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Mundo paralelo


Particularmente, não lembro disso muito bem. Mas, tenho um amigo que, volta e meia, recorda uma cena que povoou boa parte das manhãs das crianças da década de 1980: a mesa de café da manhã da Rainha dos Baixinhos. Tinha de tudo ali, não só o básico café preto, obviamente. Tinha leite, iogurte e suco. Tinha pão, bolacha e bolo. Tinha geléia, margarina, patê e sabe-se-lá-mais-o-quê! E frutas, muitas frutas. De todas as cores, tamanhos e sabores. Uma mesa farta, de encher os olhos, da qual a apresentadora pegava um grão de alguma coisa e, com o poder de quem pode ignorar toda aquela abundância, seguia o programa, deixando toda a audiência com água na boca. Audiência essa – sempre bom lembrar – que, em sua maioria, não devia ter nem um terço do que estava naquela mesa para provar em sua humilde residência. A mesa de café da manhã da Xuxa era outra realidade. Praticamente, um mundo paralelo. Uma coisa vivida por alguém que parecia estar tão perto, ali, do outro lado da tela, mas, na verdade, estava muito afastada do que ocorre no mundo dos reles mortais.

No dia em que recebeu a atriz Maitê Proença no palco do Video Show, semana que passou, Zeca Camargo bem que podia ter colocado uma trilha da Xuxa de fundo. Talvez os mais espirituosos entendessem o link enquanto o rapaz e sua convidada marcavam num grande mapa-múndi os países que já haviam visitado. Maitê, apresentada como uma viajante nata, jurou nunca ter contado os locais em que já foi durante sua vida inteira, mas fazia ideia de serem umas 70 nações. Camargo se exibiu e foi certeiro: visitou 97 e pretende, em breve, fechar 100. Falou com a naturalidade de quem planeja, depois de amanhã, conhecer o novo minimercado que abriu no bairro vizinho. E isso para um público que, se bobear, não sabe nem que Brasil faz fronteira com o Uruguai.

Daí, o indivíduo que está quebrando a cabeça para ver como vai conseguir completar o dinheiro da passagem do ônibus para o próximo dia de trabalho, se depara com uma notícia-bomba direto do mundo dos esportes: dizem que a fortuna envolvida na compra do Neymar pelo Barcelona não foi “só” de cerca de R$ 188,5 milhões, como o divulgado até então, mas de R$ 284,5 milhões. Um valor que dá nó na cabeça só de tentar contabilizar.

É impossível o cidadão comum não se sentir deslocado com contrastes como esses, que – não é de hoje – pipocam na mídia como se fizessem parte da vida de todos. Para a geral, o jeito é assistir ao lado “vida real” da programação como quem acompanha um programa de ficção. No mínimo, vai doer menos. Para a imprensa, cabe a dica de se adequar melhor à realidade do público que deseja atingir. A menos que os inadequados nessa história toda sejam mesmo os pobres-sonhadores-telespectadores que têm posado de intrusos do outro lado da TV.

Taís Brem

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“É um estar no mundo diferente do que se tinha décadas atrás”

Pediatra Luiza Novaes explica as peculiaridades do desenvolvimento das crianças de hoje à luz da ciência

Afinidade com a tecnologia é principal diferencial das crianças atuais (Foto: Taís Brem)
Afinidade com a tecnologia é principal diferencial das crianças atuais (Foto: Taís Brem)

Elas estão, a cada dia, mais espertas. E isso não é apenas impressão sua. Realmente, “não se faz mais crianças como antigamente”. Nesta entrevista concedida ao Blog Quemany, a médica especialista em Pediatria Luiza Helena Vinholes Siqueira Novaes comenta de que forma a Medicina explica essa evolução do desenvolvimento infantil ao longo das eras. Médica do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), Luiza Helena é mestre em Saúde e Comportamento, doutora em Ciências da Educação e professora adjunta de Pediatria no curso de Medicina da Universidade Católica de Pelotas (UCPel).

Blog Quemany – Ao comentar a forma como as crianças demonstram desenvolvimento, as pessoas costumam dizer que antigamente “os bebês nasciam de olhos fechados e, hoje, só faltam nascer falando”. A ciência mostra que realmente há uma evolução das crianças de hoje em comparação às de antigamente ou é apenas impressão nossa?

Luiza Novaes (Foto: Wilson Lima)
Luiza Novaes (Foto: Wilson Lima)

Dra. Luiza Helena Novaes – A neurobiologia tem nos ajudado a entender este fato observável pelos pais. O cérebro é muito dinâmico, tem uma capacidade de reorganização de seus neurônios admirável, que sofrem amadurecimento e organização em diferentes tempos e etapas, e são influenciáveis pelo ambiente em que se insere a criança e sua família. Este fenômeno é conhecido por nós, médicos, como neuroplasticidade. Se compararmos o ambiente de algumas décadas atrás com o ambiente em que é hoje recebida a criança, notaremos mudanças marcantes em relação à luz, aos sons, aos movimentos, à dinâmica da família e da sociedade. Para exemplificar, antes a criança nascia, permanecia no hospital de três a quatro dias no ambiente escurecido, com todos se comunicando à meia-voz, interagindo com ela o mínimo possível para não excitá-la e perturbá-la. Hoje, se tudo bem, com 24 horas, um bebê está em casa, inserido no toque do celular, das fotos, da televisão, do barulho da rua, das luzes do dia e da noite, com a algaravia diária da casa, sem maiores restrições aos irmãos, familiares e amigos da família. Isto é saudável para o desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo da criança, desde que dentro de parâmetros equilibrados. O desenvolvimento infantil começa ainda na gestação e o que podemos e devemos é estimular o cérebro infantil desde muito cedo.

BQ – Como se dá essa “evolução”? Esse movimento é algo natural, de tempos em tempos?
Dra. Luiza – Esta “evolução” acompanha a evolução das sociedades, das diferentes culturas em que está inserida a criança, e é um fenômeno natural, assim como a nossa vida, cada dia mais nova, plena de novas descobertas e conhecimentos em todas as áreas, inclusive na área médica, que crescem de maneira exponencial e de forma muito rápida.

(Foto: Taís Brem)
Ligação com aparelhos eletrônicos é comum (Foto: Taís Brem)

BQ – Na sua percepção, como profissional, que diferenças são mais marcantes entre a geração atual de crianças e crianças que viveram em outras décadas?
Dra. Luiza – O que mais me chama a atenção é a capacidade da criança atual, em ainda tenra idade, ser capaz de mergulhar com tanta facilidade no mundo tecnológico do toque na tela ou no teclado e estar conectada aos seus e ao mundo, mesmo que distantes dela. É fato comum para ela comunicar-se com a mãe no trabalho via celular ou pelo computador, assim como com os avós, que moram no outro lado do mundo. É um estar no mundo diferente do que se tinha décadas atrás, que esperamos, trará benefícios para a criança e seu desenvolvimento, se usado com cuidado, sob supervisão e orientação. Os estudos, em um futuro muito breve, nos mostrarão o resultado e as implicações disso tudo.

BQ – Que fatores podem ser citados como aceleradores do desenvolvimento infantil?
Dra. Luiza – Não se é capaz de acelerar aquilo para o qual o cérebro da criança ainda não está pronto a realizar, mas podemos, sabedores de que haverá etapas de amadurecimento neurológico a serem vencidas, ofertar um ambiente e atitudes paternas e familiares, e, também, da sociedade onde se incluem a escola, a assistência médica, as entidades das quais a família participa, a própria mídia de qualidade, favoráveis a este desenvolvimento de qualidade. Ao início da vida da criança, é o afeto, o tempo de qualidade despendido com ela e o toque amoroso, que ensinam o amor e a confiança. Logo depois, o brincar, o “conversar”, o sorrir, a música, a descoberta dos objetos em suas diferentes texturas, dos diferentes cheiros que compõem a vida. Com mais idade, a movimentação ativa, a descoberta das palavras, das sentenças, das histórias, das letras, dos números e por aí afora. Oportunizar à criança estes contatos e estas experiências estimulará seu desenvolvimento, suas emoções e sentimentos, determinando mais confiança e coragem para sua vida.

Taís Brem

Coração voluntário

Jovens estão entre os milhares de brasileiros que trabalham doando tempo e talento voluntariamente

Élem e Jaqueline trabalham como voluntárias na escola e na igreja (Foto: Wilson Brem)
Élem e Jaqueline trabalham como voluntárias na escola e na igreja (Foto: Wilson Brem)

Jaqueline Cruz e Élem da Luz são tia e sobrinha, embora a idade delas não revele esse curioso detalhe. Aos 18 e 17 anos, respectivamente, as estudantes que no fim de 2013 concluem o Ensino Médio já possuem três anos de trabalho voluntário em seu currículo. E são um exemplo de jovens que dispõem de seu tempo e talento para disseminar conhecimento, ajudando outras pessoas e contribuindo para o enfrentamento de problemas que assolam nossa nação, como as barreiras ao desenvolvimento educacional no Brasil. Elas estão entre os milhares de brasileiros engajados no voluntariado em ações simples, desenvolvidas em escolas e igrejas, por exemplo, mas que têm um poderoso impacto de transformação na sociedade.

A história de amor delas com o trabalho voluntário teve início enquanto cursavam a oitava série e se candidataram para, em horário inverso ao de suas aulas, ajudarem na organização da biblioteca da Escola Estadual de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima, em Pelotas, Rio Grande do Sul. Aparentemente insignificante para alguns, a tarefa diária de catalogar livros e organizar prateleiras despertou nelas a paixão pela literatura, bem como a percepção para a lacuna que a falta de interesse pela leitura estava fazendo na educação dos pequenos.

Incentivo à leitura foi objetivo principal do projeto (Foto: Arquivo Pessoal)
Incentivo à leitura foi objetivo principal do projeto (Foto: Wilson Brem)

Após um tempo trabalhando ali, Jaque e Élem desenvolveram e apresentaram à diretoria da escola um projeto ao qual deram o nome de “Hora do Conto”. Trocando em miúdos, tratava-se de um plano de atividades voltadas para as séries iniciais, em que as meninas contariam histórias para as crianças, com o propósito de estimular o gosto pelos livros. “Começamos a ver que as crianças não tinham vontade de pegar os livros para ler. Então, pensamos em fazer um projeto de leitura e arrumar um cantinho específico na biblioteca para contar histórias e incentivá-las”, disse Jaqueline. A ideia foi prontamente aceita pela então diretora, a professora Neusa Coi, 55, e pelos demais docentes que, inclusive, colaboraram doando tapetes, almofadas e outros materiais que deixaram o cantinho destinado ao projeto confortável e convidativo. “Eles confiaram na gente e isso foi muito importante, porque, também, nos motivou a ir melhorando o projeto”, disse Élem. A Hora do Conto tinha cerca de meia-hora. Após ler uma história, elas distribuíam atividades para as crianças, como folhas com desenhos para colorir, e conversavam sobre o que tinha sido narrado, estimulando a imaginação dos pequenos. “A gente sempre propunha que eles dessem um novo final às historinhas”, relembrou Jaqueline.

O trabalho realizado pelas meninas merece destaque não apenas por ser voluntário, mas por ter surgido de uma iniciativa própria. Afinal, elas mesmas se dispuseram a pôr a mão na massa para mudar a situação de distanciamento que notaram entre os alunos e os livros. “Ambas tiveram um comportamento maravilhoso, tanto no trato para com os alunos, quanto no preparo das atividades e tarefas realizadas”, observou Neusa. “Elas são muito dinâmicas e criativas. Vejo como muito importante a participação de jovens em trabalhos voluntários como o que as meninas realizaram na escola, pois a instituição tem a oportunidade de oferecer aos alunos novas possibilidades de atividades e o voluntário adquire experiência”.

Para Neusa, o perfil do voluntário é essencial para o sucesso da atividade – no caso das meninas, elas deveriam gostar de crianças, ter paciência, ser tranquilas, criativas e sentir muito prazer no que estavam fazendo. Quesitos esses que foram preenchidos com muito êxito, tanto que, quando tiveram que deixar a escola para iniciar o Ensino Médio em outro colégio, Jaqueline e Élem continuaram engajadas na causa do voluntariado na instituição, realizando, agora, tarefas de recreação vinculadas ao Programa Mais Educação, do Governo Federal. No momento, elas aguardam pela diretoria da escola o chamado para realizar algum trabalho com as séries iniciais.

Paixão que contagia

Atividades são desenvolvidas com crianças (Foto: Wilson Brem)
Atividades são desenvolvidas com crianças (Foto: Wilson Brem)

Anos depois de ter deixado – com muito pesar, é verdade – os momentos de leitura da Hora do Conto, as meninas ficaram sabendo que seu esforço rendeu frutos. Certa vez, ao visitarem a escola elas viram uma das alunas que ouvia as historinhas contadas por elas seguindo o exemplo e contando histórias a outras crianças menores. Perguntar se elas se sentiram orgulhosas com isso, seria desnecessário. Mas, a resposta é sim. “Foi algo muito legal. Percebemos que o projeto ajudou as pessoas e trouxe crescimento e experiência de vida, tanto para eles, quanto para nós”, frisou Jaqueline que, já pensa no que fazer assim que concluir o Ensino Médio: dar aulas de História. Já Élem, não gostaria de seguir nenhuma profissão ligada à Pedagogia, porém falar em escrever faz seus olhos brilharem. “Quero fazer algo ligado à Literatura ou Jornalismo, talvez”, afirmou.

Mãe de Élem e irmã de Jaque, a doméstica Neusa Luz, 50, disse considerar excelente o tempo que as duas dedicaram ao desenvolvimento das tarefas voluntárias na escola. “Elas demonstravam muito entusiasmo e ficaram muito mais responsáveis. Foi ótimo para elas”, pontuou.

Amanda, Giovanna e Marianna também são discipuladoras (Foto: Arquivo Pessoal)
Amanda, Giovanna e Marianna também são discipuladoras (Foto: Arquivo Pessoal)

Na mesma época em que começaram as atividades na Escola Nossa Senhora de Fátima, Élem e Jaque foram convidadas a integrar o time das chamadas “discipuladoras” na igreja que frequentam, o Ministério Casa de Oração (MCO). Seu papel: nos dias de culto – aos domingos, terças e sextas-feiras –, ser responsáveis pelos membros infanto-juvenis do Ministério, desenvolvendo tarefas específicas para a faixa etária de 0 a 12 anos, enquanto os pais assistem à reunião no templo principal. Junto com elas, completam a equipe as irmãs Giovanna, 16, e Marianna Guimarães, 14, e Amanda Vieira, que também tem 14 anos. A irmã caçula de Élem, Milene, 15, não é discipuladora oficial. Todavia, ao que parece, isso é apenas questão de tempo, pois volta e meia a adolescente é flagrada com alguma criança no colo, auxiliando as mães que precisam de ajuda para cuidar dos filhos durante as reuniões.

Meninas se revezam no atendimento da Biblioteca Cultural (Foto: Wilson Brem)
Meninas se revezam no atendimento da Biblioteca Cultural (Foto: Wilson Brem)

O trabalho na biblioteca desenvolvido lá na escola, há três anos, serviu como base para o aperfeiçoamento de outro projeto ligado ao MCO. Sim, as garotas não param: elas também são as responsáveis pela Biblioteca Cultural da igreja. Num espaço cuidadosamente arrumado por elas culto após culto, estão estantes lotadas de livros doados pelos próprios membros do Ministério, que são colocados para locação. A verba arrecadada com a atividade é destinada para trabalhos missionários desenvolvidos dentro e fora do país, sobretudo em locais onde práticas ligadas ao cristianismo são reprimidas oficialmente, gerando perseguição aos seguidores da religião.

Taís Brem

Rico dinheirinho

Como as famílias trabalham a educação financeira junto a seus filhos

Mesmo pequenas, crianças já devem aprender noções básicas de finanças (Foto: Divulgação)
Mesmo pequenas, crianças já devem aprender noções básicas de finanças (Foto: Divulgação)

Em alguns lares, ainda hoje é assim: num determinado dia do mês, os pais dão aos filhos uma quantia fixa, chamada mesada, uma espécie de salário que as crianças e adolescentes recebem para administrar, exercitando, assim, sua independência financeira. Em outras residências, o trato recebe o nome de semanada e, portanto, refere-se ao pagamento concedido de semana em semana. Há, ainda, as famílias que investem na caderneta de poupança, separando um valor que, de tempos em tempos, é depositado no banco para custear algum projeto futuro, como o ingresso na universidade. E tem os casos mais simples, em que a educação financeira é praticada no bom e velho cofrinho. Ali, de moeda em moeda, os pequenos vão aprendendo a lidar com o dinheiro.

Longe de ser uma brincadeira, a tarefa de ensinar a administrar as finanças é indicada aos pais por especialistas da área, com o objetivo de colaborar na criação de adultos economicamente responsáveis, desde cedo. Assim, espera-se que aumentem as chances de os pequenos saírem desse processo preparados para enfrentar a selvageria do mundo capitalista em que vivemos.

Em geral, é na faixa dos dois anos de idade que começam a ser reproduzidas em lojas, supermercados e afins aquelas cenas dramáticas que todos nós já cansamos de assistir, cujo texto, salvo ligeiras variações, é sempre “Mãe, me dá isso? Pai, me dá aquilo?”. E é nesse ponto que as noções básicas sobre economia encontram espaço para se desenvolverem. “No mundo moderno, quase tudo tem um preço. Se você quer, por exemplo, um chocolate, deve pagar o valor que o vendedor pede. A mesma coisa acontece com os outros alimentos que você come, com a roupa que você usa, com a luz que ilumina a sua casa à noite, com a água que você usa para tomar banho e com o telefone que você usa para conversar com seus amigos. Como você pode ver, cada coisa tem um preço que se mede com dinheiro”, diz um trecho da cartilha “O que é o dinheiro?”, disponível no site do Banco Central do Brasil (BCB). A cartilha integra o Programa de Educação Financeira, projeto criado pelo BCB para aproximar a comunidade dos conhecimentos sobre economia e finanças.

O público-alvo do projeto não é composto apenas de crianças e adolescentes, mas seu material serve como subsídio para a conscientização dessa faixa etária. As ações educativas de curto, médio e longo prazo estão divididas em cinco pilares básicos – planejamento financeiro, economia, operações financeiras, Banco Central e meio circulante – e incluem, por exemplo, promoção de palestras em universidades, visitas de alunos de Ensino Médio e Fundamental ao Museu de Valores do Distrito Federal e a série de cadernos ilustrativos com textos simples que oferecem uma explicação clara a respeito de temas e conceitos básicos de economia.

Na prática

Kelen e Ariel (Foto: Daniel Avellar)
Kelen e Ariel (Foto: Daniel Avellar)

Ariel Borges tem sete anos. Mas, muito antes de completar essa idade, já havia ganhado de seus avós um cofrinho, que se abastece de moedas toda vez que os patriarcas vão visitá-la. Ela não ganha mesada, entretanto seus pais entendem a importância de ensinar o valor do dinheiro. Tanto que a própria Ariel, quando acompanha a mãe, a estudante Kelen Costa, 28, até o mercado, já sabe quando determinada mercadoria está com o preço alto demais para ser levada para casa.

“Ela sabe distinguir e me diz ‘Hum, isso é caro! Tem tal número na frente; não dá para comprar”, explicou Kelen. Ariel leva tão a sério suas economias que certa vez Kelen pediu emprestado umas moedas do cofre da filha e ouviu um alerta: “Só não pega tudo, porque eu tô guardando para comprar nosso apartamento”, disse a menina. É bem provável que Ariel não tenha noção de quanto custará ao bolso da família adquirir uma casa própria. Mas, o fato de ter sido estimulada a administrar seus trocados está lhe ajudando a ter uma visão mais clara do complexo formato que contorna as transações econômicas do nosso cotidiano. “Do meu ponto de vista, acho que as crianças têm que ter noção de valores, números e quantidade, desde pequenas”, opinou Kelen. “É uma forma de aprendizado. Você ensina e, também, aprende muito com elas”.

Jamile quer ajudar a comprar o carro da família (Foto: Wilson Brem)
Jamile quer ajudar a comprar o carro da família (Foto: Wilson Brem)

A família de Jamile já não vive de aluguel. Portanto, as moedas que guarda em seu cofrinho não serão necessárias para ajudar a subsidiar o sonho de uma nova moradia. Porém, a menina de nove anos tem planos igualmente ousados para alguém de sua idade: quer ajudar a mãe, a auxiliar de Educação Infantil Eloisa Santos, 40, a adquirir um carro. “Não dou mesada a ela, mas dou umas moedinhas, de vez em quando, para ela guardar no cofre. O trato é abrir só quando encher e houver um objetivo”.

De família evangélica, Jamile tem o hábito de separar 10% de tudo o que ganha e direcionar para o dízimo. O restante só é investido após o aval da mãe. “Normalmente, ela pede minha opinião”, comentou Eloisa, ao destacar que considera fundamental ensinar da forma correta para que os filhos não se tornem avarentos.

Nem todas as crianças e adolescentes seguem o exemplo de Ariel e Jamile; preferem custear investimentos bem mais modestos, como o lanche da escola ou o brinquedo do momento. Para Eloisa, entretanto, o principal é orientar para que não haja exageros, nem quanto ao desperdício nem quanto à valorização exacerbada. “Acho que dar dinheiro aos filhos requer, também, orientação. Só dar o dinheiro, sem propósito, não irá edificá-los em nada”, pontuou.

Porquinho de estimação

Tradição de fabricar cofres em formato de porco surgiu na Europa (Foto: Divulgação)
Tradição é europeia (Foto: Divulgação)

Criatividade é o que não falta na hora de inventar novas caras para os tradicionais cofrinhos. Mas, quando se fala de economizar moedas, a primeira imagem que nos vem à cabeça é, inevitavelmente, a de um porquinho. E isso por influência do Velho Continente. Reza a lenda que, por volta do século 16, os europeus costumavam guardar dinheiro em vasinhos feito com um argila chamada “pygg clay”. Mais tarde, o recipiente passou a ser conhecido como “pygg banks”. E, como em inglês, a palavra “piggy” é porquinho, foi daí que os ceramistas tiraram a ideia de começar a fabricar cofres nesse formato. A prova de que a invenção foi um sucesso é que até hoje ela é imitada nos quatro cantos do planeta.

Taís Brem

Cala-te, boca!

Evoluindo de xingamento a elogio, palavrões estão na boca do povo, mas ainda são mal vistos

Foto: Divulgação
Popularidade não aliviou má fama dos “nomes feios” (Foto: Divulgação)

Se antes era senha para um bom tapa na boca, hoje já não é tão feio assim. Falar palavrão está na moda. E nessa moda, nomes que acumularam má fama ao longo da história já não são utilizados apenas para descarregar a língua em xingamentos. Eles viraram sinônimo de adjetivos comuns, usados no dia a dia. E estão mais populares do que a gente costuma perceber.

Exemplos? Dizer que você foi a uma p*t* festa, significa que sua saída do fim de semana foi, a nada menos, que a um baita evento. Falar que aquele autor que você adora escreve bem pra c*r*lho, é elogiá-lo por sua capacidade ímpar de colocar as palavras no papel. E o tal do “ligue o f*d*-se” não passa de um conselho para levar a vida de forma mais light e desencanada. A maior prova de que isso não é balela, é que grandes são as chances de você ter lido essas expressões em seu sentido completo, como se os asteriscos não existissem.

Mãe de dois filhos – um de 17 e um de 20 –, a funcionária pública Mariza Cruz, 35, diz acreditar que esse “vocabulário pop” tem a ver com a inversão de valores da sociedade moderna. “Tudo o que circula na mídia, se torna ‘moda’”, disse. “As músicas, entre outros meios, estimulam o uso desse tipo de palavras, assim como o uso de drogas e outras coisas mais graves. Espero que meus filhos não se contaminem, mas não é fácil. Às vezes, ouço conversas dos meus primos, por exemplo, que têm entre 14 e 18 anos, e é assustador”.

Bruna Soares (Foto: Arquivo Pessoal)
Bruna costuma policiar o hábito (Foto: Arquivo Pessoal)

Pelo discurso, é possível que Mariza também ficasse incomodada se ouvisse uma conversa da vestibulanda Bruna Soares, 19, com sua turma. Bruna diz achar normal falar palavrão. “Mas, depende com quem, porque tem uns que eu acho meio pesados para se falar e, de vez em quando, dependendo do ambiente ou das pessoas que estão comigo, eu cuido pra não falar”, ponderou. Os pais de Bruna – o publicitário Paulo e a bancária Marta – estão entre as pessoas que ela considera inadequadas para ouvirem seu palavreado liberal, embora não lembre de ter recebido nenhuma correção deles nesse sentido. “Não lembro de me corrigirem, mas, também, não fico me cuidando. É normal não falar para eles”.

O analista e desenvolvedor de sistemas Robson Hellebrandt, 24, assume, numa boa, que fala palavrão em seu dia a dia, entretanto, como Bruna, ele também estipula restrições. “Não uso para ofender ninguém. Geralmente, é para intensificar alguma novidade, um fato que me emociona ou conquista. Muitas vezes, nos meus encontros com amigos, usamos bastante essa linguagem, mas sempre no intuito de intensificar a emoção do momento. Faz parte, infelizmente”, disse. Ao ser questionado sobre o porquê da palavra “infelizmente” para justificar seu hábito, Hellebrandt explicou: “Acho que posso parecer pouco confiável por, às vezes, me valer de palavrões para expressar algo. Considero que seja uma forma um pouco ‘suja’ de se expressar, que não passa credibilidade”.

"O que é ofensa para uns, não é para outros", disse Daniela (Foto: Taís Brem)
“O que é ofensa para uns, não é para outros”, disse Daniela (Foto: Taís Brem)

Embora tenham adquirido uma aparência mais natural ao longo dos anos, os chamados “nomes feios” não conseguiram, ainda, se desfazer completamente de seu lado negativo. Porém, é provável que esse quadro esteja mudando. “O que é uma ofensa para alguns, em certo contexto, para outros, em outro contexto, é algo natural. Isso acontece, porque a palavra não possui um significado fixo; ela toma diferentes significados, por meio do uso que os falantes fazem dela”, explicou a jornalista e mestra em Linguística Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Católica de Pelotas (PPGL/UCPel), Daniela Agendes, 25. “É uma questão sócio-cultural. Talvez, seja uma forma de os falantes se integrarem e se identificarem a um determinado grupo, através do uso que fazem da língua, como se o uso do palavrão de forma diferenciada fosse um requisito para fazer parte daquele grupo”.

Punição a R$ 1
Quem não admite essa mudança sócio-cultural e não quer entrar na onda, deve se policiar. E policiar, também, aos seus. Na casa do fotógrafo Nauro Júnior e da jornalista Gabriela Mazza, esse policiamento teve de partir para o lado punitivo. E pasmem: quem controla a punição, não é o pai, mas a filha do casal, a pequena Sofia, de oito anos. “A coisa surgiu meio que naturalmente. Eu sempre falei muito palavrão, faz parte de meu vocabulário. Meus pais já me cobravam muito em casa e, quando a Sofia, nasceu a Gabi pediu para eu dar uma maneirada. Quando ela começou a falar, lá pelos dois anos, notamos que, às vezes, ela repetia alguns palavrões”, contou Nauro. A tática de dizer a Sofia que “falar palavrão é feio”, por si só, não funcionou. Afinal, ela argumentava que “se o papai podia falar, ela também podia”. “Foi quando a Gabi disse que, a cada palavrão que o papai falasse, teria que pagar um real pra ela. Ela adorou e, além de não dizer palavrão, fica me controlando o tempo todo. Até nas minhas palestras, quando ela vai junto, fica anotando quantos palavrões eu falo e depois me cobra. Se eu estiver conversando com alguém, não interessa quem for, e falar algum palavrão, ela começa a anotar pra me cobrar. Aí, eu tenho que explicar para a pessoa sobre a brincadeira, então prefiro me cuidar e falar menos”, afirmou o fotógrafo.

Se o objetivo era mesmo melhorar a qualidade do vocabulário na família, pelo jeito, está funcionando. “Além de ser cobrado o tempo todo em público, ainda tenho prejuízos. Geralmente, tenho que negociar com ela, porque falo muito mais palavrões do que posso pagar. Ela tem três cofrinhos cheios e, agora, fomos para a Bahia e ela conseguiu até comprar lembrancinhas com o meu dinheiro”. Na verdade, dinheiro dela, honestamente adquirido com seu dedicado trabalho de fiscalização.


Taís Brem

A cerveja da gatinha

Nada de loiras sensuais ou propagandas apelativas; o novo lançamento em cervejas atende pelo nome de Hello Kitty

Produto só está sendo vendido na China, por enquanto (Foto: Divulgação)
Produto só está sendo vendido na China, por enquanto (Foto: Divulgação)

Um desenho mimoso, de traços simples e identificação certa com a maioria das meninas – da primeira infância até a fase adulta, em alguns casos. Mas, suas características fofas, conhecidas no mundo inteiro, não fazem da personagem japonesa Hello Kitty apenas um motivo de ilustração para festas infantis ou agendas pré-adolescentes. Numa estratégia ousada, a empresa Long Chuan, de Taiwan, lançou uma série limitada de cervejas com a marca da gatinha. Por enquanto, o produto está disponível apenas a consumidores chineses.

De acordo com a empresa – que tem licença da Sanrio, controladora da marca Hello Kitty, para produzir a cerveja –, a bebida terá baixo teor alcoólico (2,3%) e sabor de frutas (banana, limão, maracujá e pêssego). O lançamento pode ser um atrativo para os fãs adultos da personagem criada em 1974 pela designer Yuko Shimizu. Entretanto, para alguns pais, não deixa de ser uma tática que gerará confusão na cabeça das crianças. Afinal, a embalagem até parece com a de um suco. E, com a figura da Hello Kitty estampada, torna-se ainda mais apelativa.

A jornalista Viviane Retzlaff é mãe de uma garota de seis anos. Tanto ela quanto a filha dizem adorar a personagem, porém, para Viviane, a associação com uma bebida alcoólica é inadequada. “Eu não compraria essa marca para não induzir minha filha a consumir algo que não gera saúde. A criança adquire os hábitos e a visão de mundo pelo exemplo dos pais”. Especialista em Comunicação e Marketing, Viviane diz acreditar que vê o lançamento da cerveja da Hello Kitty como uma tentativa da marca em influenciar os pais às compras por meio das crianças, além, é claro, de fidelizar futuros consumidores desde cedo.

Também jornalista, Felipe Nyland, 25, ainda não é pai. Mas, demonstra preocupação com a irmã, que tem sete anos e é fã da gata branca. “Minha irmã ama a personagem”, disse. “Eu não compraria, pois isso pode levar uma criança a querer provar o produto, só porque é da Hello Kitty”.

Lucro fácil
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Os pelotenses podem até não ter gostado da ideia da cerveja. Mas, a Sanrio aposta que será bem-sucedida também nesse ramo. Se assim for, a empresa acrescentará mais uns trocados aos 900 milhões de dólares que embolsa anualmente com seus mais de 20 mil produtos licenciados, o que inclui jogos, bichos de pelúcia, roupas, acessórios, telefones celulares e cosméticos.


Taís Brem

Um novo post

Eu não tive nenhuma outra idéia melhor que essa para um título de um novo post a não ser “um novo post”. E é óbvio que ele teria de ser de frases. Trata-se de uma compilação de algumas declarações de celebridades (ou pseudo-celebridades), umas mais recentes, outras nem tanto assim. Com a correria do dia a dia e o twitter, que simplifica muito o que se quer falar na web, tenho andado meio em falta. Mas pretendo voltar. Esse, então, é o novo primeiro passo! =)
Taís Brem

“As crianças pedem autoridade. Essa coisa debatida com os estudiosos de educação de deixar a criança fazer tudo não é uma demonstração de amor. Ao contrário, amor é dizer ‘não pode’, o que é mais difícil.
Wagner Moura,
ator, sobre educação infantil. A opinião vem bem a calhar no dia em que o presidente pretende assinar um projeto de lei contra as palmadas…

“Sou a voz da Globo no esporte nos últimos 30 anos. Isso é uma coisa que pesa muito, para o bem e para o mal. Mas tenho a exata noção dos limites”.
Galvão Bueno,
narrador.

“Namorarei, noivarei e casarei quantas vezes forem necessárias, até encontrar meu verdadeiro amor”.
Thammy Miranda,
filha de Gretchen, ao dizer que pretende seguir o “exemplo” de tentativas amorosas da mãe. Recentemente, Thammy acabou um relacionamento homossexual com Jenifer Ferracini.

“Sinceramente, achava o Saramago parecido com o Pelé: bom no que faz, desde que calado”.
Dado Schneider,
comunicador, opinando, via twitter, sobre o escritor português, morto mês passado.

“A gente tinha dito que numa das danças terminaríamos com um selinho para mostrar que não temos pudor”.
Renato Zóia,
instrutor de Ana Maria Braga no quadro “Dança dos Famosos”, do Domingão do Faustão, sobre o final estratégico que levantou rumores sobre um possível caso entre os dois. Sem pudor? É, eles conseguiram mesmo atingir o objetivo.

“Ele só sabe dizer que a filha é linda, que tem o bumbum e as perninhas definidinhas, iguais às da mãe “.
Assessora da Scheila Carvalho,
sobre a opinião de Tony Salles, marido da dançarina, a respeito de Giulia, a filha recém-nascida dos dois.

Boca cheia

“Nós fizemos um acordo: se ela largasse a chupeta, ganhava um sapato de saltinho. Agora, ela não quer saber de outro tipo”.
Márcia Otero,
secretária, revelando a chantagem que ela e o marido fizeram com a filha Luana, de 3 anos. A menina é tão vaidosa que não dispensa itens como batom vermelho e camisola de seda. “Não medimos esforços porque achamos que vaidade tem de vir desde pequena”, diz a mãe. Sábios, não?

“Ele não me ama mais”.
Tessália,
ex-BBB, reclamando do período em que Michel, o “namorado” que conseguiu na casa, não respondeu a seus tweets. E será que algum dia ele amou?

“A Rita Cadillac não sabe dirigir. Mal e mal sabe dirigir a vida dela…”.
A própria Rita,
ex-chacrete, falando sobre si mesma.

“Sempre me senti agoniada. Até hoje não conheço a paz”.
Pitty,
cantora, com suas inquietações.

“A mídia transformou o Carnaval em um desfile de bundas e peitos. Se a gente não tomar cuidado, um dia a ala de baianas vai ser formada por mulheres de 20 e poucos anos, malhadas e peladas”.
Wagner Tavares,
diretor de Carnaval da Imperatriz Leopoldinense, irritado com a invasão das beldades de ocasião na passarela.

“Não tenho amigos. Não consigo. Eu tentei, uma vez. Mandei um ‘olha, amiga, que lindo meu esmalte’. Mas não funcionou. Ninguém gostou do meu esmalte. Era azul-escuro”.
Mallu Magalhães,
cantora.

“Jesus estava nu em momentos fundamentais de sua vida. Quando nasceu estava nu, quando foi crucificado estava nu e quando ressuscitou, ele deixou suas roupas sobre o túmulo e estava nu. Se Deus nos fez deste jeito, como isso pode ser errado?”.
Allen Parker,
pastor da comunicade nidista de Whitetail, numa desculpa esfarrapada para sua falta de temor. Ah, sim, você entendeu bem: além de receber pelados para as reuniões, ele também prega desnudo.

Mais do mesmo

Para diferenciar da versão infantil, agora, o desenho é no estilo japonês, à moda mangá. E os seus protagonistas cresceram. Em vez das briguinhas que separavam meninos da meninas, por causa dos hormônios à flor da pele, neste momento, a preferência fica por programas que os deixem mais perto “umas dos outros”. Tá achando que já leu este post por aqui? Engano seu! Não, não se trata de uma apresentação da revista Turma da Mônica Jovem. O conteúdo é muito parecido, mas o título remete a outro clássico de nossas memórias de criança: Luluzinha Teen. O gibi com a nova fase da garota e sua turma foi pras bancas hoje, em todo o Brasil.

luluteen

Pelo que vi das prévias, a revistinha nova vem cheia de mensagens que subliminarmente impulsionam a criança a querer crescer mais rápido que o conveniente. Afinal, não creio que serão os jovens o público que a Editora Ediouro realmente acertará em cheio. Portanto, exemplos “da hora” não faltarão para os pequenos curtirem e seguirem.
A galera do gibi é chegada a uma boa paquera, a umas boas compras no shopping e a uma boa surfada, seja ela em cima de uma prancha ou na internet. Normal, né? Como explica Daniel Stycer, editor-chefe dos novos quadrinhos “ninguém, aos 15, 16 anos, é exatamente da mesma forma de quanto tinha 7. A modificação é natural”. Então, tá bom.

Nas notícias que permeiam o lançamento de Luluzinha Teen, apareceu na mídia, inclusive, uma entrevista com Maurício de Sousa, o rival. Ele disse ter achado que até demorou para surgir algo do gênero, claramente disposto a competir com sua turminha. Entretanto, em vez de se preocupar somente em vender mais que Lulu, diz ele que a Mônica estará com foco, primeiro, em ser de melhor qualidade. Será que consegue?

Taís Brem

 

Yes!

 

“Olha, a coisa está preta, as orações têm dado certo, continuem rezando por mim”.

José Alencar, vice-presidente da República, apelando pelas preces do povo brasileiro em razão do câncer contra o qual luta há anos.

 

“Minha família está acima de tudo. Nenhum filme poderá me dar as alegrias que tenho como pai”.

Brad Pitt, ator americano, sobre o valor que dá ao relacionamento familiar.  Recentemente, Pitt revelou que pensa em oficializar a união com Angelina Jolie por causa dos seis filhos do casal.

 

“Adoro gays, mas prefiro que o meu filho seja macho”.

Claudia Leitte, cantora, grávida de sete meses.

 

“Pensando bem, acho que ela [Marina] tem muito bom gosto, porque a Gal é uma grande cantora”.

Roberta Sá, cantora, opinando sobre o relacionamento homossexual que as colegas Marina Lima e Gal Costa tiveram na década de 70.

 

“Estava na cara que Barack Obama ganharia a corrida à Casa Branca. Você já viu queniano perder corrida?”.

Milton Neves, jornalista e publicitário, sobre o presidente eleito dos EUA.

 

“Acho que há outras pessoas com aptidões educativas muito melhor que as minhas”.

George Clooney, ator americano, dizendo que, embora mantenha seu apoio às causas beneficentes na África, não está em seus planos adotar crianças de lá.

 

“A reencarnação é a maior idiotice que a imbecilidade humana conseguiu imaginar. E muitos caluniam ao dizer que Bíblia defende a reencarnação. Isso é bobagem”.

Oscar Gonzalez Quevedo, o parapsicólogo padre Quevedo, sobre a reencarnação.