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Falou, tá falado!

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Rita Cadillac

“Foi praticamente um coma alcoólico”.
Rita Cadillac,
ex-chacrete, ao confessar que o ramo dos filmes pornográficos não deu certo para ela, porque precisava beber demais para completar as atuações sem culpa.

“Se pudesse desejar uma coisa pra humanidade, desejaria que toda mulher tivesse parto normal”.
Carolina Dieckmann, atriz.

“Pô, é a quarta vez que leio alguém dizer que quer um Brasil descente. Eu quero é subinte! E decente”.
Luciano Pires, jornalista, indignado com os posts com erro de português no Facebook.

“Eu oro por ela”.

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Baby do Brasil

Baby do Brasil, cantora e pastora, surpreendendo Marília Gabriela ao responder a pergunta: “Você gosta da Lady Gaga?”.

Uma novela é sucesso quando desperta sentimentos fortes: amor, ódio, vale tudo. Só não vale indiferença”.
Glória Perez, escritora.

“Tem dias que prefiro homens, tem dias que prefiro mulheres. Eu me relaciono com pessoas, não com rótulos”.
José de Abreu, ator, abrindo suas escolhas sexuais.

“Acho incrível como o cantor de uma banda chamada Ratos de Porão se tornou um ídolo mirim”.
André Barcinski, jornalista, sobre João Gordo. Barcinski está trabalhando na produção da autobiografia do músico.

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Johnny Depp

“Quando fico coberto por maquiagem, é mais fácil olhar para outra pessoa. É mais fácil olhar para o rosto do outro do que para o próprio. Acho que é assim com todo mundo”.
Johnny Depp, ator, que ficou famoso por interpretar personagens que exigiam uma grande descaracterização de sua aparência natural, como no filme “Edward Mãos de Tesoura”.

“Não quero mais dirigir, porque prefiro beber”.
Zeca Pagodinho, cantor, ao demonstrar como equilibra sua paixão pela cerveja e sua consciência a respeito da segurança no trânsito.

Taís Brem

Mais do mesmo

O telespectador postou no Facebook que estava assistindo à morte do Tião Galinha na TV. Não, ele não estava contando aos amigos o sonho que teve durante o soninho da tarde. Estava assistindo ao Canal Viva, canal da televisão paga, pertencente à Rede Globo, que se destina a transmitir reprises de programas da emissora, principalmente novelas. No caso mencionado na rede social, tratava-se de Renascer, de Benedito Ruy Barbosa, exibida originalmente em 1993.

A ideia da Globo foi boa. Afinal, sabe-se que sempre há uma audiência garantida para esse tipo de programação. Quem não gosta de reassistir algo que foi marcante em sua vida? Acontece que, ultimamente, até quem não acha que valha a pena ver de novo tem tido poucas opções para fugir do “Hum… Acho que já vi essa cena antes…”.

Sim, os remakes e as reprises estão na moda e estão com tudo. Nessa onda, já voltaram com nova cara à telinha “O Astro”, “Gabriela”, “Ti-ti-ti”, “Guerra dos Sexos”, “Dona Xepa”, “Saramandaia”, “Carrossel”… E seguem reprisando clássicos da TV mexicana que a audiência já cansou de ver – que o digam a série de folhetins das “Marias” interpretadas por Thalia Ariadna e a dupla Chaves e Chapolin Colorado.

Alguém pode protestar que o método só segue sendo executado porque está sendo tão divertido para os olhos dos telespectadores quanto é rentável para o cofre das emissoras. O povo gosta. Fica apenas a reflexão se os milhares de comunicadores e afins que as faculdades jogam para o mercado todos os semestres não têm a criatividade necessária para inovar e arriscar um pouco mais. O exemplo não se resume a novelas e seriados. Outros formatos de programas, de entretenimento a noticiários, são copiados tal e qual de TV’s estrangeiras. Uma vez ou outra, tudo bem. Mas, o significativo aumento dessas ocorrências chega a ser sofrível, deixa implícito que a capacidade dos profissionais da mídia televisiva brasileira não tem sido usada a pleno. Não precisa abusar tanto assim da famosa máxima “Nada se cria, tudo se copia”.

A contribuição dos enlatados

Em sua maioria importadas dos Estados Unidos, até as séries têm contribuído, ultimamente, para reforçar o ar de falta de criatividade na TV. A primeira vez que notei o debate em uníssono deve ter ocorrido mês passado. O senhor Drummond, da família protagonista de “Arnold”, fazendo o possível e o impossível para esconder sua idade real e, assim, conquistar uma namorada mais nova. Tal qual um dos personagens principais de “Três é Demais”. Depois, a abordagem hilária do conflito de gerações passou para os filhos mais velhos de Drummond: tanto a garota quanto o garoto fingiram ser mais velhos para fazer bonito com seus pretendentes. Tudo isso em episódios diferentes, se é que se pode usar essa expressão.

Na última semana, foi a vez de “Eu, a Patroa e as Crianças” e “Um Maluco no Pedaço” se combinarem para mostrar ao público a saga dos adolescentes que sofrem bullying na escola e acabam vendo seus pais se engalfinhando para defendê-los. De novo, a mesma história; só mudou o endereço.

Os exemplos podem ser fruto de planejamento. Talvez na tentativa de reforçar uma espécie de marketing social na cabeça das pessoas (eles podem ser fãs de Glória Perez, por que não?).

Enquanto isso, a ideia segue sendo executada. As novas Chiquititas, que estrearam nessa segunda-feira (15), são um ótimo convite para quem está gostando da brincadeira.

Taís Brem

Texto publicado também no Observatório da Imprensa

Vai acabar! Aleluia!

Eu poderia até dar uma de crente e dizer que tudo que sei sobre a Índia se resume à sua 22ª posição na lista dos 50 países mais intolerantes ao cristianismo, o que a faz um lugar de extrema miséria bem diferente do que a mídia tem mostrado, onde cristãos são brutalmente torturados, acusados falsamente e presos sem motivo, onde milhares de pessoas sofrem com o aumento da violência por parte dos extremistas hindus, etc, etc e tal. Mas, além de me destacar um pouquinho dos cerca de 90% de cristãos brasileiros que sequer sabem o que é uma igreja ser perseguida por seguir a Cristo, eu estaria contribuindo para aumentar a lista dos mentirosos.

Sim, tudo o que escrevi acima é verdade e nossos irmãos indianos sofrem mesmo, até muito mais do que isso. Mas, não, não é apenas isso que sei sobre a Índia. Por culpa do folhetim que até amanhã ocupa o horário nobre global, já posso dizer que conheço um pouco mais da cultura indiana, ainda que nunca tenha colocado os pés na terrinha nem tenha aberto as portas da minha casa para ver o que se passava na telinha durante a exibição de “Caminho das Índias”. É que saber do que eles (os personagens) fizeram e deixaram de fazer foi inevitável. Todo mundo, em todo o momento e em todo o lugar nesse universo que chamam de real falou disso: no ônibus, no ambiente de trabalho, na rua, na chuva, na fazenda… Só a igreja, graças a Deus, escapou! E não dá nem pra colocar a culpa nos últimos capítulos. No início, o assunto era só esse, porque todos queriam saber se Glória Perez estava só engambelando a audiência ou tinha realmente algo mais a desenrolar do que o que sempre faz quando aborda uma cultura internacional em seus enredos. E depois, comprovado que a história era diferente (se é que realmente era), a coqueluche tomou conta do Brasil.

Mérito da noveleira por ter emplacado mais um sucesso ou ponto a menos pros telespectadores que se iludiram pensando que esse tipo de coisa mudaria a vida deles em algum sentido? Não sei. Limito-me a dizer que não ter visto a atração não aumentou sequer um milímetro na minha estatura. E talvez até tenha me deixado um pouco fora do padrão. Mas, tudo bem, não é o fim. Esse, com certeza, não é um motivo para eu me atirar no Ganges ou arder no mármore do inferno. Ops, desculpa a ignorância! Essa última frase era do núcleo marroquino de uma outra novela. Me perdi nos bordões, não é a minha. Melhor ficar com as orações pelos indianos que realmente precisam da nossa audiência.

 Taís Brem