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Palavreado

“O demônio não está dentro do saco de farinha de trigo”.
Ailin Aleixo, blogueira do Gastrolândia, ao opinar que a “ditadura antiglúten” poderia ser eliminada do mundo gastronômico em 2015.

“Cabe a nós tirar o foco do escândalo”.
Nathalia Timberg, atriz, ao comentar sobre o tom natural que pretende dar à personagem lésbica na próxima novela global das 21h, “Babilônia”. Fernanda Montenegro será seu par romântico.

“Quero pedir a mão ao pai, comunicar à família, quero fazer tudo direitinho”.
Pedro Bial, apresentador, ao comentar como pretende oficializar seu relacionamento com a jornalista Maria Prata.

“A porcaria inteira do show é um desastre. Não considero isso boa televisão”.
Kai Hibbard, vencedora da quarta edição do reality show de emagrecimento Biggest Loser, da emissora americana NBC, ao se dizer envergonhada de ter participado da atração e ter a obrigação de alertar novos candidatos sobre o abuso físico e psicológico que diz ter sofrido lá.

“Não tenho muito tempo para acompanhar os times, mas Corinthians e Flamengo são clubes conhecidos e que vestiria a camisa tranquilamente”.
Cristiano Ronaldo, jogador, sobre o futebol brasileiro. Atualmente, ele atua como atacante do Real Madrid.

“Não consigo vê-lo no ar sem deixar que funcione a mil minha máquina de fazer gargalhadas”.
Aguinaldo Silva, autor de novelas, orgulhoso de seu personagem gay Téo Pereira, interpretado por Paulo Betti, em “Império”.

“Nesse caso , pode”.
Evaristo Costa, apresentador do Jornal Hoje, ao relacionar as notícias de desperdício de água com o inusitado fato de uma arara azul ter aprendido a abrir sozinha uma torneira para se refrescar, em Mato Grosso.

“Perdeu. Calor é grande”.
Bilhete deixado por ladrão que furtou três aparelhos de ar-condicionado em uma escola catarinense.

“Lamentamos profundamente que a galeria de fotos com Fernanda Gentil aproveitando a praia no Rio de Janeiro possa ter constrangido a jornalista, principalmente nesse momento especial na vida de qualquer mulher, que é a gravidez”.
Nota do portal de notícias R7, da Record, que publicou fotos da jornalista global, comentando que ela estaria com uns “quilinhos a mais”. Após o “mal-entendido”, a apresentadora anunciou que está grávida de dois meses.

“Desculpas aceitas, Record. Porque o perdão é uma das primeiras virtudes que quero ensinar ao meu(minha) filho(a)”.
Fernanda Gentil, jornalista, em resposta ao comunicado.

“Tá ficando um gatinho. Falta uma barbinha”.
Marie Carly, internauta, opinando sobre o novo visual da atriz lésbica Thammy Miranda que, após passar por uma cirurgia para a retirada dos seios, está malhando os braços para ficar mais musculosa e masculina.

“Quando estamos confortáveis, estamos anestesiados demais pra fazermos as mudanças necessárias”.
Reynaldo Gianecchini, ator, em relato sobre o transplante de medula que, há três anos, salvou sua vida.

Taís Brem
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Pré-requisitos

Nunca li o anúncio de uma vaga para o cargo de apresentadora de programa infantil. Mas, suspeito que, em algum momento, as aspirantes a esse tipo de oportunidade tenham tido conhecimento de que, para conquistar tal emprego fosse indispensável ter, como pré-requisito, participações em reality shows e ensaios fotográficos nus para revistas masculinas. Uma experiência em cada um desses pontos de atuação, não mais. Digo isso porque não é a primeira vez que uma moça com atribuições como essas se arrisca a dizer na mídia – como se fosse a coisa mais natural do mundo – que deseja ingressar no ramo televisivo, mais especificamente para protagonizar programas de entretenimento aos pequenos.

Foi mais ou menos assim com Mara Maravilha, com Xuxa e com Carla Perez, embora não houvesse reality shows na época delas. A ex-BBB Francine Piaia e Geisy Arruda também já demonstraram interesse no segmento e a candidata da vez atende pelo nome de Nicole Bahls.

Em recente entrevista à imprensa, logo após deixar o confinamento de A Fazenda, a modelo – que já tem um quadro no Programa da Tarde, da Record, com Théo Becker – disparou que gostaria de seguir na carreira artística apresentando um programa infantil. Disse que sempre teve jeito com crianças, daí a vocação.

Pode parecer puritanismo, mas soa esquisito que quem tenha como profissão mexer com o imaginário masculino, ganhando a vida com métodos que de inocentes não têm nada, mude de rumo assim, tão drasticamente. Está certo que, se as chances de comandar programas infantis fossem restritas apenas a pessoas castas, ligadas à moral e aos bons costumes, seria difícil encontrar quem preenchesse os pré-requisitos. Mas, convenhamos, nessa matemática não caem bem nem o oito nem o oitenta. Só parece ter lógica se a intenção for ganhar pontos no ibope através de pais que estarão mais atentos aos predicados da apresentadora que à qualidade do programa em si. Ou se a intenção for acelerar o processo de sexualização precoce, assunto que sempre dá nó na cabeça de pais – os responsáveis de verdade – e educadores.

Agora é aguardar para ver se Nicole colherá maduros os verdes que jogou para ganhar seus minutinhos de fama como formadora de opinião e comportamento dos telespectadores mirins do Brasil.

Taís Brem

Texto publicado também no Observatório da Imprensa.

Falaçada

“Aprendi a beber vodca e uísque, passei a fumar um maço de cigarro por dia. Me misturei ao personagem, entrei na energia dele… Foi uma entrega muito grande”.
Cauã Reymond,
ator, ao comentar os maus hábitos adquiridos na construção de Leo, um personagem “perdedor” que interpreta em “Se nada mais der certo”, de José Eduardo Belmonte.

“Quando eu perdi minha mãe, falei: ‘Meu Deus, eu vou ser filha de quem?’. Aí quando você concebe a ideia de ser mãe, você fala: ‘Meu Deus, eu vou ser mãe de alguém’. É o ciclo que se renova”.
Ivete Sangalo, cantora e grávida de seis meses.

“Não acredito nos vampiros da lenda, nem que haja mutantes como os que eu inventei para divertir as pessoas e fazê-las sonhar e amar. Gosto, sim, de pensar que existem santos, seres milagrosos, fadas e anjos, na vida real. Adoro o universo fantástico e misterioso”.
Tiago Santiago, autor da novela “Os Mutantes” da Record, sobre os personagens místicos que criou para o folhetim.

“Desculpe, Deus, não havia provas suficientes”.
Richard Dawkins,
autor do livro “Deus, um delírio”, ao justificar seu ateísmo e responder à pergunta sobre o que faria se caso encontrasse com o Todo-poderoso após a morte. Detalhe, querido Dawkins: Você irá encontrá-lo!

“Não me preocupo com o dinheiro. Mas, certamente, isso ocorre porque o tenho. Essa é a verdade”.
Daniel Radcliffe,
estrela de “Harry Potter”.

“Pedi que Deus me sarasse e, desde esse sábado, aconteceu um milagre! Sempre fui assim. Quando a coisa fica estranha jogo na mão dele!”.
Mara Manzan,
atriz, sobre a cura de câncer que diz ter sentido depois de clamar a ajuda de Deus.

 

Zona rural

Não dá pra dizer que não acredito no que está acontecendo. Tampouco encaixa falar que estas são coisas de que “até Deus duvida”. Mas que choca, choca. Desde que o novo reality show da Record foi ao ar, só se houve falar baboseira sobre o programa. Quero dizer, baboseira é o que soa aos meus ouvidos. Para a audiência e, principalmente, aos que conceberam e liberaram a transmissão deste troço chamado “A Fazenda” tudo é absolutamente normal.

É tão normal que virou coisa corriqueira chamar entradas ao vivo da casa para os programas da emissora. Inclusive o religioso “Fala que Eu Te Escuto” entrou na roda. Soube de um dia em que um dos bispos-apresentadores fez menção ao reality, colocou no ar as cenas do que ocorria no local naquele momento e, depois de ficar “constrangido” com uns três palavrões falados pelos participantes, se ligou que aquele não era um bom momento para a intervenção. A enquete daquele dia, porém, acompanhou a onda e perguntou aos telespectadores qual era o motivo de tanta briga rolando lá dentro.

Se fosse só briga, talvez, o caso não fosse tão ruim. Afinal, desentendimentos são relativamente aceitáveis quando se fala em relacionamento humano. Mas e as doses apimentadas de sexo e pouca-vergonha? São normais também, ainda que os participantes estejam numa emissora “religiosa”? Esqueceram deste detalhe, certamente.

Toda hora tem aparecido na mídia um escandalozinho típico de que quem quer garantir seus quinze minutos de fama. Um dos últimos é de Théo Becker (pelotense como eu, que vergonha!), que nem se preocupou em esconder “as partes” enquanto se secava na toalha, após sair do banho. “Eu sei que depois eles colocam aquele ‘pretinho’”, justificou o abençoado, referindo-se às tarjas pretas costumeiramente colocadas para tapar o que não deve ser visto.

Na foto divulgada via internet, realmente o pretinho estava lá, embora não deixasse de sugerir todo o resto. Mas, nas cenas em que a Record pretende passar pelo canal pago Net, creio que não rola, não. É isso mesmo: a ideia da emissora é negociar um pay-per-view, aquele sistema que permite aos telespectadores que tem TV a cabo verem, a qualquer hora do dia, programações específicas, sem cortes e sem censura. Traduzindo, sem pretinhos.

A Globo e seu BBB que se cuidem. Além das melhorias em noticiários e teledramaturgia, a Record está querendo ganhar o primeiro lugar, também, na baixaria. E moral pra isso eles têm.
 

Taís Brem

 

Telinha ou cofrinho?

 

Não é de hoje que o conteúdo da telinha da Rede Record deixa a desejar. Principalmente quando o assunto é o questionamento sobre a influência dos donos – cristãos,  a princípio – na programação. E isso também vale para outros veículos do grupo da Igreja Universal do Reino do Deus, como a Folha Universal. Combina, por exemplo, estampar na mesma capa o slogan “Um jornal a serviço de Deus” e uma manchete que faz clara apologia ao aborto, um dos crimes que o próprio Deus (pelo menos o meu) abomina? A mim, parece que não. Mas foi o que eles arriscaram fazer numa de suas edições, ano passado.

 

Quando a questão vai para a quantidade de cenas de violência em filmes e séries, o apelo à sexualidade e até os toques místicos da novelinha dos mutantes, parece meio inadequado querer “encaretar” muito a programação, afinal estamos falando de mídia, o que exige um certo jogo de cintura, não é mesmo? Se é para chamar atenção do público, que se dê o que o público vai gostar, contrariando ou não os padrões que alguns consideram ideais.

 

Ouvi falar certa vez, que, perguntado sobre o exagero na quantidade de mulheres seminuas em sua emissora, Sílvio Santos, o manda-chuva do SBT, disse que, para ele, o que importava era a audiência. É mulher pelada que dá ibope? Então é isso que o povo vai ter. Simples assim. Não deveria caber o mesmo pensamento a uma emissora de origem cristã, mas temo que esta também seja a linha de raciocínio de Edir Macedo e seus discípulos. E um pequeno exemplinho de que isso pode ser verdade foi publicado na coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo de sexta-feira (16):

 

Baixou o “Big Brother” no “Fala que Eu Te Escuto”, da Record, na quarta. Com imagens da atração global tiradas da internet, o programa discutiu se os participantes de reality shows “o fazem por fama, ganância ou diversão”.

Por telefone, telespectadores reclamavam da falta de conteúdo cristão na TV, quando um dos pastores-apresentadores disparou: “Mas se colocar um reality show cristão no ar, nem os cristãos vão assistir”.

 

Tire suas próprias conclusões…

Taís Brem

 

 

Aham

 

“Quem faz a minha cabeça é Jesus Cristo”.

Tavares de Miranda, colunista social da Folha de S. Paulo, respondendo, em 1983, à enquete do caderno Ilustrada que perguntava quem mais fazia sua cabeça: o cantor Caetano Veloso ou o jornalista Paulo Francis. Pelo jeito, nenhum nem outro.

 

“Festa de estréia, depois de uns champanhes, numa casa noturna classe A da capital do Rio de Janeiro é bem diferente de porradas diárias de um troglodita bêbado que bate na mulher num barraco no interior do Piauí”.

José de Abreu, ator, tomando as dores por Dado Dolabella e pedindo que Luana Piovani retire a queixa por agressão que prestou contra o noivo na delegacia. Abreu considera um exagero encaixar a confusão nos moldes da Lei Maria da Penha.

 

“Isso é coisa de gente que vai precisar viver mais trinta vidas para aprender a respeitar o próximo”.

Rubens Barrichello, piloto, respondendo a um repórter sobre o que pensa das piadinhas feitas a seu respeito.

 

“É como se a gente tivesse tido uma juventude maravilhosa, aí veio a revolução e, de repente, a gente se encontra através dos arames do campo de concentração, olhando um para o outro, fazendo o que mandam a gente fazer”.

Luís Gustavo, ator, comentando como se sente ao contracenar com atrizes como Ana Rosa e Débora Duarte 40 anos depois da novela ”Beto Rockfeller”, considerada uma marco na tv brasileira. Para Gustavo, atualmente, está “insuportável” fazer televisão.

 

“Minha ex-namorada assistiu ao filme e do que ela mais gostou foi da minha cena de sexo com a atriz Gabriela Luiz. A minha ex-namorada ama meu corpo e, quando me viu nu, ficou maluca”.

Michel Gomes, protagonista do filme Última Parada 174. Nada convencido…

 

“Quero deixar para cada leitor a certeza de que eu também sei que Jesus não nasceu exatamente no dia 25 de Dezembro, mas tudo o que pudermos fazer para declarar o nosso amor pelo Senhor e usarmos como ferramenta de fé e evangelismo, deve ser feito”.

André Valadão, pastor e músico gospel, defendendo seu lançamento intitulado Clássicos de Natal. A proposta de Valadão no novo cd contradiz alguns setores da igreja evangélica – leia-se o que eu pertenço – que consideram o Natal comemorado no Ocidente uma festa pagã.

 

“A Record não tem um ambiente neurótico como lá [na Globo], ninguém fica dando ataques e chiliques, não se infla o ego das pessoas, todo mundo é igual”.

Luiza Thomé, atriz, elogiando a nova casa e criticando a antiga. Sem neuroses? Então, tá bom…

 

 

Para encerrar a semana

 

“A guerra está apenas começando. O concorrente está gastando sua principal peça de artilharia, revelando o ‘quem’ matou da trama. E eu ainda tenho muitas armas superpoderosas no meu arsenal mitológico. Quero ver o que ele fará nos próximos seis meses”.

Tiago Santiago, autor de “Os Mutantes”, da Record, alfinetando João Emanuel Carneiro, roteirista da Globo. A nova “arma” de Santiago será uma invasão extraterrestre com direito a naves em São Paulo. Uau! Mal posso esperar pra não ver.

 

 “Eu nunca ponho à prova a minha fé. Acredito nela e em tudo o que Deus me diz”.

Valéria Valensa, ex-globeleza, sobre sua conversão ao Evangelho.

 

“É muito triste que ninguém tenha sentido sua falta durante tanto tempo”.

Jill Johnston, inspetor inglês, sobre Brian Dean. O corpo de Dean foi encontrado pela polícia em sua cama dois anos após sua morte.

 

“Ela não tem nada de mim. É sofredora, tem uma origem pobre, não tem sensualidade, é uma sobrevivente do inferno”.

Cláudia Raia, sobre a personagem Donatela, que interpreta em “A Favorita”.

 

“Os fãs adoram violência pesada e tortura; eu adoro violência pesada e tortura; você adora violência pesada e tortura. Vamos nessa e vamos ser mais malignos do que os que estão fazendo isso hoje.”

Dennison Ramalho, cineasta, conversando com seu “padrinho” José Mojica Marins, o Zé do Caixão, sobre roteiros de filmes.

 

“Pirateio muitos filmes pela internet, assim como deixo piratearem todos os meus livros.”

Paulo Coelho, escritor. Que bom exemplo, hein?

 

A gente precisa mesmo disto?

 

 

Já ouvi muita gente dizer que o Brasil aceita tudo quanto é porcaria que vem de fora. E tô vendo que isso é uma grande verdade, infelizmente. Mesmo sem assistir muita TV, tenho acompanhado, via internet, que nossos adolescentes estão cada vez mais fissurados em enlatados internacionais que acabam sendo veiculados aqui. Nenhum problema haveria se a mensagem repassada fosse algo legal de ser reproduzido. Coisa que está bem longe de ser a realidade.

 

Falei pouco sobre um deles no post da Turma da Mônica Jovem, o tal “Gossip Girl”. Essa baboseira saiu da cabeça da escritora Cecily von Ziegesar que decidiu contar, num visão teen, nada mais nada menos do que ela mesmo viveu em sua encantadora mocidade. Aluna de um dos mais chiques colégios de Manhattan, Cecily conviveu com amigos que usavam roupas de grife, tomavam coquetéis nos bares mais cool, usavam drogas e mantinham relações sexuais em qualquer lugar, tipo assim, no banco de trás de limusines. Tudo isso ainda em idade escolar. A própria atriz que protagoniza o seriado, Blake Lively, confessou: “Todo mundo namora todo mundo e transa com todo mundo. Um monte de coisa escandalosa acontece. Até eu fico chocada”.

 

Mas, a emissora norte-americana CW, responsável pela produção, não está nem um pouco preocupada. Tanto que lançou, de forma mais debochada impossível, várias peças publicitárias que ironizam a preocupação de pais e educadores com a propagação da série. Um dos cartazes mostra dois dos atores num beijo caliente, que insinua uma cena de sexo. Logo abaixo, a sigla OMFG, traduzido como “Oh My F****** God”. Nem preciso dizer que os asteriscos escondem um belo palavrão. E olha que este cartaz é apenas o anúncio de um trailer da série. O videozinho é a compilação de três imagens: duas meninas se beijando, uma outra dançando numa boate e um casal adolescente na cama.

 

A ousada campanha continua com outdoors mostrando os personagens teens em cenas sensuais acompanhados, justamente, das frases ditas por grupos conservadores contra o programa. Nate, um dos meninos, está deitado na cama com uma mulher mais velha. A frase “Absurdamente inadequado” completa, ironicamente, o cenário. Na outra foto, Serena recebe um carinho no pescoço de um rapaz cujo rosto não aparece e a expressão escolhida é “O pesadelo de todos os pais”. Noutra imagem, Chuck Bass oferece uma fruta para uma garota, acompanhada do aviso “Muito ruim para você”. Pra finalizar, um amasso entre Blair e Nate na piscina vem com uma opinião bem direta: “Um produto desagradável”.

 

Assim como Gossip Girl, descobri nesta semana um outro best-seller que virou programete.  Chama-se “Crepúsculo” ou  “Twilight”,  seu nome em inglês. Esta é a história de suspense e terror cujo casal protagonista é formado por uma menina de 17 anos e um… vampirinho básico. Se foi sucesso? Capaz que não! É a nova mania, a coqueluche, a febre do momento entre os adolescentes dos Estados Unidos e… adivinhem… do Brasil também, é claro! O romance trash já é o 6º lugar na lista dos livros mais vendidos por aqui. Já a versão cinematográfica foi lançada nesta semana no States e está sendo aguardada ansiosamente pela multidão enlouquecida de fãs tupiniquins.

 

E quem pára tudo isso se, na visão capitalista em que vivemos o dinheiro está acima de tudo? Está dando lucro? Então que continue, cada vez pior. O que mais me indigna é que as próprias instituições das quais se poderia esperar alguma atitude de mudança estão deixando a desejar. Exemplo básico: parece que a mais recente “carta na manga” de Edir Macedo à frente da Record é a assinatura de um acordo com a emissora mexicana Televisa para garantir os direitos de reproduzir uma versão brasileira de Rebelde. Isto é coisa que uma igreja apóie?

 

Chamem-me de moralista, crucifiquem-me, mas esta é a verdade e tem de ser dita: o Brasil já tá mal demais na foto para ficar aceitando tanto lixo de fora. Alguém tem que mudar esta situação.

 

Taís Brem

 

 

 

Frases – parte VII

 

 

“O Michael Jackson é uma criança em forma de gente”.

Carla Perez, dançarina, “tirando o chapéu” para o cantor no programa Raul Gil, há alguns anos. Será que as crianças não fazem parte da categoria de seres humanos?

 

“Não tirei porque estava com vontade de ficar pelada, até porque eu sou evangélica, e não cabe para uma mulher de 52 anos, mãe de família, ficar de calcinha na porta do banco”.

Solange Couto, atriz, dizendo não saber o porquê do fiasco que fez numa agência da Caixa Econômica Federal, no último dia 28. Depois de várias tentativas frustradas de passar pela porta giratória, a atriz perguntou ao segurança o que mais teria de fazer para conseguir entrar. Ele respondeu: “Tira a roupa”. E ela… obedeceu.

 

“Por que na Frei Caneca, gente? Tem um padre ali, tem uma igreja. Vai passear em qualquer canto do bairro!”.

Célia Marcondes Smith, advogada da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César (Samorcc), protestando sobre a intenção de fazer da rua Frei Caneca, em São Paulo, uma “rua gay”.

 

“Nós vamos conversar com o governador [José Serra] para que o consumidor tenha opção: quem quiser comprar por quilo, que compre por quilo, quem quiser por dúzia, que compre por dúzia”.

José Torres Gonçalves, presidente do Sindicato dos Feirantes do Estado de São Paulo, sobre a lei que obriga os comerciantes a venderem bananas  por quilo e não mais por dúzia. Será que ninguém tem coisa mais importante com que se preocupar?

 

“Me espanta a idéia de me casar, acredito que é mais romântico continuar namorando, porque isso permite ao homem não dormir em uma coroa de louros”.

Shakira, cantora colombiana, dizendo não querer saber de casamento, apesar de pensar na maternidade.

 

“Dedico uma petição especial àqueles de vocês que o Senhor chama para o sacerdócio e à vida consagrada. Não tenham medo de dizer sim a Jesus”.

Papa Bento XVI, dirigindo mensagem a jovens australianos.

 

“Uma coisa são férias, a outra são férias forçadas por não ter trabalho. A Record conseguiu pegar essas pessoas, entre aspas, inúteis e dar emprego a elas”.

Ângelo Paes Leme, ator, favorável à iniciativa da Record em convidar artistas globais para serem contratados.

 

“Quando olhei as fotos percebi que nunca vemos os astros do rock daquela forma. Quando mostrei as fotos para a Juliette [Lewis], ela concordou e disse ‘essa é a forma de mostrar como realmente somos’”.

Matthias Willim, fotógrafo suíço, famoso por retratar roqueiros logo após seus shows.

 

“A beleza da mulher foi feita para mostrar para o marido dela e para mais ninguém. Por quê o outro vai xeretar? Por quê o outro tem de saber o comprimento ou a cor do meu cabelo ou se está tudo em cima? Isso é da conta só do meu marido.”

Ilza Almeida, consultora brasileira que se mudou para o Egito há três anos. Ela adotou o véu para esconder os cabelos e evitar o assédio masculino.

 

“Claudia carrega Deus em tudo o que faz, e credita a Ele a escolha deste momento para engravidar. Daí, se o bebê for menino, ela quer dar um nome bíblico. Este nome no momento é David”.

Paulo Roberto Sampaio, assessor da cantora Cláudia Leitte.

 

“Bom, eu pensei sim, mas ainda não escolhi esse nome não. Acho que é mais uma sugestão dele”.

Cláudia, negando, com bom-humor, a afirmação de seu assessor.

 

“Estamos cansados de ter que esperar, de ver nossos pais e avós comandarem o país. Queremos comandar as coisas”.

John Tayler Hammons, 19 anos, eleito em maio prefeito da cidade de Muskogee, nos EUA.