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Rock and roll cor-de-rosa

 *Escrito originalmente em 30/05/11

Em sã consciência, um vidro de esmalte cor-de-rosa choque nunca estaria entre minha coleção de mimos para as unhas. Em sã consciência, um DVD de rock and roll de verdade, daqueles pesados mesmo, nunca preencheria os requisitos para fazer parte da minha coleção de musicais. Leia-se “sã consciência”, neste caso, não apenas como o andamento normal da minha própria mente, mas como a ordem natural de todas as coisas ao meu redor. E, sim, tudo nos últimos dias tem estado fora dessa ordem.

Há quem diga que é exagero. Amigos e colegas que já passaram por isso dizem que depois que tudo acabar, eu vou ver que nem precisava ter me preocupado tanto. Pois bem. Mas ainda não acabou. E, às vezes, a bem da verdade, tenho a impressão de que nem começou direito! Sabe quando as coisas parecem não sair do lugar? Por vezes, sinto que está assim. E olhando para as minhas unhas pintadas de rosa há mais de uma semana, tudo se confirma: a ansiedade é tanta que não tenho tido tempo nem de trocar o esmalte – para algo mais sóbrio e condizente com minha personalidade –, nem de mudar o disco – para algo mais tranquilo, equivalente a uma trilha sonora digna de comer ou dormir em paz, por exemplo. Quando me dei conta disso, confesso que me assustei.

Mas foi semana passada. Já fiz as mudanças necessárias para me sentir mais normal comigo mesma. Nas unhas, agora o protagonista é um verdinho claro, meio bebê. E no som de casa… Bem, o rock pesado do Oficina G3 já voltou para lá, mas não sem antes dar um tempo para que a Nívea, o André, a Ana Paula e o pessoal do Diante do Trono pudessem dar o ar de sua graça. E a ansiedade? Continua, embora o prazo de entrega do Trabalho de Conclusão de Curso, o temido-famoso TCC, tenha mudado de 06 para 10 de junho. Acho que só vou acreditar que o que meus conhecidos falam é mesmo verdade quando minha consciência receber de volta sua respectiva sanidade. Quando quiser vir, será muito bem-vinda.

Taís Brem

 

Aham

 

“Quem faz a minha cabeça é Jesus Cristo”.

Tavares de Miranda, colunista social da Folha de S. Paulo, respondendo, em 1983, à enquete do caderno Ilustrada que perguntava quem mais fazia sua cabeça: o cantor Caetano Veloso ou o jornalista Paulo Francis. Pelo jeito, nenhum nem outro.

 

“Festa de estréia, depois de uns champanhes, numa casa noturna classe A da capital do Rio de Janeiro é bem diferente de porradas diárias de um troglodita bêbado que bate na mulher num barraco no interior do Piauí”.

José de Abreu, ator, tomando as dores por Dado Dolabella e pedindo que Luana Piovani retire a queixa por agressão que prestou contra o noivo na delegacia. Abreu considera um exagero encaixar a confusão nos moldes da Lei Maria da Penha.

 

“Isso é coisa de gente que vai precisar viver mais trinta vidas para aprender a respeitar o próximo”.

Rubens Barrichello, piloto, respondendo a um repórter sobre o que pensa das piadinhas feitas a seu respeito.

 

“É como se a gente tivesse tido uma juventude maravilhosa, aí veio a revolução e, de repente, a gente se encontra através dos arames do campo de concentração, olhando um para o outro, fazendo o que mandam a gente fazer”.

Luís Gustavo, ator, comentando como se sente ao contracenar com atrizes como Ana Rosa e Débora Duarte 40 anos depois da novela ”Beto Rockfeller”, considerada uma marco na tv brasileira. Para Gustavo, atualmente, está “insuportável” fazer televisão.

 

“Minha ex-namorada assistiu ao filme e do que ela mais gostou foi da minha cena de sexo com a atriz Gabriela Luiz. A minha ex-namorada ama meu corpo e, quando me viu nu, ficou maluca”.

Michel Gomes, protagonista do filme Última Parada 174. Nada convencido…

 

“Quero deixar para cada leitor a certeza de que eu também sei que Jesus não nasceu exatamente no dia 25 de Dezembro, mas tudo o que pudermos fazer para declarar o nosso amor pelo Senhor e usarmos como ferramenta de fé e evangelismo, deve ser feito”.

André Valadão, pastor e músico gospel, defendendo seu lançamento intitulado Clássicos de Natal. A proposta de Valadão no novo cd contradiz alguns setores da igreja evangélica – leia-se o que eu pertenço – que consideram o Natal comemorado no Ocidente uma festa pagã.

 

“A Record não tem um ambiente neurótico como lá [na Globo], ninguém fica dando ataques e chiliques, não se infla o ego das pessoas, todo mundo é igual”.

Luiza Thomé, atriz, elogiando a nova casa e criticando a antiga. Sem neuroses? Então, tá bom…

 

 

Sim, sim, sim!

 

“Se ela é crente, eu sou o Espírito Santo”.

André Valadão, pastor e músico gospel, criticando abertamente, durante o Confra Jovem 2008, a postura pseudo-evangélica de Joelma, da banda Calypso.

 

“As comparações são indignas, inaceitáveis e grosseiramente discriminatórias, tudo ao mesmo tempo”.

Tucker Bounds, porta-voz da campanha do candidato à presidência dos EUA John McCain, criticando a cantora Madonna pela performance apresentada no show de sua nova turnê. A “diva do pop” mostrou um vídeo que compara McCain com o ditador Adolf Hitler e Obama, seu adversário, com o pacifista Gandhi.

 

“Eu sou uma mulher sem cultura, que só quer ganhar o seu dinheiro e voltar para casa”.

Taty Quebra-barraco, funkeira.

 

“Uma freira santa, inteligente, mas também bonita, pode contribuir muito para a missão evangelizadora e da pastoral juvenil”.

Antonio Rungi, sacerdote italiano, justificando o lançamento de um concurso na internet que escolheria a freira mais bonita do país. A iniciativa foi suspensa momentaneamente devido às críticas que o sacerdote recebeu. Ele chegou a ser ameaçado de ir para o inferno por isso. Ai, ai, ai.

 

“Fiquei sabendo que você tem uns 80 anos. Você é idoso”.

Maisa Silva, 6 anos, apresentadora do programa do SBT “Sábado Animado”, numa conversa espontânea com o patrão Silvio Santos. Na verdade, ele tem 77 anos.

 

“Nunca temo pela minha vida. Melhor a adrenalina. Quando os semáforos vermelhos da largada se apagam e os motores gritam, não sinto mais nada, é como se descesse o silêncio”.

Lewis Hamilton, piloto inglês, atual líder do Mundial de Pilotos e número um da McLaren.

 

“Estou aqui como uma esposa que ama o marido e acredita que ele será um líder extraordinário”.

Michelle Obama, mulher do candidato à Casa Branca, Barack Obama, em seu discurso na Convenção Democrata.