Telinha ou cofrinho?

 

Não é de hoje que o conteúdo da telinha da Rede Record deixa a desejar. Principalmente quando o assunto é o questionamento sobre a influência dos donos – cristãos,  a princípio – na programação. E isso também vale para outros veículos do grupo da Igreja Universal do Reino do Deus, como a Folha Universal. Combina, por exemplo, estampar na mesma capa o slogan “Um jornal a serviço de Deus” e uma manchete que faz clara apologia ao aborto, um dos crimes que o próprio Deus (pelo menos o meu) abomina? A mim, parece que não. Mas foi o que eles arriscaram fazer numa de suas edições, ano passado.

 

Quando a questão vai para a quantidade de cenas de violência em filmes e séries, o apelo à sexualidade e até os toques místicos da novelinha dos mutantes, parece meio inadequado querer “encaretar” muito a programação, afinal estamos falando de mídia, o que exige um certo jogo de cintura, não é mesmo? Se é para chamar atenção do público, que se dê o que o público vai gostar, contrariando ou não os padrões que alguns consideram ideais.

 

Ouvi falar certa vez, que, perguntado sobre o exagero na quantidade de mulheres seminuas em sua emissora, Sílvio Santos, o manda-chuva do SBT, disse que, para ele, o que importava era a audiência. É mulher pelada que dá ibope? Então é isso que o povo vai ter. Simples assim. Não deveria caber o mesmo pensamento a uma emissora de origem cristã, mas temo que esta também seja a linha de raciocínio de Edir Macedo e seus discípulos. E um pequeno exemplinho de que isso pode ser verdade foi publicado na coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo de sexta-feira (16):

 

Baixou o “Big Brother” no “Fala que Eu Te Escuto”, da Record, na quarta. Com imagens da atração global tiradas da internet, o programa discutiu se os participantes de reality shows “o fazem por fama, ganância ou diversão”.

Por telefone, telespectadores reclamavam da falta de conteúdo cristão na TV, quando um dos pastores-apresentadores disparou: “Mas se colocar um reality show cristão no ar, nem os cristãos vão assistir”.

 

Tire suas próprias conclusões…

Taís Brem

 

 

Uma semana de luto rubro-negro

 

Há uma semana um acidente mobilizou a mídia – não só esportiva – de todo o Brasil. E foi exatamente minha cidade natal, Pelotas, que entrou em foco por causa disso. Confira neste post algumas das frases que grandes figuras do meio futebolístico disseram sobre a tragédia que matou o ídolo da torcida do Brasil de Pelotas, Cláudio Milar, o zagueiro Régis Gouveia e o preparador de goleiros do time, Giovani Guimarães.

 

“Nos últimos três anos, não perdi um único jogo do Brasil, em Pelotas e fora da cidade. Ontem [dia 15 de janeiro], pela primeira vez, não acompanhei a delegação”.

Hélder Lopes, atual presidente do Brasil de Pelotas, sobre a viagem que resultou no trágico acidente com a delegação.

 

“O Brasil foi minha grande escola em termos de técnico. Aquele clube marca muito na gente. É fácil torcer para o Grêmio ou o Inter, que são os dois maiores times do Estado. Mas, não existe torcida fiel como a do Brasil”.

Luiz Felipe Scolari, técnico do clube em 1983.

 

“A gente sente demais. Todo mundo fica pensando que poderia estar nessa”.

Celso Roth, técnico do Grêmio.

 

“O que vai ocorrer depois eu não sei, mas esse jogo já era. É a maior tragédia da história do futebol brasileiro”.

Francisco Noveletto, presidente da Federação Gaúcha de Futebol.

 

“Não podemos correr riscos de lesões. O Brasil agora não pode perder ninguém, nem por gripe”.

Cláudio Duarte, iniciando suas atividades como técnico do time pelotense.

 

 

 

 

 

Entre cuspes e beijos

 

Pois é: pelo menos na cidade mexicana de Guanajuato, um beijo em público ou um cuspe na rua têm o mesmo valor, ou seja, podem causar um belo período de até 36 horas na prisão. Ou uma boa multa de uns R$80 mil. Vai ser assim também para quem decidir pedir esmolas ou falar palavrão em via pública. De acordo com o prefeito Eduardo Hicks, a principal finalidade destas medidas previstas em lei é inculcar valores morais e civilizar a população.

 

Vendo pelo lado educativo da coisa, a atitude parece válida. Tem quem diga, inclusive, que proibir beijo em público ajudará a evitar gravidez precoce nas adolescentes, por exemplo. Mas, como em qualquer ação polêmica, sempre tem quem fique contra. É o caso de alguns vereadores de Guanajuato que acusam o projeto de “moralista”.

 

Nesta mesma linha, em setembro passado, o ministro ugandense de Ética e Integridade, Nsaba Buturo, propôs a criação de uma lei que banisse o uso de minissaias no país, já que, em sua opinião, estar com a peça é como andar nu. “Hoje em dia é difícil distinguir a mãe da filha, elas estão todas peladas”, afirmou Buturo.

 

 

 

Taís Brem

 

 

 

Neobigodudos

 

O The New York Times e o Estado de S. Paulo já falaram do retorno dele. Brad Pitt aderiu ao estilo e tem influenciado multidões. Os jovens (pasme!), entre 18 e 25 anos, também estão entrando na onda. Qual a moda do momento, então? Bigode, acredite se quiser.

 

Tem para todos os gostos: os mais ralinhos, os mais cheinhos, os arredondados e os retos. Dizem que o estilo ressuscitou direto do túnel do tempo lá por Nova York e Londres e agora está vindo pro Brasil, por intermédio de São Paulo. É o que mais se vê nas baladas noturnas. Mas, para quem pensa que é só deixar um pouco de pelo crescer em cima dos lábios e deu, engana-se. Os neobigodudos cultivam seus cabelinhos com tanto zelo que têm até dicas para que o visual deixe o rótulo de cafona para entrar na galeria da modernidade. Confira alguns destes toques para aplicar em si mesmo ou simplesmente dar umas boas risadas.

 

O pentear – Dono de um bigode em forma de guidão de motocicleta invertido, o estilista David Pollak orgulha-se em dizer que mantém um verdadeiro arsenal em casa para alisar seus pelos: “Tenho escovas com cerda de pelo de javali, pentes de osso e chifre e tesoura especial para não deixar o fio espetado”, destaca. Imagina o que ele não faz com os cabelos da cabeça…

 

O cuidar – Tomar bebidas como suco de laranja e leite com canudo é uma das dicas dos adeptos do bigode. Dizem eles que estes cuidados ajudam a manter o pelo limpo. Para Gilberto França, 26 anos, é fundamental usar uma pomada nas pontas e virá-las para fora. Não fumar também é importantíssimo, porque o tabaco pode deixar cheiro.

 

O perfumar – Aliás, por falar em cheiro, dá para acreditar que até creminho para tirar o odor desagradável já foram desenvolvidos? Pois é. Pollak, inclusive, aproveita para embelezar seu bigode aplicando xampu religiosamente todos os dias. Tem vaidoso pra tudo.

 

 

 

Falaê!

 

“É minha referência da criação do mundo, sobre quem somos e de onde viemos. Não só acredito, como tenho certeza”.

Zé Ramalho, cantor, convictíssimo em sua crença nos discos voadores.

 

“Toca a sirene, e só Deus sabe onde vai cair, é um inimigo que você não sabe onde está”.

Roberta Krauss, paulista que mora em Israel há quatro anos e vive próximo à Faixa de Gaza há seis meses, sobre os mísseis com os quais o local têm sido atingido.

 

“Não é uma guerra entre Israel e Palestina, é uma guerra entre quem quer paz e extremistas”.

Raphael Singer, embaixador interino de Israel no Brasil, também sobre o conflito em Gaza.

 

“Eu não dei a volta por cima, simplesmente porque nunca estive por baixo”.

Susana Vieira, atriz, querendo convencer que superou o conturbado episódio com seu falecido marido Marcelo Silva. Será?

 

“Fiquei profundamente incomodado ao perceber que só estavam desfilando loiros e ruivos. Foi triste trazer a minha família aqui para assistir a um desfile no qual não tinha nenhum representante da minha raça. Não quero que minhas filhas compartilhem desse tipo de moda excludente”.

Toni Garrido, cantor, criticando os desfiles da marca Redley, no Fashion Rio, ontem (12).

 

“Preto também se veste no inverno. Não entendi até agora o motivo pelo qual as marcas excluíram a minha raça das passarelas”.

Glória Maria, jornalista, fazendo coro às críticas de Toni.  

 

“Vi uma foto minha em um jornal e fiquei horrorizada. Disse a mim mesma: ‘garota, você precisa se cuidar ou vai morrer’”.

Amy Winehouse, cantora, finalmente conscientizada do estado deplorável que chegou por causa das drogas. A artista declarou que agora está livre dos tóxicos para sempre. Que seja real.

 

“Quando era moleca, o povo falava que quando varriam seu pé, você não casava. Eu varria o pé todos os dias”.

Joelma, vocalista do Calypso, contando que os maus tratos de seu pai à família quase a desiludiram sobre casamento. “Descobri as piores coisas sobre os homens”, disse. Quando conheceu Chimbinha, seu marido atual, entretanto, o trauma acabou.

 

 

 

Abrindo o verbo (e o ano)

 

“Você tem de ser artificial, não tenho medo algum de dizer. Nada que é natural sobrevive dentro desse tubo de elétrons”.

Marcelo Tas, jornalista, sobre o comportamento de quem trabalha na televisão.

 

“Chegou ao cenário americano como um trovão, realocou nossa política, fez em pedacinhos décadas de sabedoria convencional e superou séculos de ordem hierárquica social”.

Revista Time, explicando a vitória de Barack Obama no prêmio Personalidade do Ano de 2008. No ano anterior, o vencedor foi o então presidente russo Vladimir Putin.

 

“Muita gente me fala que tem medo da Flora. Deviam ter medo é de mim”.

João Emanuel Carneiro, autor da novela “A Favorita”, da Rede Globo, explicando que se inspirou em si mesmo para criar a vilã interpretada por Patrícia Pillar. Credo!

 

“Não podemos dar a impressão de que há dois governos conduzindo a política externa americana”.

Barack Obama, presidente eleito dos EUA, explicando porque não pretende agir na questão da Faixa de Gaza antes de tomar posse. Bem óbvio, diga-se de passagem.

 

“Na cultura islâmica, atirar o sapato em uma pessoa é o grau mais alto de ofensa que se pode proferir ao outro. Aquele jornalista mostrou que, para muitos cidadãos daquele país, o presidente americano merece tratamento pior que o de um cão sarnento”.

Marcelo Ambrósio, jornalista, comentando o ato do colega iraquiano em repúdio ao presidente dos EUA, George Bush, em dezembro.

 

“Aqui, como é muito calor, se alguém tirar o sapato a gente vai perceber antes de jogar, por causa do chulé”.

Lula, presidente do Brasil, durante a Cúpula da América Latina, México e Caribe, ironizando o episódio com Bush.

 

 

 

Eles deram o que falar

 

Quem me conhece um pouco, ainda que apenas via blog, deve saber que amo frases. Procurar, ler, compilar… Enfim. Desde o mês de julho, quando comecei a escrever esta página, até a última postagem do ano de 2008, publiquei 342 delas sobre os mais variados assuntos e que tirei dos mais variados lugares! Neste post, então, vou relembrar algumas delas, separadas pelos temas que achei mais legal comentar. Talvez ele seja até meio extenso, porque vai ser difícil selecionar “as 10 mais” somente. Mas, creio que valerá a pena ir até o fim.

Ah, só para constar: uma ou outra não chegaram a ser publicadas por aqui, mas referem-se a fatos que marcaram o ano que passou. Portanto, ainda se encaixam na proposta.

 

Taís Brem

 

 

Haja cara-de-pau!

Parece piada, mas eles realmente tiveram a coragem de dizer isso

 

“Quantas mulheres beijei na vida? Diversas. Minha mãe, minha irmã e minhas filhas”.
Diego Maradona, ex-jogador e atual técnico da seleção argentina de futebol.

 

“Se tem alguém descontente, ele não é culpado não. O culpado sou eu porque não consegui transmitir a ele que eu fui o melhor prefeito de São Paulo”.

Paulo Maluf, então candidato à prefeitura da Terra da Garoa, respondendo a um eleitor que o chamou de ladrão.

 

“Sou um candidato limpo. Os meus adversários é que são sujos”.

Severino Cavalcanti, ex-presidente da Câmara que renunciou ao mandato em 2005 para não ser cassado por cobrar propina de um restaurante do Congresso. Na época da declaração, o político disputava a prefeitura da cidade pernambucana de João Alfredo. E o pior: ganhou.

 

“Não tirei porque estava com vontade de ficar pelada, até porque eu sou evangélica, e não cabe para uma mulher de 52 anos, mãe de família, ficar de calcinha na porta do banco”.

Solange Couto, atriz, dizendo não saber o porquê do fiasco que fez numa agência da Caixa Econômica Federal. Depois de várias tentativas frustradas de passar pela porta giratória, a atriz perguntou ao segurança o que mais teria de fazer para conseguir entrar. Ele respondeu: “Tira a roupa”. E ela… obedeceu…

 

 

Lamentável

Melhor seria ter mantido o silêncio

 

“Foi legal da parte do vereador Jarré. É só procurar na Bíblia a lição de Maria Madalena: quem nunca pecou que atire a primeira pedra. É uma pena que a homenagem tenha se voltado contra o vereador”.

Daniele, dançarina da boate Garotas da Gogo, em Carazinho. A fofinha integra o grupo que recebeu homenagem de um vereador da cidade pelos “momentos de alegria” que a casa concede a seus clientes.

 

“Juliana, é uma oportunidade de você ter a sua independência por um tempo! Se depois você ficar fora do ar, se alguma coisa acontecer, você tem seu dinheirinho ali, não vai ficar desesperada. Aproveita que está num momento bom, vai e faz!”.

Pais da atriz Juliana Knust, dando o conselho que incentivou a moça a posar para a Playboy. Se conselho fosse bom…

 

“Me lembro de passar com a minha mãe pelos pôsteres da revista nas bancas e falar: ‘Mãe, eu também quero!’”.

Andressa Soares, a Mulher Melancia, contando que desde os nove, dez anos de idade já sonhava em posar para a Playboy. Ó… Que bonitinha…

        

“Tenho muito orgulho de ter participado de uma fase tão importante na vida brasileira. Como economista, sinto-me privilegiada de ter podido fazer mudanças que vinha discutindo na minha vida acadêmica, por tantos anos. Foi um privilégio, ou uma sorte”.

Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia no governo Collor, sobre o terrível período em que muitos brasileiros perderam tudo o que tinham da noite pro dia por causa do confisco que ela planejou. Nos olhos dos outros é refresco.

 

“Eu viraria lésbica em tempo integral. Angelina Jolie é a mulher mais sexy que existe”.

Yasmin Brunet, modelo e filha de Luiza Brunet, declarando sua paixão pela atriz holliwoodiana.

 

“Precisamos de Deus para quê? Nunca o vimos. Tudo aquilo que se diz sobre Deus foi escrito por pessoas”.

José Saramago, prêmio nobel de Literatura, criticando a crença de que Deus existe. Durante sabatina da Folha de S. Paulo, o escritor português ainda taxou a Bíblia de “desastre” que, por ser “cheia de maus conselhos”, não deve ser “deixada na mãos de inocentes”.

 

“Achamos que a fé não é algo saudável para eles”.

Alejandro Rozitchner, filósofo argentino que escreveu o livro “Filhos sem Deus – Ensinando à Criança um Estilo Ateu de Viver”. Ele e a esposa referem-se aos filhos como “os três ateuzinhos”. E com muito orgulho.

 

 

É bem por aí

Assino embaixo

 

“Além de roubarem do meu trabalho, estão roubando do meu dízimo. Roubando dos meus funcionários, dos meus missionários, da igreja perseguida, da igreja. Ladrão vai para o inferno”.

Fernanda Brum, sobre a pirataria.

 

“As mulheres no Brasil se vendem por muito pouco. Além do mais, tenho um filho, que já me pediu: ‘mamãe, pelo amor de Deus, agora não’”.

Letícia Spiller, atriz, comentando sua decisão de não posar nua para revistas masculinas.

 

“Será que nós temos esperança em alcançar um povo que ora cinco vezes por dia? E se eles ficarem sabendo que a gente fica , às vezes, cinco dias sem orar?”.

Jeff Fromholz, pastor da Geração Benjamim, sobre a evangelização do povo muçulmano.

 

“O distanciamento olímpico renasce na forma de mentira: vamos fingir que está tudo bem, e que venha a festa”.

Luis Fernando Veríssimo, escritor, sobre as Olimpíadas.

 

“É hora de acabar com a pergunta ‘o que você comprou?’ e começar a perguntar ‘você vive bem?’”.

Bill McKibben, ambientalista americano, defendendo a qualidade de vida em vez do consumismo no livro “Deep Economy” (em português, Economia Profunda).

 

 

Forte, não?

 

“Pai, sei que não é você, mas eu te odeio’.

José Vitor, 9 anos, filho do ator Jackson Antunes, sobre a cena de violência familiar da novela “Favorita” em que o pai é protagonista.

 

“Fiz questão de chegar cedo. Quero que ela saiba que eu fui a primeira a cumprimentá-la. Ela vai para um lugar que daqui a pouco eu também vou”.

Virgínia Lane, 88 anos, ex-vedete, no velório de Dercy Gonçalves. Tomara que ela saiba bem para onde está desejando ir.

 

“Isso é coisa de gente que vai precisar viver mais trinta vidas para aprender a respeitar o próximo”.

Rubens Barrichello, piloto, respondendo a um repórter sobre o que pensa das piadinhas feitas a seu respeito.

 

“Devem ser os pecados, porque tenho 76 anos como pecador”.

José Alencar, vice-presidente da República, se auto-responsabilizando pelo câncer que já atingiu a próstata, o rim, o estomago e agora ataca o intestino e os músculos das costas.

 

“Há uma espécie de jogo oculto, umas simulações de afeto, umas forçadas de barra, regadas a peru, arroz de forno e batatas. Não seria um filme meu se fosse uma festa de Papai Noel com presentes e renas de nariz vermelho”.

Selton Mello, diretor do longa “Feliz Natal”, que, segundo ele, é baseado em experiências pessoais. “Sempre achei o Natal algo meio melancólico, uma celebração meio obrigatória”, comentou.

 

 

Sério?

Simplesmente surpreendente

 

“Apesar da máscara pública da Dercy, entre quatro paredes ela era a pessoa mais triste e solitária que eu conheci”.

Maria Adelaide Amaral, autora de uma biografia sobre a atriz.

 

“Cansei. Dizer que sou baladeira e doidona é mentira. Odeio bebida, droga e boate. O fato de ser extrovertida não dá o direito de me desrespeitarem”.

Preta Gil, cantora, chateada com os comentários exagerados sobre si mesma que vê na mídia.

 

“Só beijei três pessoas, tirando as coisas que fiz para TV e no cinema. Eu sei. Eu sou estranha”

Blake Lively, a Serena van der Woodsen de “Gossip Girl”. Pena que não é esta a imagem que ela passa a seus fãs.

 

 

Boa essa!

Merecem registro

 

“Quem tem de ter medo é o cachorro e não eu. Se precisar, mordo de novo”.

Gabriel Alexandre da Silva, 11 anos, mostrando dente que perdeu ao morder pescoço de pit bull que o atacou na rua onde mora, em Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

 

“Eu estou vivendo com o nome do ‘cara’ há anos, não me incomoda nem um pouco. Ele que mude o seu nome”.

Brad Pitt, boxeador australiano, sobre seu chará, o ator Brad Pitt.

 

“Tem muitas pessoas se casando, mas não é casamento de verdade. É casamento de combinação”.

Maisa, apresentadora de TV e garota-prodígio do SBT, referindo-se aos relacionamentos-relâmpago do meio artístico.

 

“Sei que no escurinho da urna ele vai votar em mim”.

Luciana Genro, então candidata do PSol à prefeitura de Porto Alegre, sobre a posição que o pai petista Tarso Genro devia tomar nas eleições.

 

“Hoje em dia é difícil distinguir a mãe da filha, elas estão todas peladas”.

Nsaba Buturo, ministro ugandense de Ética e Integridade, condenando as minissaias no vestuário feminino de seu país. Ele defende que a peça deve ser banida, porque mulheres que as usam distraem os motoristas e provocam acidentes de trânsito.

 

“Se o Marilyn Manson pode falar do diabo por que a gente não pode falar de Jesus à vontade?”.

Rodolfo, ex-Raimundos e, atualmente, músico gospel.

 

“O único emprego dele era ser marido da Susana e jogar futevôlei na praia. E, pelo que sei, só a primeira função era remunerada”.

Mãe de Fernanda Cunha, definindo o ex-marido da atriz Susana Vieira e amante da filha, Marcelo Silva. Fernanda virou celebridade trash ao ligar para um jornal contando que tinha um caso com Marcelo há sete meses e que havia apanhado dele por ter aberto o jogo com a outra. O resto da história, todo mundo está careca de saber.

 

“Acho a Maria do Rosário uma excelente candidata, mas votei em mim e não nela.”

José Fogaça, prefeito reeleito de Porto Alegre, sobre a então adversária política.

 

 

Bate-volta

Um fala daqui, o outro responde de lá

 

“Claudia carrega Deus em tudo o que faz, e credita a Ele a escolha deste momento para engravidar. Daí, se o bebê for menino, ela quer dar um nome bíblico. Este nome no momento é David”.

Paulo Roberto Sampaio, assessor da cantora Cláudia Leitte.

 

“Bom, eu pensei sim, mas ainda não escolhi esse nome não. Acho que é mais uma sugestão dele”.

Cláudia, negando, com bom-humor, a afirmação de seu assessor. Agora, meses depois e na reta final da gravidez, a cantora anunciou que o palpite de Paulo vingou.

 

“Bom dia! Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa-Família os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigada”.

Sueli Miranda, ajudante de serviços gerais, na carta em que pediu seu desligamento do Bolsa-Família.

 

“Isso mostra que as pessoas pobres não estão se acomodando. Em todos os casos, as famílias tomaram a iniciativa”.

Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social, sobre a atitude de  Sueli e de mais 60 mil pessoas que abriram mão dos benefícios do programa.

 

“Jesus não esperava as pessoas em sua casa, ia até elas. Queremos fazer a mesma coisa”.

Andréa Brugnoli, padre, fundador de uma associação de jovens católicos chamada “Sentinelas do Amanhecer”, sobre a “igreja inflável”, projeto que pretende chamar atenção de moças e rapazes que freqüentam a vida noturna do verão italiano. A idéia consiste numa estrutura desmontável de plástico, nas cores preto e rosa, com 30 metros por 15, colocada ao lado de discotecas e bares da orla marítima italiana.

 

“Passar de uma arca toda de ouro, com querubins e tabernáculos, para um plástico inflável onde guardar a eucaristia, o mistério dos mistérios, é vulgar. Os banhistas que desejam ir à missa, vistam-se como fiéis e procurem a igreja mais próxima”.

Comentários no site da diocese de Cagliari, na Sardenha, reprovando a iniciativa de Brugnoli.

 

“É decepcionante que o cliente tenha sentido a necessidade de expressar sua irritação com nosso serviço dessa forma”.

Trecho de comunicado do banco inglês Lloyds TSB, censurando a atitude de Steve Jetley. O cliente escolheu a frase “Lloyds é uma porcaria” como sua senha para solicitar serviços via telefone. Um funcionário da agência trocou o código para “não é não”. Cada uma…

 

“Ao invés de curtir a gravidez, imaginar seu bebê no colo, a alegria de ser mãe, a celebração de uma nova vida…. só lhe restará planejar a compra de um caixão, de um jazigo no cemitério”.

Mayana Zatz, geneticista e diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), defendendo a autorização do aborto de fetos anencéfalos. Na época, a decisão estava em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

“É melhor oferecer a um filho um caixão do que uma lata de lixo”.

 Luís Antônio Bento, padre e representante da Convenção Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em opinião contrária sobre o mesmo assunto.

 

 

Só Silas

Tive de separar uma sessão só para citar algumas das frases do pastor Silas Malafaia em 2008. Como sempre, mandou muito bem

 

“Engraçado… Tem gente que ainda acha que Deus criou tudo e, na hora de inventar o sexo, chamou o capeta: ‘Termina aqui pra mim que eu não quero nem ver’.

Silas Malafaia, ironizando o mito de que sexo é coisa do diabo.

 

“É vergonhoso uma igreja, dentro do seu templo, fazer campanha de camisinha, quando nós ensinamos ao casal esperar o casamento! É uma apologia à prostituição! Errou vergonhosamente aí o bispo Macedo! Estupidamente, errou!”.

Criticando a campanha de preservativos da Igreja Universal na África.

 

“Fico triste de ver o dinheiro do povo de Deus ser jogado na imoralidade e na porcaria. Então você compra uma emissora que foi adquirida e levantada com o dinheiro do povo de Deus, para ser usada para disputar mídia comercial? Isso é ridículo e a comunidade evangélica em geral desaprova”.

Ainda sobre o “Império Universal”, simbolizado pela Record em sua briga pela audiência com a Globo.

 

“O manual do fabricante é a Bíblia. Deus fez o homem. Você quer saber o que é bom para você? Vai lá, leia”.

Num de seus sábios conselhos.

 

 

Só Mojica

Ou, simplesmente, Zé do Caixão. Este não é tão sábio assim, mas, dada às bizarrices de suas declarações, também merece um espacinho exclusivo

 

“Ficou essa lenda aí até hoje. Mas nada disso é verdade. É fatalidade”.

José Mojica Marins, o criador do personagem Zé do Caixão, quando perguntado sobre o “mito” de que sempre morre alguém nos filmes que ele cria. Só coincidência? Pode ser, mas ele mesmo enumera: “Essa história começou em 1954, quando a atriz de um filme que nunca terminei, Sentença de Deus, morreu afogada. A substituta também, logo depois, de tuberculose. E ainda uma terceira perdeu a perna num acidente de carro. Numa outra fita, foi um técnico. Faltavam quatro dias para terminarmos de filmar e ele perguntou se ninguém ia morrer. ‘Vai. Você!’, brinquei. Uma hora depois, ele foi para o hospital com ataque cardíaco e não resistiu. Misturou remédios com bebida. Em Encarnação do Demônio foi o Jece Valadão…”. Mas, e só fatalidade.

 

“Todos os representantes do mal são castigados. Eu mostro que o mal tem que pagar. O Zé do Caixão, apesar de cometer atos violentos, protege as crianças, que para ele são puras e inocentes”.

Defendendo “o lado positivo” de suas produções, apesar das cenas fortes.

 

“Isso é perseguição da censura contra o cinema de terror e contra o cinema nacional. Para os gringos eles dão uma classificação bem menor. O Batman teve classificação de apenas 12 anos e é um filme bem violento!”.

Na mesma linha.

 

“Sofro de uma insônia fantástica. Comecei a tomar sonífero aos 18 anos. Mas tenho um aliado muito grande –o pesadelo. Só tenho pesadelos. É minha maior inspiração, porque só vêm coisas bizarras, que fogem à imaginação do homem comum”.

A respeito de suas inspirações.

 

“Os fãs adoram violência pesada e tortura; eu adoro violência pesada e tortura; você adora violência pesada e tortura. Vamos nessa e vamos ser mais malignos do que os que estão fazendo isso hoje”.

Dennison Ramalho, cineasta, conversando com seu “padrinho”, o Zé, sobre roteiros de filmes.

 

 

Poupem-me!

Sem comentários

 

“Se Deus nos criou à sua imagem e semelhança e nós nascemos nus, não há vergonha nenhuma nisso. Se fosse errado, ele certamente teria nos dado roupas”.

Laurindo Correia, presidente da Federação Portuguesa de Naturismo, defendendo o estilo que adotou.

 

“Eu ficava indignada de São Paulo, a terceira maior cidade do mundo, não ter um lugar aconchegante e sofisticado para a despedida”.

Milena Romano, empresária do ramo de assistência funerária, comentando a implantação do serviço que disponibiliza pacotes para velórios de até R$40 mil. Quem se dispor a desembolsar a quantia, desfruta de salas requintadas para a despedida do morto, fundo musical inspirado no gosto do falecido, bufê com guloseimas, transmissão do evento pela internet e até lembrancinhas do momento fúnebre, chamadas de “bem-velado”. E o pior: isto não é uma piada.

 

“Que maneira melhor de informar nossos clientes a respeito de nossas ações sobre as filas no check-in do que colocar uma mensagem que eles possam ler enquanto esperam?”.

Steve Bayliss, gerente de marketing da companhia aérea Air New Zealand. A empresa está buscando carecas que aceitem manter uma tatuagem temporária na cabeça para divulgar os serviços que prometem mais rapidez e menos filas. Cada careca deve receber o equivalente a R$ 1.200.

 

“Eu não esperava. Eu só queria casar como pessoa e não como artista”.

Sandy, cantora, inocentemente surpresa com a repercussão que a mídia deu a seu casamento em setembro.

 

“Li a filosofia hinduísta, que é a mais antiga e deu origem ao cristianismo. O ‘ama a si próprio como a ti mesmo’ vem daí”.

Cláudia Alencar, atriz, um tanto confusa com a máxima “ama a teu próximo como a ti mesmo”…

 

“A partir de hoje, diante do teu altar, eu o consagro minha vida, meus sonhos, minha carreira política e a minha reeleição para prefeito e, em nome de Jesus, se o Senhor me conceder essa oportunidade de voltar a ser o prefeito de São Paulo, quero fazer um voto contigo hoje. Vou fazer um culto de ação de graças para louvor e honra a partir de agora para meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, amém”.

Gilberto Kassab, prefeito reeleito de São Paulo e multi-religioso, em culto numa igreja evangélica durante campanha eleitoral. Embora tenha tentado convencer os eleitores evangélicos com a cena, assessores afirmam que a religião de Kassab continua sendo a católica e que participar de reuniões de credos diversos durante o período eleitoral é natural…

 

“Não foi campanha política. Ele teve a oportunidade de ter a experiência com Deus e declarar isso diante do público”.

Viviane Nascimento, pastora da igreja que Kassab visitou, defendendo a postura do prefeito.

 

“Jesus disse: amai o próximo. Por isso os homens têm tesão pela cunhada, pela melhor amiga da mulher. E as mulheres, pelo personal trainer. Ele está bem ao lado dela”.

Francisco Daudt, psicanalista, tirando onda com o mandamento bíblico.