Rock and roll cor-de-rosa

 *Escrito originalmente em 30/05/11

Em sã consciência, um vidro de esmalte cor-de-rosa choque nunca estaria entre minha coleção de mimos para as unhas. Em sã consciência, um DVD de rock and roll de verdade, daqueles pesados mesmo, nunca preencheria os requisitos para fazer parte da minha coleção de musicais. Leia-se “sã consciência”, neste caso, não apenas como o andamento normal da minha própria mente, mas como a ordem natural de todas as coisas ao meu redor. E, sim, tudo nos últimos dias tem estado fora dessa ordem.

Há quem diga que é exagero. Amigos e colegas que já passaram por isso dizem que depois que tudo acabar, eu vou ver que nem precisava ter me preocupado tanto. Pois bem. Mas ainda não acabou. E, às vezes, a bem da verdade, tenho a impressão de que nem começou direito! Sabe quando as coisas parecem não sair do lugar? Por vezes, sinto que está assim. E olhando para as minhas unhas pintadas de rosa há mais de uma semana, tudo se confirma: a ansiedade é tanta que não tenho tido tempo nem de trocar o esmalte – para algo mais sóbrio e condizente com minha personalidade –, nem de mudar o disco – para algo mais tranquilo, equivalente a uma trilha sonora digna de comer ou dormir em paz, por exemplo. Quando me dei conta disso, confesso que me assustei.

Mas foi semana passada. Já fiz as mudanças necessárias para me sentir mais normal comigo mesma. Nas unhas, agora o protagonista é um verdinho claro, meio bebê. E no som de casa… Bem, o rock pesado do Oficina G3 já voltou para lá, mas não sem antes dar um tempo para que a Nívea, o André, a Ana Paula e o pessoal do Diante do Trono pudessem dar o ar de sua graça. E a ansiedade? Continua, embora o prazo de entrega do Trabalho de Conclusão de Curso, o temido-famoso TCC, tenha mudado de 06 para 10 de junho. Acho que só vou acreditar que o que meus conhecidos falam é mesmo verdade quando minha consciência receber de volta sua respectiva sanidade. Quando quiser vir, será muito bem-vinda.

Taís Brem

 

Realidade real

*Escrito originalmente em 06/05/11

Os olhos de todo mundo em todo o mundo aguardavam por um glamour digno de acontecimentos a que reles mortais não têm acesso corriqueiramente. E nisso o cenário não pecou: cada detalhe do local escolhido para as bodas agradou quem esperava por algo clássico e singularmente elegante. Mas o que, talvez, tenha surpreendido foi a simplicidade da protagonista que antes do momento especial disse não admitir parecer uma estranha ao príncipe. E conseguiu. Mais que isso: provou que a singeleza de detalhes pode ser ainda mais cativante. Tornou-se próxima do povo mesmo num momento em que marcava a desvinculação oficial dele.

Ao passar pelo tapete vermelho, com um vestido de mangas longas e detalhes em renda mais à la Grace Kelly que Lady Di, deixou aquela impressão do “já vi algo assim antes”. O penteado, em que o cabelo ficou um pouco solto, mas preso ao alto, foi realçado com um véu não exagerado e a tiara típica das princesas. A maquiagem, requintada e sem ostentações, concluiu o look atemporal, que poderá ser tão admirado quanto foi hoje daqui a duas décadas.

Ainda mais bonito, foi perceber, com a indiscrição das câmeras colocadas tão próximas aos noivos, o movimento peitoral, evidenciando que atrás daquele porte real havia corações reais, batendo nervosamente pelo momento tão especial. No desenrolar da cerimônia, a leitura labial permitiu ao público entender o “Você está linda!” do príncipe à princesa. Ao longo do tapete vermelho, ele e ela discretamente chegaram a trocar uns cochichos. Após o enlace, o “Uau!” saído dos lábios dela com a abertura das cortinas da sacada frente à imensa platéia de curiosos pelo beijo foi outro indício de que eram humanos os seres que ali firmavam uma aliança matrimonial.

Taís Brem

Oi!

Depois de muito tempo sem escrever, voltei. Tudo bem, eu sei que inúmeras vezes já fiquei de molho, fora do blog, voltei, prometi que estabeleceria uma rotina mínima de regularidade e não cumpri. Por isso, desta vez, não farei promessas. Este texto existe apenas porque acho que deveria escrever algo para introduzir o que vou passar a postar daqui para frente, afinal devo satisfações pelo enorme tempo que não apareci.

Óbvio que coisas demais aconteceram nesse período de “férias”. E postarei, na sequência, dois textos que fiz falando de duas dessas coisas. A primeira, obviamente, não é uma das mais importantes. Não chegou a mudar minha vida, mas parou o mundo inteiro na frente das tv’s e, como escrevi sobre e gostei do resultado, compartilhá-lo-ei. A segunda, sim. Com certeza, essa mudou, está mudando e ainda vai mudar muito o rumo da minha vida. Falo, respectivamente, do casamento real (o da Kate e do William) e do meu TCC sobre a Igreja Perseguida, que, aliás, defendo dia 29 de junho (orem por mim!!!). Aí vai!

Taís Brem