É mole ou quer mais?

 

 

Mal chegou nas bancas e o tal beijo entre Mônica e Cebolinha, que comentei ontem, já tá gerando polêmica. A edição on line da Folha de S. Paulo traz uma reportagem que afirma que, além de terem aprovado a ousadia, os fãs do gibi agora estão sugerindo que Magali e Cascão engatem um romancinho também. Como se não bastasse, ainda dizem que este outro casal esquentaria mais a coisa, porque Magali já tem um namorado, o Quinzinho. Triângulo amoroso, seria?

 

Leia aqui a matéria na íntegra.

Beijinho, beijinho, tchau, tchau!

 

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Eu sabia que não ia demorar! O quarto número da revistinha Turma da Mônica Jovem já deu o ar da graça e apareceu com pinceladas mais picantes. Sabe aquela dupla que cansamos de ver se odiando na página dos gibis? Mônica e Cebolinha, isto mesmo. Agora eles já estão querendo se bicar de uma maneira mais… crescidinha, se é que você me entende. Coisas das novas aventuras desta turma extremamente familiar, como o criador Maurício de Sousa define.

 

Familiar? Sei. Só se no próximo número, Mônica resolver brincar de médico com Cebolinha e dar à luz novos personagens. E isso porque, se faltava tomar a iniciativa para roubar um beijinho dele, agora não falta mais. “Nesta nova fase da revista, a Mônica e o Cebola vivem na base de um flertezinho, uma paquera nas histórias. E achei que estava na hora de a Mônica ter um momento de mulherzinha, mais crescida e ir para cima do Cebola com um beijinho”, diz o pai das ex-crianças.

 

Claro que a cena ousada dá margem para que o público aguarde – uns empolgados, outros apavorados – enredos ainda mais apimentados. Mas, quanto a isso, Maurício ameniza: promete “manter a fronteira do bom gosto”. “Mesmo que com os personagens um pouco mais velhos, a Turma da Mônica é uma revista para família, que tem de ter mensagens. Vamos falar de qualquer tema, mas sempre de maneira suave e tranqüila, sem ferir sensibilidades”.

 

Aham. Tá bem, então. Melhor cair na real e dar adeus à esperança de encontrar o pouco de mensagem-família que ainda restava nos gibis da turminha. Beijinho, beijinho, tchau, tchau!

 

Taís Brem

Falação

 

“Eu sou uma dessas pessoas que acredita que você não deve se arrepender de nada na vida. Você precisa se sentir confiante de que era tudo parte do percurso”.

Angelina Jolie, atriz, ressaltando que não lamenta nem se arrepende das experiências que teve com drogas. Bonito, hein?

 

“Há uma espécie de jogo oculto, umas simulações de afeto, umas forçadas de barra, regadas a peru, arroz de forno e batatas. Não seria um filme meu se fosse uma festa de Papai Noel com presentes e renas de nariz vermelho”.

Selton Mello, diretor do longa “Feliz Natal”, que, segundo ele, é baseado em experiências pessoais. “Sempre achei o Natal algo meio melancólico, uma celebração meio obrigatória”, comentou.

 

“Jesus disse: amai o próximo. Por isso os homens têm tesão pela cunhada, pela melhor amiga da mulher. E as mulheres, pelo personal trainer. Ele está bem ao lado dela”.

Francisco Daudt, psicanalista, tirando onda com o mandamento bíblico.

 

“O único emprego dele era ser marido da Susana e jogar futevôlei na praia. E, pelo que sei, só a primeira função era remunerada”.

Mãe de Fernanda Cunha, definindo o ex-marido da atriz Susana Vieira e amante da filha, Marcelo Silva. Fernanda virou celebridade trash ao ligar para um jornal contando que tinha um caso com Marcelo há sete meses e que havia apanhado dele por ter aberto o jogo com a outra. Agora, os dois já aparecem apaixonados na tv e anunciando casamento. Pelo jeito, a moça gostou da surra.

 

“Gosto de dividir com as pessoas o que Deus tem feito na minha vida. Vou me preparar. Quem sabe um dia…”.

Kaká, jogador de futebol, sobre a possibilidade de se tornar pastor.

 

“Um papel não faz diferença, não tem a menor importância. Papel você rasga. Ter um documento e estar atrelado a alguém não quer dizer que ame mais ou menos aquela pessoa”.

Giovanna Antonelli, atriz, pregando contra o casamento legalizado.

 

“Não tenho motivo nenhum para comemorar nada. Não sou feliz nem infeliz, diria que sou indiferente em relação à vida. Tiraram a maior parte de mim”.

Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, em entrevista à revista Veja nesta semana.

O sexo e a TV

 

Volta e meia aparece alguém, às vésperas de se formar nos cursos de Comunicação Social da Universidade que eu estudo, com uma monografia sobre os efeitos negativos que a televisão pode trazer, sobretudo, nos pequenos. E não é pra menos. O assunto merece mesmo atenção, principalmente porque, em pleno século XXI, ainda tem gente que acha que o aparelhinho presente em 11 de cada 10 residências mundo afora é um simples canal de entretenimento. Talvez analisando os aspectos de uma forma mais científica, o povo comece a entender que a história não é bem esta. Daí os benefícios não só dos trabalhos de conclusão de curso, mas de pesquisas como a divulgada pela Universidade de Wisconsin, nesta segunda-feira. Vá que convença os céticos, não é mesmo?

 

Pois bem. Os pesquisadores apuraram que o excesso de TV é um dos principais causadores, por exemplo, da atividade sexual precoce. E isso porque, atuando diretamente no subconsciente de crianças e adolescentes, a mídia televisiva mostra pessoas muito mais sexualizadas do que na realidade e, raramente retrata as conseqüências negativas do sexo. Janet Hyde, coordenadora do estudo, explica: “Os teóricos da comunicação dizem que, quando assistimos muito material assim, passamos a acreditar que essa é a realidade. Nesse caso, a garotada que assiste muita TV acredita que todos os garotos e garotas estão fazendo sexo, então tem de fazer isso também, ou serão os esquisitos”.

 

Dos 273 adolescentes entrevistados para a pesquisa de 13 a 15 anos (isso mesmo, aqueles que, na minha época, ainda brincavam de boneca e carrinho), cerca de 15% é sexualmente ativo e está muito mais propenso a não se proteger contra a gravidez e as DST’s.

 

Além disso, a pesquisa mostra que, nas gurias desta faixa etária, outros fatores contribuem para o início da atividade sexual antes da hora. Elas geralmente têm baixa auto-estima, relações ruins com os pais, demonstram sinais de déficit de atenção ou hiperatividade e têm notas ruins na escola. Nos meninos, além de todos estes problemas ainda há a puberdade precoce. E é assim, como a própria Janet coloca, que “as coisas começam a ir ladeira abaixo”.

 

Isto não é, de forma alguma, uma apologia à abstinência sexual, apenas um alerta para que comecemos a refletir sobre o exagero da mídia neste sentido de aceleração dos processos. Uma comparação pertinente para o momento? Experimente servir mocotó para um recém-nascido e veja no que vai dar. Ou seja, a ciência só está ajudando a comprovar aquilo que só não vê quem se finge de cego.

 

Taís Brem 

Aham

 

“Quem faz a minha cabeça é Jesus Cristo”.

Tavares de Miranda, colunista social da Folha de S. Paulo, respondendo, em 1983, à enquete do caderno Ilustrada que perguntava quem mais fazia sua cabeça: o cantor Caetano Veloso ou o jornalista Paulo Francis. Pelo jeito, nenhum nem outro.

 

“Festa de estréia, depois de uns champanhes, numa casa noturna classe A da capital do Rio de Janeiro é bem diferente de porradas diárias de um troglodita bêbado que bate na mulher num barraco no interior do Piauí”.

José de Abreu, ator, tomando as dores por Dado Dolabella e pedindo que Luana Piovani retire a queixa por agressão que prestou contra o noivo na delegacia. Abreu considera um exagero encaixar a confusão nos moldes da Lei Maria da Penha.

 

“Isso é coisa de gente que vai precisar viver mais trinta vidas para aprender a respeitar o próximo”.

Rubens Barrichello, piloto, respondendo a um repórter sobre o que pensa das piadinhas feitas a seu respeito.

 

“É como se a gente tivesse tido uma juventude maravilhosa, aí veio a revolução e, de repente, a gente se encontra através dos arames do campo de concentração, olhando um para o outro, fazendo o que mandam a gente fazer”.

Luís Gustavo, ator, comentando como se sente ao contracenar com atrizes como Ana Rosa e Débora Duarte 40 anos depois da novela ”Beto Rockfeller”, considerada uma marco na tv brasileira. Para Gustavo, atualmente, está “insuportável” fazer televisão.

 

“Minha ex-namorada assistiu ao filme e do que ela mais gostou foi da minha cena de sexo com a atriz Gabriela Luiz. A minha ex-namorada ama meu corpo e, quando me viu nu, ficou maluca”.

Michel Gomes, protagonista do filme Última Parada 174. Nada convencido…

 

“Quero deixar para cada leitor a certeza de que eu também sei que Jesus não nasceu exatamente no dia 25 de Dezembro, mas tudo o que pudermos fazer para declarar o nosso amor pelo Senhor e usarmos como ferramenta de fé e evangelismo, deve ser feito”.

André Valadão, pastor e músico gospel, defendendo seu lançamento intitulado Clássicos de Natal. A proposta de Valadão no novo cd contradiz alguns setores da igreja evangélica – leia-se o que eu pertenço – que consideram o Natal comemorado no Ocidente uma festa pagã.

 

“A Record não tem um ambiente neurótico como lá [na Globo], ninguém fica dando ataques e chiliques, não se infla o ego das pessoas, todo mundo é igual”.

Luiza Thomé, atriz, elogiando a nova casa e criticando a antiga. Sem neuroses? Então, tá bom…

 

 

Opine!

 

“Tivemos grandes ídolos do futebol [com problemas nas pernas] como o Garrincha. Talvez com uma perna só o Saci consiga fazer muitas coisas que outros não conseguem com duas”.

Mário Candido da Silva Filho, presidente da Sociedade de Observadores de Saci (Sosaci), sobre a candidatura do personagem a mascote da Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá no Rio de Janeiro.

 

“É tudo sugerido, nada tão explícito. Não dá para ter tanto pudor ao ponto de nem tocar no seu irmão, né?”.

Beth Goulart, atriz, sobre as cenas que faz com o irmão Paulo Goulart Filho na peça “Quartett”. Amantes na montagem, os dois simulam sexo no palco, mas garantem que não há constrangimento.

 

“Para nós, a América é uma grande amiga e uma grande esperança. Estamos conectados pela Bíblia e estamos juntos pela paz”.

Shimon Peres, presidente de Israel, saudando a vitória de Obama.

 

“Algo bonito crescerá de toda aquela feiúra”.

Jeanenne Teed, dona do cão Gus, que morreu de câncer na semana passada. Eleito o cachorro mais feio do mundo, ele tinha apenas um olho e três pernas. Jeanenne plantou uma flor no local onde o animal foi enterrado.

 

“Se o Marilyn Manson pode falar do diabo por que a gente não pode falar de Jesus à vontade?”.

Rodolfo, ex-Raimundos e, atualmente, músico gospel.

 

“Espero que essa ho­menagem chegue à Globo para que saibam que eu não vivo só dela. A Globo está esperando eu morrer para pôr meus programas no ar. Vão ter de esperar muito…”.

Chico Anysio, humorista, alfinetando a emissora ao receber um troféu durante lançamento de seu livro “Casos de Polícia”, no Ceará.

 

“Desconfio dessa gente que está no supermercado e, de repente, tá sorrindo. Não é possível, gente, o feijão subiu e a pessoa tá lá sorrindo. Desculpe, mas não tem do que rir no mercado, a não ser que ela tenha um problema na boca”.

Carolina Dieckmann, atriz. Mal-humorada? Capaz…

 

 

Obama por nove frases

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“Ele era meu oponente. Agora, é meu presidente”.

John McCain, o candidato derrotado.

 

“Isto significa que o trabalho pelo qual meu pai e minha mãe se sacrificaram não foi em vão”.

Bernice King, filha do líder da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos Martin Luther King Jr.

 

“Se torci para Obama? Veja a cor da minha pele”.

Magno Malta, senador pelo Partido da República (PR-ES), mostrando, com orgulho, o braço para um repórter.

 

“Depois da vitória de Barack Obama, acho que pode ter chegado o momento para um agente 007 negro”.

Daniel Craig, ator britânico e atual intérprete do famoso personagem cinematográfico James Bond.

 

“Foi o presidente Obama que me fez perceber como é notável a trajetória de vida dela”.

Ernest Cooper, neto da americana Ann Nixon Cooper. A senhora negra de 106 ficou famosa quando citada no discurso de vitória do novo presidente. Obama relacionou a história de Cooper ao progresso americano no decorrer do século 20, dizendo que “após 106 anos na América, nas melhores épocas e horas mais escuras, ela sabe como os Estados Unidos podem mudar”.

 

“Se a eleição de Obama nos chocou? Nem um pouco! Nós vínhamos avisando ao nosso povo que, a menos que os brancos se juntassem, seria exatamente isso que aconteceria”.

Thomas Robb, pastor protestante e diretor da associação racista Ku Klux Klan. Em nota sobre a vitória de Obama, Robb fala que o novo governante é “só metade negro” e que, mais que uma disputa entre liberais e conservadores, esta votação foi “uma guerra racial e cultural, travada contra o povo branco”.

 

“Vossa Excelência soube transmitir visão de futuro, capacidade de liderança e a certeza de que a esperança é mais forte do que o medo”.

Lula, presidente do Brasil, em fax que felicita a vitória de Obama.

 

“Eu não sei o que está acontecendo no mundo. Na Bolívia, um índio presidente. Nos Estados Unidos, um negro presidente. O mundo está dando uma volta”.

Evo Morales, presidente da Bolívia.

 

“A vitória sozinha não é a mudança que queremos. A mudança só acontecerá com um novo espírito de servir, um novo espírito de sacrifício”.

Barack Obama, o próprio.

 

 

Papo de louco

 

Gosto muito de ler a sessão “Conversa” na Veja de todas as semanas. Sempre tem alguma coisa interessante e a da semana passada não foi diferente. Foi, isso sim, muito bizarra. Acredita que tem um louco nos EUA que tá processando Deus? Tudo bem, é um absurdo mesmo, mas existe gente pancada pra fazer qualquer negócio. É aquela coisa do “morro, mas não vejo tudo”. Por favor, leia esta aberração logo abaixo.

 

 

Conversa com Ernie Chambers*

 

“Acuso Deus de todos os desastres”

Os políticos brasileiros não são os únicos que gostam de fazer bizarrices. Ernie Chambers, senador no estado americano de Nebraska, resolveu abrir um processo contra Deus. Perdeu, mas já avisou que vai recorrer

 

De que o senhor acusa Deus? De todos os desastres: furacões, tornados, doenças, fome.

 

Por que o senhor resolveu processá-lo? Havia uma articulação no meu estado para tornar algumas pessoas inimputáveis, e eu quis provar que qualquer pessoa pode ser processada.

 

Mas Deus é uma pessoa, por acaso? Não necessariamente, mas a sua existência está provada, pelo menos nos Estados Unidos.

 

Como assim? No dólar, o que está escrito? “Em Deus nós acreditamos.” No tribunal, jura-se por Deus. Para os Estados Unidos, a existência de Deus é incontestável.

 

Como se faz para intimar Deus? Ele não é onisciente? Então, sabe que está sendo processado. Não é onipresente? Então, estará na corte no dia do julgamento.


Mas o processo foi arquivado. Sim, mas eu vou recorrer.

 

Então, o senhor acredita em Deus. Na verdade, não. Quem precisa acreditar é a Justiça. Não acredito e, por isso, não tenho medo de ir para o inferno.

 

*Mariana Amaro