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Como se mede a homofobia?

Cena 1: No palco do Programa Raul Gil, veiculado pelo SBT, na companhia de dois convidados humoristas da casa, o apresentador ri de uma piada improvisada: “A maior desgraça na vida de um jardineiro é ter um filho ‘florzinha’”. E do complemento: “E uma filha ‘trepadeira’”. Todos caem na gargalhada.

Cena 2:
Num dos blocos do programa que leva seu nome, Jô Soares entrevista um ator armênio e acha graça de quando o convidado cita a possibilidade de haver, em seu país de origem, indivíduos que optem por casar com pessoas do mesmo sexo. Um casal formado por dois armênios? Risada total, inclusive na plateia.

Cena 3:
No ímpeto de demonstrar suas melhores características, um dos convidados do programa dominical apresentado por Eliana, no quadro em que o principal objetivo é formar casais, define-se às pretendentes como “multiuso”. A apresentadora, querendo saber exatamente o significado da expressão, questiona: “Mas… Você gosta só de meninas, né?”. Diante da resposta enfaticamente afirmativa, Eliana solta um: “Ufa, que susto!”.

A pergunta que as três cenas provocam é: qual dos casos, transmitidos em TV aberta nas últimas semanas, despertou a fúria dos ativistas gays por suspeitar o que tem sido chamado de comportamento homofóbico? A resposta pura e simples: Nenhum deles. Não fosse um ouvido mais aguçado do telespectador, na verdade, qualquer dos três teria passado batido. Em contrapartida, desde que foi nomeado presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, o pastor-político Marco Feliciano (PSC-SP), eleito com mais de 211 mil votos em 2010, vem sofrendo duras críticas da sociedade e da mídia por uma postura supostamente racista e homofóbica.

A acusação de homofobia, que tem sido infinitamente mais explorada pela imprensa, levou cidadãos às ruas e provocou protestos por parte de personalidades, como a cantora Daniela Mercury, que, impulsionada pela polêmica, resolveu assumir seu casamento gay com a jornalista Malu Verçosa. Daí, foi um passo para que colegas de profissão e afins se unissem e a apoiassem, postando fotos nas redes sociais do que se chamou de “beijaço coletivo”.

Embora o assunto pareça ter esfriado um pouco nos últimos dias, em sua edição de 25 de abril, a Folha de S. Paulo exibiu o manifesto de cartunistas apoiadores da causa gay que se retrataram beijando o colega Laerte, talvez o praticante de crossdressing – fenômeno em que o indivíduo agrega peças do vestuário do sexo oposto ao seu figurino sem que isso interfira exatamente no seu comportamento sexual – mais famoso do país.

No mesmo ritmo, a impressão geral que se tem da mídia é a de reprovação às atitudes do deputado, não só nas páginas de jornais e revistas, como nos perfis de redes sociais e nos programas de TV. Seria a famosa cortina de fumaça dando o ar da graça mais uma vez? A exceção mais gritante foi a manifestação da âncora do Jornal do SBT, Rachel Sheherazade, a jornalista que, por vezes – a maioria delas, na verdade –, mescla as funções de informação com opinião e não segura a língua quando quer dar seu pitaco a respeito de assuntos polêmicos. Dia desses, após noticiar mais um capítulo da “novela Feliciano”, Rachel sugeriu que, com o mesmo ímpeto com que foram às ruas protestar, invadiram o plenário para tentar impedir sessões e se beijaram ignorando barreiras sexuais, reles mortais e celebridades se unam para reivindicar a renúncia de políticos ainda em atividade envolvidos no Caso Mensalão. Concordando ou não com as opiniões do pastor ou com a ousadia da repórter, a ideia parece um bom e inteligente negócio, uma vez que o deputado já declarou que se os mensaleiros renunciarem, ele também deixa o cargo.

Alexandre Garcia foi outro dos poucos que teve coragem de se manifestar a favor do deputado quando levantou a questão de que não existe crime de opinião no Brasil. Se Marco Feliciano está sendo punido por ter uma opinião contrária à união de pessoas do mesmo sexo, não há crime. A menos que se passe para o estímulo à violência ou práticas do tipo. Pensar o que se quer e poder expressar isso, por enquanto, ainda é livre em terras verde-amarelas.Caso contrário, os manifestantes, os ativistas, as personalidades e todos mais que quiseram se engajar a defender a causa LGBT podem começar a produzir cartazinhos e ensaiar palavras de ordem solicitando que Eliana, Jô e Raul se despeçam da telinha e saiam do ar. Quem se habilita?

Taís Brem

Texto publicado também no Observatório da Imprensa.

Parafraseando

“Se não trabalho, o diabo vem morar aqui na minha cabeça. E ele já se instalou, tá vendo esse terreno aqui?”
Erasmo Carlos, músico, apontando para própria cachola ao responder porque dedica tanto tempo ao trabalho.

“O crack é o único negócio que me balança. Seu aparecimento abalou minha decisão de princípio, que é ser a favor da legalização das drogas”.
Caetano Veloso, músico também, ao comentar que se sente “triste por ver que a pedra tem efeito muito rápido e destrói muita gente pobre e desavisada”.

“Na minha opinião, ser mãe não é uma opção. É um degrau que a pessoa tem que pisar se quiser caminhar pra frente”.
Maria Mariana, a atriz que ficou famosa com a peça “Confissões de Adolescente” e que, agora, cresceu e virou mãe.

“Adoro o mundo gay e me inspiro muito em travestis para me maquiar… Por isso, não tem lugar melhor para eu comemorar meu aniversário”.
Francine Piaia, ex-BBB e novata no mundo das celebridades, ao explicar o motivo de ter escolhido uma boate gay para comemorar mais um aninho de vida.

“Acho que não há nada que um pai lamente mais do que ter machucado sua filha, por não ter conseguido olhar mais para ela do que para si próprio”.
Nando Reis, músico, sobre o teor implícito da composição “Só para So”, feita para sua filha adolescente Sophia.

“Tenho medo de ficar doente em algum momento da minha vida. Pode parecer meio dramático, mas é do que eu tenho medo. Seria a única coisa que interromperia toda essa alegria de viver”.
Eliana, apresentadora de TV.

“Ele foi o responsável por difundir a música negra para o mundo. Ela entrou em espaços onde não entrava antes, fazendo os brancos dançarem”.
Carlinhos de Jesus, coreógrafo, ao comentar a morte do astro pop Michael Jackson. O falecimento ocorreu no início da noite de ontem, em Los Angeles.

 

Clô, para os íntimos

 

Ao meu ver, ele não merecia. Terminantemente, não. Mas, dado às inúmeras declarações feitas mídia afora acerca da morte do cara – algumas bem bizarras, por sinal –, vou ter de dedicar um post inteiro de frases somente ao Clodovil. Lamento, mas é quase que uma obrigação jornalística. Ossos do ofício…

 

“Jesus Cristo foi extremamente generoso, porque não permitiu que nós estivéssemos hoje dando carinho para um Clodovil na cama doente. Já pensou Clodovil em uma cadeira de rodas, com toda sua vaidade?”.

Agnaldo Timóteo, cantor, falando ao público que compareceu ao velório do deputado, nesta quarta-feira. Timóteo entoou as canções religiosas que embalaram o momento fúnebre.

 

“Infelizmente, [Clodovil] foi um gay alienado, exibicionista e que desperdiçou sua inteligência e sua audácia em favor de um projeto de vida furado. Era a bicha desmunhecada que alfinetava a todo mundo. Não vejo nenhuma contribuição dele [à sociedade]”.

Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB).

 

“Do ponto de vista de moda, perdemos um suntuoso vestido brasileiro. Um vestido de lindos bordados foi rasgado. Isso, para nós costureiros, toca muito”.

Ronaldo Ésper, estilista. Ui!

 

“A instabilidade emocional, às vezes, atrapalhou sua carreira, mas ninguém nunca vai poder discutir que ele não teve personalidade”.

Fausto Silva, apresentador de TV.

 

“É a primeira vez que ele está usando”.

João Toledo, assessor e amigo de Clodovil, sobre o traje escolhido para o enterro. O terno claro, em tecido branco riscado com pequenos quadrados cinza, gravata borboleta azul e lenço do mesmo tom são de autoria do falecido.

 

“Eu daria graças a Deus de sair dessa porcaria desse mundo!”.

Clodovil, o próprio, após a conturbada sessão no plenário que foi palco para a discussão dele com a deputada Cida Diogo, em maio de 2007. Depois de fazer a colega chorar por tê-la chamado de “feia”, sua pressão arterial foi a 23 por 14. Sabendo do perigo que corria de ter um AVC a qualquer momento (o popular derrame, que, por acaso, o levou à morte ontem), o ex-estilista não perdeu a pose e retrucou “à la Ana Maria Braga”. Menos de dois anos depois, desejo atendido.

Nada de Deus

 

A seita que tem por principais membros o astro americano Tom Cruise e sua respectiva família está despertando a curiosidade de celebridades e anônimos mundo afora. Mas, você sabe o que é e no que se fundamenta a tal da cientologia? Para ficar um pouquinho por dentro, veja alguns dos mandamentos mais polêmicos desta corrente, entre eles o de mentir e não acreditar em Deus.

 

 

1. COMBATERÁS A PSIQUIATRIA
Os psiquiatras são culpados por todas as mazelas do mundo, pois seus tratamentos deixam as pessoas malucas. A religião é contra remédios antidepressivos e calmantes.

2. EXPULSARÁS OS GAYS
O fundador da seita, L. Ron Hubbard, escreveu que a cientologia é capaz de curar a homossexualidade. Mas, se o processo não desse certo, ele sugeriu que a solução seria “desfazer-se deles [gays] sem nenhum pesar”.

3. MENTIRÁS E MANIPULARÁS
É legítimo usar todo e qualquer método necessário para “silenciar por meio do medo” os inimigos da cientologia. “A única maneira de controlar as pessoas é mentir para elas”, escreveu Hubbard.

4. MANTERÁS SILÊNCIO NO PARTO
Para evitar que o bebê sofra traumas psicológicos (engramas) ao sair do útero, a mãe e os médicos devem ficar em silêncio. Até o ato sexual deve ser silencioso para evitar problemas com o feto.

5. NÃO ACREDITARÁS EM DEUS
A cientologia despreza as outras religiões e acredita que Deus, Jesus Cristo, Buda e Maomé, entre outros, são fraudes: invenções que foram implantadas nos thetanos para deixá-los confusos.

6. EVITARÁS A SOCIEDADE
É preciso manter distância do mundo exterior. Quando estão se preparando para alcançar os níveis mais altos da cientologia, os fiéis não podem ver TV, ouvir rádio, ler jornal, entrar na internet, usar o telefone nem falar com pessoas de fora da seita. Como será que as estrelas adeptas à cientologia fazem então para manter a fama. Estranho, né? 

 

Taís Brem 

 

Yes!

 

“Olha, a coisa está preta, as orações têm dado certo, continuem rezando por mim”.

José Alencar, vice-presidente da República, apelando pelas preces do povo brasileiro em razão do câncer contra o qual luta há anos.

 

“Minha família está acima de tudo. Nenhum filme poderá me dar as alegrias que tenho como pai”.

Brad Pitt, ator americano, sobre o valor que dá ao relacionamento familiar.  Recentemente, Pitt revelou que pensa em oficializar a união com Angelina Jolie por causa dos seis filhos do casal.

 

“Adoro gays, mas prefiro que o meu filho seja macho”.

Claudia Leitte, cantora, grávida de sete meses.

 

“Pensando bem, acho que ela [Marina] tem muito bom gosto, porque a Gal é uma grande cantora”.

Roberta Sá, cantora, opinando sobre o relacionamento homossexual que as colegas Marina Lima e Gal Costa tiveram na década de 70.

 

“Estava na cara que Barack Obama ganharia a corrida à Casa Branca. Você já viu queniano perder corrida?”.

Milton Neves, jornalista e publicitário, sobre o presidente eleito dos EUA.

 

“Acho que há outras pessoas com aptidões educativas muito melhor que as minhas”.

George Clooney, ator americano, dizendo que, embora mantenha seu apoio às causas beneficentes na África, não está em seus planos adotar crianças de lá.

 

“A reencarnação é a maior idiotice que a imbecilidade humana conseguiu imaginar. E muitos caluniam ao dizer que Bíblia defende a reencarnação. Isso é bobagem”.

Oscar Gonzalez Quevedo, o parapsicólogo padre Quevedo, sobre a reencarnação.

Ok

 

Nunca me disseram nada, mas sei que muita gente pensa que eu sou careta. Não me incomodo. Ninguém tem nada com isso”.

Daniele Hipólito, ginasta, ao declarar, em entrevista, que nunca namorou e pretende se manter virgem até o casamento.

 

“Não fico vendendo, não sou uma banca, acho feio uma pessoa fazer do seu próprio corpo uma quitanda. Prefiro vender o corpo inteiro, como fiz para a Playboy”.

Christiane Torloni, atriz, ao explicar porque não gosta de falar sobre quantas e quais plásticas já fez no corpo. Mas vender-se por inteiro seria mais louvável? Eu, hein!

 

“Se Deus nos criou à sua imagem e semelhança e nós nascemos nus, não há vergonha nenhuma nisso. Se fosse errado, ele certamente teria nos dado roupas”.

Laurindo Correia, presidente da Federação Portuguesa de Naturismo, defendendo o estilo que adotou.

 

“Tem homem morando com homem, mulher morando com mulher e muitas vezes vivem bem, de forma extraordinária. Constroem uma vida juntos, trabalham juntos e por isso eu sou favorável”.

Lula, presidente da República, apoiando os homossexuais.

 

“O que eu posso fazer, se ele está casado? Ele deve estar muito feliz lá com a gata dele”.

Maria Gracinda Teixeira de Jesus, de 77 anos, comentando que não pretende lutar para reconquistar a paixão de John McCain, candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, com quem teve um caso há vários anos atrás.

 

“Foi ele quem me ensinou, aliás. Nós fumamos da mesma marca. É o nosso cachimbo da paz”.

José Alencar, vice-presidente da República, atribuindo ao colega Lula o “vício” de fumar cigarrilhas. Alencar, que coleciona cânceres pelo corpo inteiro, garante que o hábito não faz mal. “Todos os exames indicam que meu pulmão está limpo”, disse.

 

“Muitas vezes fico de saco cheio e tenho vontade de explodir essa parada”.

Boninho, sobre o reality show Big Brother Brasil, da Globo, dirigido por ele. Aleluia! Quando será que este plano será posto em prática?

 

 

 

Desembucha!

 

“Todos pensam que é só uma coisa zen, mas a gente fica nas posições mais escalafobéticas. Onde esses caras estavam com a cabeça quando inventaram isso?”.

Christiane Torloni, atriz, sobre a prática da ioga.

 

“Alguns partidos queriam que eu me candidatasse para vereadora em 2008, mas eu não quis. Eu não dou conta nem da minha vida, vou dar conta de uma cidade, de decidir e aprovar leis? Não dá. A gente não pode brincar com essas coisas”.

Sabrina Sato, apresentadora de tv.

 

“Nosso grande sonho é ser como os Paralamas. Olho o Bi, o Barone e o Herbert e vejo que não estão tocando por dinheiro, mas porque são músicos. Se o cara sobe no palco pensando em pagar as contas, vai estar sempre devendo”.

Falcão, vocalista da banda “O Rappa”.

 

“Quando eu era pequeno, meu irmão dizia que, se eu gravasse um disco, ele iria comer o bolachão com farinha. Tem mais histórias assim, mas, se eu contar, tira a expectativa do inédito”.

Frank Aguiar, cantor e deputado federal por São Paulo, adiantando um pouco do enredo do filme que contará a sua história. Embora a idéia lembre a sacada de “Dois filhos de Francisco”, ele insiste em destacar que o seu longa será diferente. “Gosto do Zezé e do Luciano, mas o filme deles é sobre momentos ruins. O meu, não. Vai ser para dar risada”, disse. Então tá bom.

 

“Ninguém tem direito a negar aos outros seu modo de vida, mesmo que não concorde com ele, porque todos têm o direito de viver a vida que desejam, desde que não prejudiquem o outro”.

Brad Pitt, ator americano, ao doar US$ 100 mil para apoiar os partidários do casamento entre homossexuais na Califórnia (EUA).

 

“Eu tenho um profundo sentimento cristão. O normal é homem gostar de mulher. Homem com homem não é normal. Não vou dizer que é normal para ganhar votos de gay”.

Paulo Maluf, candidato à prefeitura de São Paulo, em opinião contrária a do galã holliwoodiano.

 

“Hoje em dia é difícil distinguir a mãe da filha, elas estão todas peladas”.

Nsaba Buturo, ministro ugandense de Ética e Integridade, condenando as minissaias no vestuário feminino de seu país. Ele defende que a peça deve ser banida, porque mulheres que as usam distraem os motoristas e provocam acidentes de trânsito.

 

“O criacionismo se baseia na fé e não tem nada a ver com a ciência, por isso não tem espaço nas aulas de ciência”.

Lewis Wolpert, biólogo da University College, de Londres, se declarando contra a teoria bíblica da criação nas salas de aula.

 

“Minha equipe e eu sempre temos em mente que o nosso público é jovem e pode usar as histórias que contamos como exemplo”.

Patrícia Moretzsohn, autora da temporada atual de “Malhação”. E será que dá mesmo pra usar alguma coisa dali como exemplo?

 

“Poderíamos nos sentar aqui com médicos e policiais e todos diriam que, se os alcoólatras mudassem sua dependência da bebida para a erva, o mundo seria um lugar mais fácil de se viver”.

George Michael, cantor britânico, defendendo o livre uso das drogas, com as quais tem problema de dependência. Se o uso delas fosse assim tão benéfico, ele não teria pedido perdão aos seus fãs após ter sido, mais uma vez, detido por posse de narcóticos neste fim de semana. Pensando melhor no assunto, ele prometeu se recuperar destas ocorrências.

 

Então, tá bom

 

“Eu ficava indignada de São Paulo, a terceira maior cidade do mundo, não ter um lugar aconchegante e sofisticado para a despedida”.

Milena Romano, empresária do ramo de assistência funerária, comentando a implantação do serviço que disponibiliza pacotes para velórios de até R$40 mil. Quem se dispor a desembolsar a quantia, desfruta de salas requintadas para a despedida do morto, fundo musical inspirado no gosto do falecido, bufê com guloseimas, transmissão do evento pela internet e até lembrancinhas do momento fúnebre, chamadas de “bem-velado”. E o pior: isto não é uma piada.

 

“Quero me tornar o piloto mais preparado da Fórmula 1. Não há ninguém mais competitivo que eu”.

Lewis Hamilton, piloto inglês, atual líder do Mundial de Pilotos e número um da McLaren.

 

“Isso é perseguição da censura contra o cinema de terror e contra o cinema nacional. Para os gringos eles dão uma classificação bem menor. O Batman teve classificação de apenas 12 anos e é um filme bem violento!”.

José Mojica Marins, autor e intérprete de Zé do Caixão, reclamando de estar perdendo a audiência de crianças e adolescentes por causa da restrição de faixa etária em seu mais novo filme.

 

“Eu não quero saber qual é a referência que as pessoas têm de mim. Acho que elas têm que me ver pessoalmente. Pessoalmente, eu tenho algo a acrescentar”.

Sabrina Sato, apresentadora de tv.

 

“Sou um candidato limpo. Os meus adversários é que são sujos”.

Severino Cavalcanti, ex-presidente da Câmara que renunciou ao mandato em 2005 para não ser cassado por cobrar propina de um restaurante do Congresso. Atualmente, o político disputa a prefeitura da cidade pernambucana de João Alfredo.

 

“É como a vontade de ir ao banheiro, é fisiológico. Você sabe que tem que fazer naquela hora”.

Lobato, baterista da banda “O Rappa”, sobre o momento certo de se lançar um CD.

 

“Nunca antes tinha estado tão estressado, mas de alguma maneira isso me encanta”.

Brad Pitt, ator americano, falando do relacionamento com seus seis filhos.

 

“Estamos mostrando o poder das mulheres, que não deve ser subestimado”.

Samantha Ronson, DJ, afirmando o casamento com a atriz Lindsay Lohan. Uma das noivas mora no estado da Califórnia, nos States, onde o casamento gay é legalmente permitido.

 

“Já tive experiência homossexual. É a filosofia de que devemos passar por tudo na vida. Deus é energia, quando a gente morre é escuro total. A oportunidade é agora. Não dá para deixar nada para depois”.

Netinho, cantor baiano, afirmando gostar de “meninos e meninas”. E o que Deus tem a ver com isso mesmo?

 

 

 

Blá-blá-blá

 

“Eu não tenho assunto com ninguém do Rio. No Rio você vê advogados falando ‘merreca’ em vez de falar dinheiro. Que credibilidade um sujeito desses tem?”.

Lobão, músico, atacando os cariocas (e mais meio-mundo), em entrevista ao Jornal do Brasil.

 

“Sinto-me perdendo, mas tenho consciência de que a aprovação desse projeto é muito importante para as crianças e os adolescentes”.

Maria do Rosário, deputada federal e candidata à prefeitura de Porto Alegre, sobre a decisão que retirou os casais homossexuais da Lei Nacional de Adoção. Ao contrário do que esperava Maria do Rosário, os gays não estão aptos, perante a legislação, para aderirem ao processo.

 

“É o que eu chamo de ‘estratégia de traficante’: o primeiro é de graça”.

Zeca Baleiro, cantor, brincando com o marketing que fará no segundo volume de seu CD “O Coração do Homem-Bomba”. Três faixas do álbum serão disponibilizadas gratuitamente para download em seu site.

 

“Acho que está na hora de mudarmos esta franquia. Queremos que o Chucky seja algo que as pessoas tenham medo”.

Don Mancini, roteirista que escreveu o clássico Brinquedo Assassino. O próximo filme da série deve chegar às telas em 2010, mas com um formato mais trash e assustador que o conferido nas últimas versões da seqüência, em “O Filho de Chucky” e “A Noiva de Chucky”.

 

“É a eleição mais confortável da minha vida, mas estamos em campanha como se houvesse um adversário forte”.

José Soler Pântano, prefeito de Bálsamo, SP, que garantiu vitória antecipada já nas eleições 2008. O motivo: a cidade é uma das 135 do Brasil que só tem um candidato inscrito para o cargo. Mesmo assim, ele tem ido de casa em casa para pedir votos.

 

“Acho que se o cara vê o Batman, sai escalando parede e cai, é um desequilíbrio de quem assiste. Nesse caso, o guri poderia ter feito uma bomba e explodido uma geladeira, como também aconteceu no meu filme. Ainda bem que não fez”.

Jorge Furtado, cineasta, comentando a prisão do rapaz de 20 anos que disse ter se inspirado em seu filme “O Homem que Copiava” para falsificar cédulas.

 

“É a coisa mais próxima do inferno que já vi”.

Médico que ajudou no resgate às vítimas do acidente ocorrido num aeroporto de Madri, na Espanha.

 

“O manual do fabricante é a Bíblia. Deus fez o homem. Você quer saber o que é bom para você? Vai lá, leia”.
Silas Malafaia, pastor.

 

 

Para agradar a gregos e a troianos

 

Muito tem se falado do trio feminino que disputa a prefeitura da capital gaúcha. Hoje, porém, mais um dado curioso sobre Luciana Genro (PSOL), Manuela D’Ávila (PCdoB) e Maria do Rosário (PT): as três candidatas fazem parte da estatística que torna Porto Alegre a capital do Brasil com mais concorrentes políticos identificados com a causa gay. O número foi divulgado pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).

Jogada eleitoral ou não, outras “celebridades”, como Fernando Gabeira, Soninha e Marta Suplicy, aparecem na listagem. E, para quebrar o galho dos candidatos, a Associação ainda indica quem é adepto à prática homossexual ou, simplesmente, apóia quem pratica. Pelo menos não compromete ninguém.

O candidato à prefeitura do Rio, senador e bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella, não tem seu nome relacionado à bandeira do arco-íris. Entretanto, já deixou claro para a imprensa que não quer arranjar confusão com ninguém. “Continuo discordando (do homossexualismo), mas isso não quer dizer que vá discriminar quem quer que seja. A liberdade de pensamento é garantida a todos. Quero respeitar para ser respeitado”, falou.

Um outro fato que deve deixar os gays cariocas mais tranqüilos é que, assim como fará com o Carnaval, Crivella não pretende vetar recursos à Parada Gay, se eleito: poupará a diversidade.

Se o discurso do bispo agrada os homossexuais e simpatizantes, o inverso também é verdade. Para ele, o tal projeto de lei que torna crime a expressão de opinião contrária ao homossexualismo é um exagero. Quem não gosta da prática, também tem direito de se pronunciar. Prova disso foi o voto negativo de Crivella à aprovação do PLC 122/06, em 2007. “Se aprovarmos o projeto como está, passa a ser crime um pai dizer ao filho que o homossexualismo é errado. Como fica a situação de um padre, de um pastor? Aprovada a lei, estaria eu próprio sujeito a pena de 2 a 5 anos, simplesmente por ensinar o que a Bíblia diz”, observou. Então, tá bom. Final feliz para gregos e troianos.