

“Quando eu era pequeno, meu irmão dizia que, se eu gravasse um disco, ele iria comer o bolachão com farinha. Tem mais histórias assim, mas, se eu contar, tira a expectativa do inédito”.

Frank Aguiar, cantor e deputado federal por São Paulo, adiantando um pouco do enredo do filme que contará a sua história. Embora a idéia lembre a sacada de “Dois filhos de Francisco”, ele insiste em destacar que o seu longa será diferente. “Gosto do Zezé e do Luciano, mas o filme deles é sobre momentos ruins. O meu, não. Vai ser para dar risada”, disse. Então tá bom.

 

“Ninguém tem direito a negar aos outros seu modo de vida, mesmo que não concorde com ele, porque todos têm o direito de viver a vida que desejam, desde que não prejudiquem o outro”.

Brad Pitt, ator americano, ao doar US$ 100 mil para apoiar os partidários do casamento entre homossexuais na Califórnia (EUA).

 

“Eu tenho um profundo sentimento cristão. O normal é homem gostar de mulher. Homem com homem não é normal. Não vou dizer que é normal para ganhar votos de gay”.

Paulo Maluf, candidato à prefeitura de São Paulo, em opinião contrária a do galã holliwoodiano.

 

“Hoje em dia é difícil distinguir a mãe da filha, elas estão todas peladas”.

Nsaba Buturo, ministro ugandense de Ética e Integridade, condenando as minissaias no vestuário feminino de seu país. Ele defende que a peça deve ser banida, porque mulheres que as usam distraem os motoristas e provocam acidentes de trânsito.

 

“O criacionismo se baseia na fé e não tem nada a ver com a ciência, por isso não tem espaço nas aulas de ciência”.

Lewis Wolpert, biólogo da University College, de Londres, se declarando contra a teoria bíblica da criação nas salas de aula.

 

“Minha equipe e eu sempre temos em mente que o nosso público é jovem e pode usar as histórias que contamos como exemplo”.

Patrícia Moretzsohn, autora da temporada atual de “Malhação”. E será que dá mesmo pra usar alguma coisa dali como exemplo?

 

“Poderíamos nos sentar aqui com médicos e policiais e todos diriam que, se os alcoólatras mudassem sua dependência da bebida para a erva, o mundo seria um lugar mais fácil de se viver”.

George Michael, cantor britânico, defendendo o livre uso das drogas, com as quais tem problema de dependência. Se o uso delas fosse assim tão benéfico, ele não teria pedido perdão aos seus fãs após ter sido, mais uma vez, detido por posse de narcóticos neste fim de semana. Pensando melhor no assunto, ele prometeu se recuperar destas ocorrências.

 

Ora, ora, pois, pois

 

 

“Os blogueiros que nasceram no final dos anos 80 se referem à expressão como ‘provérbio’ ou ‘velho ditado’, nem imaginam que veio de uma propaganda”.

Washington Olivetto, publicitário, dono da agência W/Brasil e criador da campanha que contém a famosa frase “O primeiro a gente nunca esquece”, feita originalmente para divulgar um sutiã.

 

“Que maneira melhor de informar nossos clientes a respeito de nossas ações sobre as filas no check-in do que colocar uma mensagem que eles possam ler enquanto esperam?”.

Steve Bayliss, gerente de marketing da companhia aérea Air New Zealand. A empresa está buscando carecas que aceitem manter uma tatuagem temporária na cabeça para divulgar os serviços que prometem mais rapidez e menos filas. Cada careca deve receber o equivalente a R$ 1.200.

 

“Acho que o grande atrativo da novela é ainda a falta de opção das pessoas. A pessoa vê, porque não tem nada melhor para fazer naquele horário”.

Regina Duarte, atriz.

 

“Devemos copiar aquilo que deu certo na forma com que os evangélicos utilizam a grande mídia”.

Jonas Abib, monsenhor e fundador da Canção Nova, o maior pólo de comunicação católica do Brasil.

 

“Devo dizer que não me lembro de experiências negativas com drogas. Mas não digo para todo mundo usar. Vi muita gente ter viagens ruins ao meu lado”.

Roberto Frejat, músico.

 

“É uma mostra que nos força a pensar sobre o efeito da fama e as conseqüências do estilo de vida dos pop stars”.

Alex Proud, diretor da galeria de arte londrina que abriga a mostra fotográfica Forever 27, sobre roqueiros que morreram aos 27 anos de idade.