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“Deus, no máximo, deu uma mãozinha para construir o Universo. Quem criou tudo, a parte mais complexa, a que precisaria de fórmulas da Física, da Matemática e da Química, foi o Big Bang”.
Luciano Potter, comunicador, numa crônica intitulada Tá muito difícil ser Deus, em que interpreta, com uma dose de ironia, a polêmica declaração do Papa Francisco sobre a ligação da evolução com o criacionismo, há alguns dias.

“O personagem pode até ser divertido, mas a dramaturgia é fraca”.
Nelson Motta, jornalista, produtor musical e compositor, ao negar que sua vida poderia render um musical ou coisa do tipo.

“Pelo que eu sei, só duas espécies vivas andam vestidas: nós e cachorro de madame”.
Túlio Milmann, jornalista, ao comentar a moda de pessoas que andam peladas em Porto Alegre.

“Acho mais importante pensar no Ebola. Isso não precisa nem chegar perto para pegar”.
Maria Zilda Betlhem, atriz, ao dizer que não se interessa pelo que o público pensa de sua relação com a arquiteta Ana Kalil.

“Nada poderá me abalar, nada poderá me derrotar, pois minha força e vitória tem um nome: é Jesus”.
Gracyanne Barbosa, modelo e esposa do cantor Belo, ao comentar com os fãs como o casal tem superado o diagnóstico de estafa que afastou temporariamente o marido da carreira.

“Eu queria ser a musa da vitória, não da derrota”.
Ana Claudia Maffei, estudante e militante do PSDB, que ficou famosa após ser clicada chorando pela derrota de Aécio Neves nas eleições presidenciais.

“Na vida real, sou muito querido”.
Lobão, cantor, ao afirmar que toda a fúria contra ele por seu posicionamento político ocorre apenas nas redes sociais. O músico ainda mencionou que foi mal-interpretado na suposta declaração de que deixaria o Brasil, caso o PT vencesse a disputa pelo Planalto.

“Eu não canto, eu encanto. E com música chiclete”.
Valesca Popozuda, funkeira, ao reconhecer seus mínimos dotes como cantora.

Taís Brem
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Pelotas, 26 de setembro de 2013

É clichê, eu sei. Mas, foi de uma sabedoria incrível a inspiração do cara (ou da mulher) que disse aquela frase “Hoje é o aniversário do fulano, mas quem ganha o presente é você”. Popularmente, utilizada para slogan de promoção no comércio, a declaração cabe, também, para marcar o aniversário de pessoas. Afinal, apesar dos pesares que a convivência nos impõe, celebrar o aniversário de alguém tem muitas partes boas. A escritora americana Stormie Omartian disse, inclusive, que “todo relacionamento exige sacrifício. Mas, todo sacrifício traz uma recompensa”.

E é verdade. Temos o que comemorar quando percebemos que a vida nos brindou com mais um ano ao lado de alguém que nos completa, de alguma forma. Hoje, dia 26, é aniversário do meu marido, Wilson. E creio, portanto, que não haveria outro tema mais apropriado que esse para tratar nesta crônica.

Em dezembro, completaremos sete anos de casados. Foi um casamento incomum, para dizer o mínimo. Não houve ficada, nem namoro, muito menos noivado. Nos conhecemos e nos casamos. Ou melhor, casamos sem nos conhecer direito. Como cristãos, entregamos essa e todas as outras decisões da nossa vida nas mãos de Deus. É engraçado e estranho falar sobre isso num mundo em que, cada vez mais, as pessoas rejeitam a interferência do sobrenatural. Ouvi uma pessoa dizer certa vez que a última coisa que ela precisava era de um Deus tomando conta dela o tempo todo. Respeito a posição. Mas, lamento. Na minha vida e na vida do meu marido essa interferência constante é mais que bem-vinda, é implorada a cada segundo. Porque, venhamos e convenhamos, a humanidade já tem um bom tempo de estrada para comprovar que não tem maturidade alguma para tomar conta de si própria sozinha. E permitir que Deus tome as rédeas, não é usar uma espécie de bengala ou seguir uma fé cega. É um estilo de vida que, ao menos nós, temos sentido que dá certo. Haveria inúmeras formas de tentar explicar isso, ainda que, na verdade, seja algo inexplicável. Uma tentativa é simplesmente dizer que Deus tem uma perspectiva acima da nossa. E como Pai, Ele sempre vai nos encaminhar para aquilo que é o melhor. Ainda que não entendamos. Por exemplo: naturalmente, pelo menos por enquanto, eu sou mais alta que meu filho, de um ano e sete meses. E, por ter uma visão mais abrangente, posso tomar conta dele muito melhor do que ele faria por si próprio. Creio ser assim, também, na relação do ser humano com Deus. É fé. E fé se vive, não se explica.

A questão do nosso casamento foi algo muito pessoal. Não indico que outros façam a loucura que fizemos. A não ser que também sejam chamados para tanto. Contudo, foi um passo de fé, porque nos dispusemos a entender que, mesmo que não conhecêssemos um ao outro, Deus conhecia a nós dois muito bem. Ele sabia que não havia mulher melhor que eu para o meu marido e vice-versa. Eu poderia deixar essa homenagem para o aniversário do nosso casamento. Mas, resolvi fazê-la agora, abrindo esse pedacinho da nossa vida íntima para compartilhar que também mereço os parabéns hoje. Fiz um ótimo negócio naquele 31 de dezembro de 2006. Modéstia à parte, me considero apta para protagonizar alguma propaganda de “casamento à moda de Deus”. Não perfeito, mas conduzido por aquEle que é a própria perfeição. A propósito, parabéns pra ti, também, Prê!

Taís Brem

Vida longa às gerações

 Indivíduos que têm o presente de viver a relação entre bisnetos e bisavós celebram a longevidade

Pedro, no colo do bisavô Alvorino (Foto: Arquivo Pessoal)
Pedro, no colo do bisavô Alvorino (Foto: Rodrigo Pestana)


Se a convivência entre netos e avós já é ótima, imagina quando esse quadro ganha um nível a mais. No dicionário, as palavras “bisavô” e “bisavó” são, simplesmente, a tradução para os nomes que se dá àqueles que são os pais dos avós. Mas, bem que esse significado poderia ser resumido apenas à expressão “avós duas vezes”. Infelizmente, tanto de um lado quanto de outro, não é para qualquer um o privilégio de conhecer essa relação: assim como poucos são os que chegam à idade de poder assistir ao nascimento de seus bisnetos, raros são os que conseguem desfrutar do relacionamento com seus bisavós. Porém, quando a longevidade resolve conceder esse presente, sempre é motivo de celebração.

Elvira fala com orgulho dos quatro bisnetos (Foto: Arquivo Pessoal)
Elvira fala com orgulho dos quatro bisnetos (Foto: Arquivo Pessoal)

“Quando eles são pequenos, são mais barulhentos, mas sempre trazem alegrias. A Manoela, filha do neto mais velho, quando vem me visitar, está sempre me fazendo carinho”, comentou a servidora pública aposentada, Elvira dos Santos. “É a nossa semente dando frutos”. Dona Elvira, que completou 93 anos no último dia 1°, atribui a Deus a graça de conviver com seus bisnetos. “Ele é muito bom pra mim. Me deu todos esses anos e pude ver os netos crescidos e, agora, meus bisnetos. Eu mesma não tive esse privilégio. Só lembro da madrastra da minha mãe, minha vó morreu cedo”, disse. Além de Manoela, dona Elvira é, ainda, bisavó de Isabel, Luís e Marcelo.


Turminha grande

Samuel, curtindo as férias na casa da bisavó Nilza, ao fundo (Foto: Arquivo Pessoal)
Samuel, curtindo as férias na casa da bisavó Nilza, ao fundo (Foto: Arquivo Pessoal)

Nilza Silveira é um pouco mais jovem que Elvira, tem 87 anos. Mas, ao contar todos os bisnetos que tem, enche uma mão e mais um pouco. E, também, se perde entre tantos nomes, muitas vezes misturando os filhos dos filhos com os filhos dos netos, em função da memória já falha pela idade. “É uma turminha grande, né?”, justificou, orgulhosa. Ao todo, são sete: Arthur, Kauê, Kamilly, João Esdras, Miguel, Samuel e Marina. “Eu fico muito contente de ver meus bisnetos e amo muito todos eles. Sei que Deus tem me ajudado para ‘durar’ até aqui e ter esse privilégio, que muitos não têm”, afirmou. “Isso deve ter acontecido comigo, porque, de alguma forma, eu merecia, não acha?”, questionou, com um sorriso nos lábios.


Avós, bisavós e trisavós

A professora Vanessa Pestana-Bauer, 30, se emociona ao relembrar dos momentos que teve ao lado de seus bisavós maternos – seu Generoso e dona Alvina, pais do pai de sua mãe, e seu Alberto e dona Mina, pais da mãe de sua mãe, todos produtores rurais. Quando criança, ela e a família chegaram a morar numa casa no mesmo pátio onde residiam Alberto e Mina. “Cresci vendo esse casal conversando em outra língua [o dialeto alemão pomerano]”, disse Vanessa. Com toda paciência, os bisavós ensinaram o idioma através de canções a ela e à prima, além de compartilhar as peculiaridades da vida escolar à moda antiga. “Eles contavam que escreviam na pedra com carvão e depois apagavam. Não tinha caderno naquela época”.

O convívio com Generoso e Alvina sempre foi mais dificultado, por causa da moradia em outra cidade. Todavia, a troca de experiências não foi menos importante. “Eles me deixaram, como principal marca, a lição de jamais desistir. Eles acreditaram no amparo divino quando, num momento de complicação no nascimento de sua filha caçula, onde o médico pediu para escolher entre ‘o anel e os dedos’, meu bisavô falou: ‘Quero tanto o anel quanto os dedos!’, recebendo, assim, sua vitória”, afirmou Vanessa. “Mais tarde, mesmo com câncer, minha bisavó Alvina jamais desistiu da vida, lutando, exaustivamente, contra a doença”.

Além de professora do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (If-Sul) e doutora em Ciência e Tecnologia Agroindustrial pela Universidade Federal de Pelotas (PPGCTA/UFPel), Vanessa atua como pastora do Ministério Casa de Oração (MCO). Na ocasião da comemoração do centenário de Generoso, ela teve o privilégio de homenageá-lo, conduzindo a prece de agradecimento. “É um prazer tê-lo com vida ainda hoje, aos 102 anos. Meus amados bisavós são a raiz da arvore que é minha vida e me deixaram um legado de fé, simplicidade, convicção, coragem e amor”. Detalhe: além de ter o bisavô vivo, Vanessa, que há seis meses é mãe de Pedro, tem a oportunidade de ver seu filho agraciado com a presença de um trisavô, privilégio de pouquíssimos bebês. Atualmente, ela, o marido Eduardo e o filho do casal moram na casa dos avós Vilma e Alvorino, que vêm a ser, portanto, os bisavós de Pedro. E, ao que tudo indica, a tradição da longevidade nessa família está longe de terminar.

Taís Brem

Um lugarzinho no céu

É certeiro: morre uma celebridade e, no dia seguinte, lá está, no miolo de grande parte dos jornais, uma charge com a personalidade sendo recebida por uma multidão de anjos, por São Pedro e pelo próprio Deus. No céu, é claro. O cenário é sempre o mesmo. O que variam são as apresentações. Hebe Camargo, morta em setembro, por conta de complicações do câncer de peritônio contra o qual lutava desde 2010, foi homenageada inúmeras vezes dessa forma pelas publicações brasileiras.

Houve cartunista que deu ênfase ao seu principal bordão – “Gracinha!” – ao desenhar a apresentadora cumprimentando seus mais novos anfitriões. Houve quem focasse noutra de suas marcas registradas, o famoso selinho. Em algumas ilustrações, Hebe apareceu tascando um beijo no Criador. Noutras, mais comportadas, Ele conseguia fugir dela. Em síntese, nada que desse muitas asas angelicais à criatividade.

O desenhista Maurício de Sousa omitiu as nuvens do desenho feito para homenagear a dama da TV, mas, no comentário postado em sua conta do Twitter, registrou sua convicção de que a loira estaria brindada com um espaço na parte boa da eternidade: “Hebe passou gloriosamente pelos portões do céu. Documentação de toda uma vida em ordem para continuar a distribuir graça e alegria por lá”. Sousa fez coro com as dezenas de outras personalidades que também proferiram palavras do tipo. E assim o é, cada vez que o planeta Terra perde um habitante famoso.

Obviamente, não cabe a nós, reles mortais, discutir se Hebe Camargo foi ou não para o céu. Até porque, alguns de nós nem mesmo acreditam na existência dele. Mas é interessante observar como os chargistas reagem frente a ocorrências como a morte de pessoas que fazem história popularmente. Talvez seja mais fácil – e menos polêmico – sempre cair na mesmice de garantir um lugarzinho no céu para as celebridades falecidas que arriscar, como fazia Miguel Falabella quando apresentador do Vídeo Show, que alguma delas foi para o “andar de baixo”. Se bem que Falabella restringia esse destino apenas para políticos de muito má índole, estilo Hitler, ou para pop stars que tinham, assumidamente, uma certa simpatia pelo Cão. Pensando bem, não fora nada muito surpreendente.


Taís Brem

Pitaco

 

“Não estou tirando dinheiro do bolso das pessoas que me criticam, mas de um homem que tem muito”.
Rosane Collor, ex-primeira dama, sobre a famosa (e criticada) declaração de que a pensão de R$ 18 mil que recebe de Fernando Collor de Mello é muito pouco.

“Não existe homem fiel. Pra que se enganar?”.
Silvia Alves, uma das mulheres de Wagner Domingues da Costa, o funkeiro Mr. Catra, concordando com a vida poligâmica do bonitão…

“A gente não pode ir contra a nossa natureza. Sobrenatural, só Deus”.
Mr. Catra, o próprio.

“Nunca tive atração por criança, sou daquelas que vê passar o carrinho de bebê e não faz gracinha.”
Vera Zimermann, atriz.

“Meu trabalho está em primeiro lugar porque é dele que consigo meu sustento.  Família está acima disso, não tem lugar”.
Humberto Martins, ator.

”Sou meio pão duro para comprar roupas muito caras para ela. Ela perde rápido”.
Ticiane Pinheiro, modelo, sobre sua economia com as roupas da filha Rafaella.

Boca cheia

“Nós fizemos um acordo: se ela largasse a chupeta, ganhava um sapato de saltinho. Agora, ela não quer saber de outro tipo”.
Márcia Otero,
secretária, revelando a chantagem que ela e o marido fizeram com a filha Luana, de 3 anos. A menina é tão vaidosa que não dispensa itens como batom vermelho e camisola de seda. “Não medimos esforços porque achamos que vaidade tem de vir desde pequena”, diz a mãe. Sábios, não?

“Ele não me ama mais”.
Tessália,
ex-BBB, reclamando do período em que Michel, o “namorado” que conseguiu na casa, não respondeu a seus tweets. E será que algum dia ele amou?

“A Rita Cadillac não sabe dirigir. Mal e mal sabe dirigir a vida dela…”.
A própria Rita,
ex-chacrete, falando sobre si mesma.

“Sempre me senti agoniada. Até hoje não conheço a paz”.
Pitty,
cantora, com suas inquietações.

“A mídia transformou o Carnaval em um desfile de bundas e peitos. Se a gente não tomar cuidado, um dia a ala de baianas vai ser formada por mulheres de 20 e poucos anos, malhadas e peladas”.
Wagner Tavares,
diretor de Carnaval da Imperatriz Leopoldinense, irritado com a invasão das beldades de ocasião na passarela.

“Não tenho amigos. Não consigo. Eu tentei, uma vez. Mandei um ‘olha, amiga, que lindo meu esmalte’. Mas não funcionou. Ninguém gostou do meu esmalte. Era azul-escuro”.
Mallu Magalhães,
cantora.

“Jesus estava nu em momentos fundamentais de sua vida. Quando nasceu estava nu, quando foi crucificado estava nu e quando ressuscitou, ele deixou suas roupas sobre o túmulo e estava nu. Se Deus nos fez deste jeito, como isso pode ser errado?”.
Allen Parker,
pastor da comunicade nidista de Whitetail, numa desculpa esfarrapada para sua falta de temor. Ah, sim, você entendeu bem: além de receber pelados para as reuniões, ele também prega desnudo.

Vai acabar! Aleluia!

Eu poderia até dar uma de crente e dizer que tudo que sei sobre a Índia se resume à sua 22ª posição na lista dos 50 países mais intolerantes ao cristianismo, o que a faz um lugar de extrema miséria bem diferente do que a mídia tem mostrado, onde cristãos são brutalmente torturados, acusados falsamente e presos sem motivo, onde milhares de pessoas sofrem com o aumento da violência por parte dos extremistas hindus, etc, etc e tal. Mas, além de me destacar um pouquinho dos cerca de 90% de cristãos brasileiros que sequer sabem o que é uma igreja ser perseguida por seguir a Cristo, eu estaria contribuindo para aumentar a lista dos mentirosos.

Sim, tudo o que escrevi acima é verdade e nossos irmãos indianos sofrem mesmo, até muito mais do que isso. Mas, não, não é apenas isso que sei sobre a Índia. Por culpa do folhetim que até amanhã ocupa o horário nobre global, já posso dizer que conheço um pouco mais da cultura indiana, ainda que nunca tenha colocado os pés na terrinha nem tenha aberto as portas da minha casa para ver o que se passava na telinha durante a exibição de “Caminho das Índias”. É que saber do que eles (os personagens) fizeram e deixaram de fazer foi inevitável. Todo mundo, em todo o momento e em todo o lugar nesse universo que chamam de real falou disso: no ônibus, no ambiente de trabalho, na rua, na chuva, na fazenda… Só a igreja, graças a Deus, escapou! E não dá nem pra colocar a culpa nos últimos capítulos. No início, o assunto era só esse, porque todos queriam saber se Glória Perez estava só engambelando a audiência ou tinha realmente algo mais a desenrolar do que o que sempre faz quando aborda uma cultura internacional em seus enredos. E depois, comprovado que a história era diferente (se é que realmente era), a coqueluche tomou conta do Brasil.

Mérito da noveleira por ter emplacado mais um sucesso ou ponto a menos pros telespectadores que se iludiram pensando que esse tipo de coisa mudaria a vida deles em algum sentido? Não sei. Limito-me a dizer que não ter visto a atração não aumentou sequer um milímetro na minha estatura. E talvez até tenha me deixado um pouco fora do padrão. Mas, tudo bem, não é o fim. Esse, com certeza, não é um motivo para eu me atirar no Ganges ou arder no mármore do inferno. Ops, desculpa a ignorância! Essa última frase era do núcleo marroquino de uma outra novela. Me perdi nos bordões, não é a minha. Melhor ficar com as orações pelos indianos que realmente precisam da nossa audiência.

 Taís Brem

Então, diga!

“Aquilo que Deus quer, por pior que possa parecer, é o que há de melhor para nós”.
José Alencar,
vice-presidente da República, expressando sua fé no Todo-Poderoso, ao comentar a fase crítica que tem passado na luta contra o câncer.

“Se houvesse uma eleição para Deus, eu não votaria neste que está aí”.
Chico Anysio,
humorista, no caminho inverso do vice-presidente.

“Sou eu mesma quem faz todas as roupas da Stefhany, tudo com muito cuidado, para não expor a imagem dela”.
Nety,
mãe de Stefhany, a “cantora” descoberta via Youtube e que está fazendo o maior sucesso dentro e fora da rede com seu hit “Eu sou Stefhany”. Quem lê, até pensa que o figurino da moça é conservador. Mas engana-se: “Não posso colocar uma roupa comprida numa menina de 17 anos. Não quero que ela aparente ter 20 ou 25”, justifica a mãe…

“Quando jovem, queria ser uma dessas pessoas que saem pelo mundo pregando a palavra de Deus”.
Mara Manzan,
atriz global.

“É simplesmente nojento, animal e estúpido as pessoas com a cabeça fechada e que têm medo desse assunto”.
Daniel Radcliffe,
mais conhecido como o bruxinho Harry Potter do cinema, falando sobre homossexualismo. O rapaz está na capa mais recente da revista Attitude, voltada ao público gay.

“As chances de haver um velhote que se veste de vermelho e distribui presentes a bordo de um trenó puxado por renas voadoras parecem significativamente maiores do que as de existir uma inteligência infinita que criou o Universo e se interessa pelo destino individual de cada um dos 7 bilhões de terrestres, aos quais conhece desde criancinhas”.
Hélio Schwartsman,
colunista da Folha e ateu. Tadinho.

Falaçada

“Aprendi a beber vodca e uísque, passei a fumar um maço de cigarro por dia. Me misturei ao personagem, entrei na energia dele… Foi uma entrega muito grande”.
Cauã Reymond,
ator, ao comentar os maus hábitos adquiridos na construção de Leo, um personagem “perdedor” que interpreta em “Se nada mais der certo”, de José Eduardo Belmonte.

“Quando eu perdi minha mãe, falei: ‘Meu Deus, eu vou ser filha de quem?’. Aí quando você concebe a ideia de ser mãe, você fala: ‘Meu Deus, eu vou ser mãe de alguém’. É o ciclo que se renova”.
Ivete Sangalo, cantora e grávida de seis meses.

“Não acredito nos vampiros da lenda, nem que haja mutantes como os que eu inventei para divertir as pessoas e fazê-las sonhar e amar. Gosto, sim, de pensar que existem santos, seres milagrosos, fadas e anjos, na vida real. Adoro o universo fantástico e misterioso”.
Tiago Santiago, autor da novela “Os Mutantes” da Record, sobre os personagens místicos que criou para o folhetim.

“Desculpe, Deus, não havia provas suficientes”.
Richard Dawkins,
autor do livro “Deus, um delírio”, ao justificar seu ateísmo e responder à pergunta sobre o que faria se caso encontrasse com o Todo-poderoso após a morte. Detalhe, querido Dawkins: Você irá encontrá-lo!

“Não me preocupo com o dinheiro. Mas, certamente, isso ocorre porque o tenho. Essa é a verdade”.
Daniel Radcliffe,
estrela de “Harry Potter”.

“Pedi que Deus me sarasse e, desde esse sábado, aconteceu um milagre! Sempre fui assim. Quando a coisa fica estranha jogo na mão dele!”.
Mara Manzan,
atriz, sobre a cura de câncer que diz ter sentido depois de clamar a ajuda de Deus.

 

Falando nisso…

“Com esse puxão de orelha que Papai do Céu me deu, me tornei religioso. Toda quarta-feira tem oração lá em casa com um grupo de amigos evangélicos”.
Neguinho da Beija-Flor, sambista, comentando que passou a acreditar no “poder da fé”, após enfrentar o câncer de intestino que descobriu ano passado.

“Claro que não posso saber o que vai acontecer no futuro. Não levo meu estado civil a ferro e fogo. De repente, se me animo, posso me vestir de noiva e tudo, de acordo com o protocolo. Ou casar com uma mulher, quem sabe? Aí, vou de noivo”.
Ana Carolina, cantora assumidamente homossexual, acerca de um possível matrimônio.

“Esta triste história revela como muitos pobres têm de esperar por muito tempo para receber assistência médica”.
Trecho do jornal Chongging Evening, ao comentar a morte de um indigente chinês. O cidadão teve uma crise de pressão alta depois de saber que receberia da comunidade o dinheiro que tinha gastado para o tratamento de várias doenças, já que na China o sistema de saúde não é gratuito.

“Não foi a pior nem a mais dolorosa notícia da minha vida. Já enfrentei pior”.
Glória Perez, autora da novela global “Caminho das Índias”, sobre a descoberta de um câncer na tireoide, retirado há duas semanas.

“Tudo isso faz parte de um grande pacote. Cabe a cada um querer participar do jogo ou não. Sei que sou peça fundamental desse jogo e tento usar isso a meu favor”.
Marcello Antony, ator, falando do episódio ocorrido há um tempo atrás, quando foi pego pela polícia portando maconha.

“Deus espera algo de mim, preciso servir a Ele”.
Claudia Leitte, cantora baiana, numa conclusão bastante espiritual após ter passado por momentos de angústia com seu filho Davi, de três meses, que se recupera de uma meningite. “Deus é perfeito. O inimigo queria me destruir, mas Deus foi mais forte. Ele  teve misericórdia e compaixão de mim”, acrescentou.