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Parabéns, Pelotas!

Hoje é o dia em que se comemora o aniversário da cidade de Pelotas, a Princesa do Sul, cidade do doce, cidade universitária e cidade do Blog Quemany. E porque chegar aos 202 anos com todo esse status não é pouca coisa, aqui vão os nossos parabéns! #NóisGostaDeFeedback \o/

Foto: Wilson Lima
Foto: Wilson Lima

Blog Quemany conquista segundo lugar em premiação nacional

Cerimônia do Prêmio Longevidade Bradesco Seguros ocorreu em São Paulo

Fotógrafo Wilson Lima foi homenageado em trabalho (Foto: Taís Brem)
Fotógrafo Wilson Lima foi homenageado em trabalho (Foto: Taís Brem)

O segundo lugar é nosso! Nesta terça-feira (15), o Blog Quemany foi premiado como segundo colocado na terceira edição do Prêmio Longevidade Bradesco Seguros 2013, com o texto “Wilson Lima e suas histórias”. A premiação ocorre dentro do Fórum da Longevidade, evento internacional, promovido pelo Grupo Bradesco Seguros para discutir a situação das chamadas terceira e quarta idades e incentivar a população, como um todo, a chegar cada vez mais longe na estrada da vida. O texto premiado, que, até então, é inédito, é uma homenagem ao fotojornalista Wilson Lima, que aos 74 anos está em plena atividade profissional.

A cerimônia de premiação foi realizada no World Trade Center, na cidade de São Paulo.

Taís Brem

Nova seção

Você já deve ter percebido que o Blog Quemany mudou. Se em 2008, esse espaço virtual havia sido criado para ser praticamente um diário particular online, com textos carregados de opiniões e postagens bastante pessoais, há alguns meses ele assumiu uma nova faceta: a de um veículo jornalístico, que traz ao público reportagens, artigos, crônicas e compilações de frases sobre temas diversos, com a intenção de mostrar o que Pelotas tem de melhor. E isso numa via de mão dupla. O que a gente fala por aqui não é apenas notícia ligada ao cotidiano pelotense. Mas, pretende fazer com que o povo de Pelotas possa enxergar no que acontece no resto do mundo um link com a sua própria realidade, bem como proporcionar que o resto do mundo enxergue e valorize uma Pelotas que tem potencial para ir cada vez mais longe.

Hoje, dia 12 de outubro, inauguramos uma nova seção neste projeto. A cada sábado, se o Senhor permitir, postaremos um bate-papo direto e objetivo sobre assuntos variados. Na estreia, convidamos a pediatra do Hospital Universitário São Francisco de Paula da Universidade Católica de Pelotas (HUSFP/UCPel) Luiza Helena Vinholes Siqueira Novaes para falar sobre esperteza das crianças de hoje. #VemVer #NóisGostaDeFeedback

Taís Brem

Pelotismos e pelotices

Quem é pelotense nato, como eu, ou mora aqui há certo tempo deve estar se divertindo bastante ao acompanhar a campanha publicitária de um empreendimento que está em vias de inauguração na cidade. Feita no Facebook, a série de propagandas mostra o jeito peculiar que Pelotas tem de se comunicar. Claro que muito do que está ali pode ser confundido com o que é dito no resto do Rio Grande do Sul (como o “cacetinho”, o “guisado” e o “negrinho”). Mas, temos, sim, expressões que bem podiam ser apelidadas de “pelotismos” ou “pelotices”, que o digam o “partiu o Guabiroba”, o “te desse”, o “merece” e o “bem capaz”.

Além de provocar boas recordações, a iniciativa traz um sem número de expressões semelhantes à memória. Me peguei com bloco e caneta na mão dia desses anotando o que poderia caber exatamente na ideia daquelas propagandas. A torneira que chamamos de “pena”, o armazém que apelidamos de “venda”, o glacê que denominamos “merengue”, o rabo-de-cavalo que, pra nós, é “colinha”.

Há uns dez anos, uma amiga carioca, recém-chegada na cidade, se surpreendeu ao ouvir o elogio de uma pelotense à sua filha que tinha cerca de dois aninhos: “Que nojo!”, disse a mulher. A expressão dela, no entanto, não era de asco, mas de quem acabava de achar a guriazinha fofa demais, lindinha, quase uma bonequinha. Minha amiga deduziu, portanto que, para os pelotenses, “que nojo” também pode ser sinônimo de “que amor”, “que graça” ou coisa que valha.

Sim, ela estava chegando à terra em que ponto de ônibus é “paragem”, geada é “cerração” e inseticida é “flit” ou “xispa”. O que o resto do Brasil chama de manta, para nós é “coberta” ou, até, “sono leve”. E a nossa “manta”, para eles é cachecol.

Pelotas tem dessas coisas. Lembro do tempo em que 07 de setembro era data mais que certa no calendário para reunir as famílias para assistir à Parada da Juventude na Avenida. A atração mais esperada? “A Banda da Escola”. Ninguém precisava perguntar a que avenida, a que banda ou a que escola nos referíamos. Estava subentendido: a “avenida” era a Bento Gonçalves e a “banda”, a marcial da “escola”, a Escola Técnica Federal de Pelotas – que já foi CEFET e hoje atende pelo nome de IF-Sul. Conheço, inclusive, quem, ao completar a maioridade, se surpreendeu ao saber que Pelotas tinha, sim, outras avenidas e que a Bento não era exclusiva.

Só quem é daqui entende o que queremos dizer quando falamos de “Curva da Morte”, “Bairro Cidade”, “Guabi”, “Bonja”, “Donja” ou “Avenida Interbairros”. E aquela rua que lá na capital, Porto Alegre, chamam de “Marechal”, pra nós é apenas “Deodoro”. Deve ser porque nos sentimos mais íntimos.

Taís Brem

Texto publicado também no site Reportchê.

A quem admirar?

Eleger a personalidade nascida em solo verde e amarelo mais notável, seja por grandes obras culturais deixadas para deleite da população, por bons exemplos dados à família brasileira, por uma representatividade exemplar na política ou por grandes feitos no campo dos esportes. Eis o objetivo do programa “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos”, do SBT. Acontece que a abertura da votação para um público não-especializado, embora positiva do ponto de vista democrático, deixa margem para um certo receio de que, no fim, o tal maior brasileiro não seja alguém que mereça, de fato, o título.
A primeira fase das escolhas resultou numa lista bem diversa e surpreendente. Tudo bem que Michel Teló levou a música popular brasileira para o exterior. Mas, daí a poder ser considerado o maior brasileiro de todos os tempos há uma enorme diferença. Creio que houve falha de entendimento entre o ser uma personalidade histórica e o estar em voga simplesmente por ser uma celebridade instantânea.

No programa semanalmente apresentado por Carlos Nascimento não há jogo ou disputa intelectual. Simplesmente, quem tiver mais empatia com o público, ganha o maior número de votos e, assim, mais chances de ser o vitorioso. Dia desses, ao procurar palavras para defender Ayrton Senna, seu representante disse que o piloto merecia ganhar por ter conseguido fazer toda a nação acordar cedo a cada domingo pela manhã para assistir as suas corridas. No mínimo, um dado inusitado. Outra pessoa opinou que Pelé devia vencer porque, além de toda sua genialidade, está vivo e merece uma homenagem desse nível ainda em condição de presenciá-la. O argumento provocou um fã de Juscelino, que acabou dando ao fundador de Brasília e ex-presidente da República um status de Elvis Presley: “Isso é injustiça! Juscelino não morreu! Ele continua vivo toda vez que nasce um brasiliense”, disse o emocionado senhor.

Embora haja expectativas sobre o resultado, nutrir ilusões não é recomendado. É bem provável que o escolhido não satisfaça o gosto da coletividade. Particularmente, não enxergo nenhuma personalidade dentre as citadas no programa que possa traduzir a grandeza de um brasileiro singularmente notável por sua contribuição à pátria como Nelson Mandela o foi – e é – para a África do Sul, se tornando assim o maior sul-africano de todos os tempos na versão da atração veiculada por lá. Até quem conhece minimamente a história daquele país considera a escolha merecida. Aqui, entretanto, quem merece a honraria? Talvez o xis da questão esteja no infeliz e inegável fato de que o Brasil é pobre em referência de heróis e, também, em identificá-los e honrá-los. Daí a dificuldade para os acertos e a facilidade para as confusões numa escolha como a proposta pela atração.

Taís Brem

Texto publicado também no Observatório da Imprensa e no Diário Popular.

Adaptação já

Fico extremamente frustrada quando vou a um blog à procura de novidades e dou com a cara na tela do computador. Nada novo debaixo do sol. Isso não acontece muitas vezes se levarmos em consideração os blogs que eu sigo – acho que não enchem nem uma mão. Mas se considerarmos quantas vezes essa busca por informações novas acaba frustrada, a quantidade se torna, no mínimo, digna de desânimo. Não sei se isso acontece muito por aqui. Uma vez – apenas uma, que eu lembre –, uma reclamação desse tipo chegou aos meus ouvidos. Sutilmente, mas chegou. Foi quando uma amiga, que lia meu blog todo santo dia e eu nem sabia, me perguntou quando eu ia postar coisas novas, porque ela estava afim de ler novidades… Na verdade, nunca imaginei que meu desleixo com a página acabava frustrando alguém. Mas, depois disso, sempre que vou a alguma das minhas páginas favoritas e não acho nada que eu ainda não tenha lido pra aumentar meu cabedal de cultura, eu lembro: tenho que dar jeito na vida e atualizar meu blog também!

Pois então… Dia desses até postei no meu perfil do Facebook uma reflexão que talvez explique minha ausência por aqui. Há um tempo atrás, eu era rápida em transformar pensamentos e opiniões em textos de uns três parágrafos, mais ou menos, que serviam para alimentar meu blog. Mas, depois, quando descobri o Twitter, criei a capacidade de reduzir esses textos a 140 caracteres para fazê-los caber inteiros nas atualizações da minha timeline. Mais tarde, descobri o Face, e, então, aprendi a escrever o intermediário e até colocar uma fotinho ou outra para ilustrar minhas postagens. Enquanto isso, o blog e o Twitter ficam abandonados, coitados. Preciso me readaptar, urgente… E, mais uma vez, eis aqui a tentativa. Espero conseguir dessa vez. Atualizar todos os dias vai ser meio difícil, né, gente? Mas uma vez por semana, quem sabe? Orem por inspiração! Amém 🙂

Taís Brem

Os dois mundos

Costumamos confiar que o motorista do ônibus em que acabamos de subir vai mesmo nos levar ao destino correto. Se o gerente do banco nos faz uma proposta animadora, nos incentivando a aplicar um bom dinheiro e prometendo lucros exorbitantes por causa disso, acreditamos, também, e investimos. Se vamos a uma lancheria, sequer passa pela nossa cabeça que o pedido que fizemos possa estar envenenado ou coisa assim. E as promoções imperdíveis daquela loja da qual lemos o encarte? Na primeira oportunidade, damos logo um jeito de passar a boa nova adiante, afinal, se aproveitamos a dica do preço mais baixo, queremos que, pelo menos mais uma pessoa, aproveite também. Passar muito tempo sem comer, não é adequado. É bom que cada um, independente da idade, respeite, os horários clássicos de alimentação (café da manhã, almoço e janta, no mínimo) para que a saúde não seja prejudicada.

Todas essas colocações, jogadas assim, parecem não fazer sentido juntas. Mas têm muito significado quando as analisamos individualmente e percebemos que todas estão presentes, de certa forma, em nossa vida cotidiana. Todas falam de coisas relativas ao nosso mundo físico, ao qual todos nós, por mais espirituais que nos consideremos, damos muito valor.

Certo dia, durante um culto, me peguei pensando no contexto que se desenrolava à minha volta. Eu balançando os braços loucamente enquanto a equipe tocava um louvor. Outro pulando feito doido, sem nem se preocupar em acompanhar o ritmo certo. Outros chorando. Outros rindo sem parar. Uns gritando. Uns deitados, ajoelhados, agradecendo, se deixando arrebatar. Eu estava vivendo aquele êxtase todo. Mas, por um momento, me parei a analisar o que pensaria alguém vendo tudo aquilo de fora. Não teria sentido nenhum! O menos cético certamente pensaria: “Eles são loucos! Vou para casa cuidar da minha vida que eu ganho mais! Amanhã é outro dia!”.

Talvez muitos de nós, que, naquele momento, estávamos extasiados com o que acreditávamos ser a presença manifesta de Deus em nosso meio tenhamos, também, deixado aquele lugar e aquele momento com o mesmo pensar de alguém de fora. Depois que passou, é possível que alguém tenha deixado o instante espiritual para lá. Afinal, a vida continua. E é aí que se encaixa a confiança no motorista do ônibus, a crença no gerente do banco, a aposta na lancheria e na loja que consideramos tanto, a necessidade de compartilhar a oferta que descobrimos, a preocupação com os horários certos de alimentação e por aí vai. Se pararmos para pensar, toda a importância que damos à nossa vida física, por menor que seja, nem se equivale à que dispensamos à nossa vida espiritual. Se confiássemos tanto no pastor que nos aconselha a seguir em frente no caminho com Cristo quanto confiamos no motorista, aproveitaríamos melhor a viagem que nos levará à vida eterna. Se acreditássemos tanto nas passagens bíblicas que falam da prosperidade que Deus reserva aos fiéis quanto acreditamos no gerente, seríamos menos estressados com os cifrões e mais confiantes na providência divina. Se absorvêssemos com prazer cada palavra liberada num culto tanto quanto ingerimos alegremente cada medida de gordura trans naquele lanche da esquina, o risco de sermos contaminados cairia a zero e, aí sim, estaríamos bem alimentados. Se falássemos com tanta euforia do amor de Cristo às pessoas quanto falamos da promoção imperdível da nossa boutique ou supermercado favorito, mais pessoas acreditariam que fariam um bom e duradouro investimento dando crédito à nossa sugestão. Se finalmente entendêssemos que alimentar o espírito lendo a Bíblia, orando, evangelizando e tendo comunhão com outros cristãos regularmente é tão ou mais importante que alimentar nosso corpinho, certamente estaríamos menos sujeitos aos altos e baixos que enfrentamos.

Será que Deus não é mais confiável do que os seres humanos a quem entregamos, a todo momento, as nossas vidas? Então, porque custamos tanto a obedecer o que Ele nos pede? Enfim, escrevi essas linhas como um convite à reflexão. Um convite para que ponderemos o fato de que, logo mais, quando a vida por aqui acabar, o que ficará para a eternidade é o investimento que fizemos em nossa vida espiritual. E aqueles momentos de êxtase que julgamos loucura ou aos quais só damos crédito quando as coisas apertam de verdade são os que vão nos sustentar para sempre.

Taís Brem 

Falando em Amy…

Amy Winehouse morreu. Disso todo mundo já sabe. Foi aos 27 anos (mais uma…), no último sábado (23). Pelo menos foi esse o dia em que a encontraram morta em sua residência. Há quase três anos, escrevi um texto sobre ela falando de sua auto-destruição notável e da expectativa de pronto falecimento que isso, naturalmente, acabava gerando em todo o mundo que acompanhou suas peripécias, sendo fã da grande artista que ela foi ou não. O comentário, meio profético, meio previsível, que fiz foi publicado no blog e também serviu para ilustrar uma das páginas de uma revista que produzi como parte de um trabalho acadêmico na época. A quem interessar possa, abaixo está a republicação do texto e a reprodução da página que teve participação especial do meu pai, Paulo Soares, no tratamento da imagem.
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Obituário
*Escrito originalmente em 15/09/08

Certa vez, durante uma aula de Jornalismo Especializado, ouvi sobre uma função muito interessante desempenhada por alguns profissionais da imprensa. Não lembro o nome específico, mas a síntese é mais ou menos a seguinte: existe um certo funcionário em veículos de comunicação designado para reunir várias informações sobre celebridades e pessoas de destaque mundo afora, com o propósito específico de ter material suficiente para servir de base caso a pessoa venha a falecer. Já viu aqueles links na internet ou trechos de reportagens que enunciam: “Saiba mais sobre a vida e a obra de Fulano?”. Então. É pra isso. Assim, se a pessoa morre de repente, ninguém precisa ficar correndo atrás de informações que resumam o que de fato fez a vida do indivíduo virar algo de destaque. Macabro? Tá, pode ser. Mas eu achei tão interessante que penso que curtiria fazer um teste neste departamento. Tirando a parte ruim – do ter de noticiar um falecimento –, ficar reunindo dados sobre a trajetória das pessoas, me parece muito atraente.

O professor desta disciplina chegou a citar exemplos que normalmente aceleram a função destes profissionais. Tipo, se é necessário ter um histórico, já de arquivo, para quando certos famosos resolverem bater as botas, nada mais sensato que ir procurar os alvos mais prováveis de uma fatalidade. Exemplos? O papa João Paulo II, com a saúde tri debilitada por décadas a fio, e a Dercy Gonçalves, pra lá de idosa, já deviam ter seus históricos preparadinhos muito tempo antes do que realmente foi necessário. Os Mamonas Assassinas, por sua vez… Quem poderia imaginar que eles morreriam assim, no auge da carreira, com todo o gás? O Airton Senna ainda era um pouco mais provável, porque tinha uma profissão arriscada. Mas os Mamonas devem ter dado trabalho pro tal setor que alimenta o obituário dos jornais, revistas, sites etc. Imagino que foi correria geral.

Enfim, esta baita introdução é fruto do que eu estava refletindo há alguns dias, quando li que a última internação da cantora britânica Amy Winehouse foi em função de uma overdose de maconha. Parece que ela fumou haxixe durante 36 horas seguidas. Isto mesmo: 36 horas! Conforme as informações que correram o mundo por meio do tablóide The Sun, a brincaderinha deve custar à moça danos cerebrais permanentes, porque, além de usar o derivado da erva danada, ela fez uso de crystal meth, proveniente da heroína. Os médicos temem que o corpo dela – bastante fragilizado por causa de tantos excessos repetidos – possa acabar com os ossos quebrados. Já imaginou que loucura? Os amigos mais próximos, que viram ela passar mal, disseram até que as convulsões que a garota sofreu lembravam cenas do filme O Exorcista, em que a protagonista era possuída pelo capeta. Meu Deus!

Chega a ser triste. Eu não conheço muito bem o tipo de música que ela canta, porque minha praia é outra, mas dizem – não uma, nem duas, mas muitas pessoas – que Amy está sendo tal qual um furacão na música mundial. E o que levaria uma jovem de carreira tão promissora a escolher um caminho tão tenebroso quanto o das drogas, se ela parece ter boa parte de tudo o que as pessoas normais dizem precisar para serem felizes? Já ouvi opiniões frias a respeito ao comentar que sinto pena de observar esta situação: “Coitada? Coitado de mim que não tenho dinheiro!”.

Não vejo por aí. O dinheiro e a fama de Amy são apenas fatores que aceleram mais e mais a sua queda. O que se vê é uma pessoa cada vez mais vazia e frustrada que usa até a altura do penteado para indicar em que pé anda a sua depressão. Detalhe: o cabelo aparece cada vez mais alto. Neste caso, melhor ser pobre, saudável e feliz.

Enfim, a vida movimentada e polêmica do furacão Amy deve estar colocando ritmo acelerado ao trabalho dos caras do obituário. Mas é claro que, na minha opinião clássica de crente, a solução não virá por meio de consultas psiquiátricas, medicamentos e internações. Muito menos no aumento da venda de seus álbuns. Quem sabe dar mais veracidade ao clichê “Só Jesus salva”? Esperemos os próximos capítulos.

Taís Brem

Rock and roll cor-de-rosa

 *Escrito originalmente em 30/05/11

Em sã consciência, um vidro de esmalte cor-de-rosa choque nunca estaria entre minha coleção de mimos para as unhas. Em sã consciência, um DVD de rock and roll de verdade, daqueles pesados mesmo, nunca preencheria os requisitos para fazer parte da minha coleção de musicais. Leia-se “sã consciência”, neste caso, não apenas como o andamento normal da minha própria mente, mas como a ordem natural de todas as coisas ao meu redor. E, sim, tudo nos últimos dias tem estado fora dessa ordem.

Há quem diga que é exagero. Amigos e colegas que já passaram por isso dizem que depois que tudo acabar, eu vou ver que nem precisava ter me preocupado tanto. Pois bem. Mas ainda não acabou. E, às vezes, a bem da verdade, tenho a impressão de que nem começou direito! Sabe quando as coisas parecem não sair do lugar? Por vezes, sinto que está assim. E olhando para as minhas unhas pintadas de rosa há mais de uma semana, tudo se confirma: a ansiedade é tanta que não tenho tido tempo nem de trocar o esmalte – para algo mais sóbrio e condizente com minha personalidade –, nem de mudar o disco – para algo mais tranquilo, equivalente a uma trilha sonora digna de comer ou dormir em paz, por exemplo. Quando me dei conta disso, confesso que me assustei.

Mas foi semana passada. Já fiz as mudanças necessárias para me sentir mais normal comigo mesma. Nas unhas, agora o protagonista é um verdinho claro, meio bebê. E no som de casa… Bem, o rock pesado do Oficina G3 já voltou para lá, mas não sem antes dar um tempo para que a Nívea, o André, a Ana Paula e o pessoal do Diante do Trono pudessem dar o ar de sua graça. E a ansiedade? Continua, embora o prazo de entrega do Trabalho de Conclusão de Curso, o temido-famoso TCC, tenha mudado de 06 para 10 de junho. Acho que só vou acreditar que o que meus conhecidos falam é mesmo verdade quando minha consciência receber de volta sua respectiva sanidade. Quando quiser vir, será muito bem-vinda.

Taís Brem

 

Oi!

Depois de muito tempo sem escrever, voltei. Tudo bem, eu sei que inúmeras vezes já fiquei de molho, fora do blog, voltei, prometi que estabeleceria uma rotina mínima de regularidade e não cumpri. Por isso, desta vez, não farei promessas. Este texto existe apenas porque acho que deveria escrever algo para introduzir o que vou passar a postar daqui para frente, afinal devo satisfações pelo enorme tempo que não apareci.

Óbvio que coisas demais aconteceram nesse período de “férias”. E postarei, na sequência, dois textos que fiz falando de duas dessas coisas. A primeira, obviamente, não é uma das mais importantes. Não chegou a mudar minha vida, mas parou o mundo inteiro na frente das tv’s e, como escrevi sobre e gostei do resultado, compartilhá-lo-ei. A segunda, sim. Com certeza, essa mudou, está mudando e ainda vai mudar muito o rumo da minha vida. Falo, respectivamente, do casamento real (o da Kate e do William) e do meu TCC sobre a Igreja Perseguida, que, aliás, defendo dia 29 de junho (orem por mim!!!). Aí vai!

Taís Brem