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Elas não me representam


O conjunto de xícaras e pires que sua avó usava, a imagem do brinquedo que fazia sucesso entre seus coleguinhas ou a letra da música que fazia todo mundo dançar empolgadamente. Há inúmeras publicações nas redes sociais que, muito mais que provocar boas lembranças, fazem surgir, sobretudo nos remanescentes que foram crianças nos anos 1980 e 1990, uma agradável sensação de pertencimento.

É comum presenciar quem, ao se deparar com essas coisas, comece a puxar mais uma lista de símbolos que marcaram sua geração. As respostas ao clássico “O que você quer ser quando crescer” são um exemplo. Lembro que, nosso sonho, como meninas, variava entre ser professora, médica, bailarina e, é claro, o trio-maravilha “modelo-cantora-e-atriz”. Difícil achar quem não se identificasse.

Isso me faz ficar um tanto boquiaberta quando vejo ou escuto declarações como a que a ex-panicat Dani Bolina prestou semana passada, revelando que, desde pequena, sempre sonhou em sair pelada na capa de uma revista masculina. Dani nasceu em 1984, como eu. E, a menos que tenhamos crescido em ambientes estratosfericamente diferentes, não consigo achar nisso nenhuma concordância. É como se eu e a moça em questão fôssemos de planetas totalmente estranhos, ainda que se considerem os fatores culturais, familiares, éticos e tal. O só mencionar as “revistas de mulher pelada” no meu contexto era, no mínimo, assunto-tabu. Sair na capa delas, então… Totalmente impensável! Eu nunca conheci quem, naquela idade, quisesse fazê-lo.

Talvez, as crianças com quem convivi eram mais atrasadas ou mais reprimidas. Mas, quando essas personalidades aparecem lançando pérolas como essa na mídia, é de admirar. Não exatamente pelo fato do “sonho” em si, porque a declaração de Dani não é nada exclusiva. Confesso que fiquei bem mais apavorada quando Andressa Soares, a Mulher Melancia, disse o mesmo lá por 2008. Contudo, de lá para cá, até Flávia Alessandra já confessou aspiração semelhante. O susto fica mesmo por conta do rótulo. Os colegas jornalistas poderiam usar expressões do tipo “desejo proibido”, “aventura que esperava realizar” ou até “projeto a longo prazo para ganhar dinheiro fácil”. Mas, “sonho de criança”? Soa quase como um atentado ao pudor! E isso porque nem a alegação do nu artístico cola para quem ainda não entende a diferença entre a mão esquerda e a direita. Por acaso, há criança tão evoluída que compreenda a diferença entre alguém que aparece pelado vulgarmente numa foto e alguém que posa sem roupa por motivos puramente profissionais? Poupem-me! Se isso foi moda em algum momento na nossa infância, eu e minha turma perdemos o bonde. Definitivamente, essas moçoilas não me representam.

Taís Brem

Pitaco

 

“Não estou tirando dinheiro do bolso das pessoas que me criticam, mas de um homem que tem muito”.
Rosane Collor, ex-primeira dama, sobre a famosa (e criticada) declaração de que a pensão de R$ 18 mil que recebe de Fernando Collor de Mello é muito pouco.

“Não existe homem fiel. Pra que se enganar?”.
Silvia Alves, uma das mulheres de Wagner Domingues da Costa, o funkeiro Mr. Catra, concordando com a vida poligâmica do bonitão…

“A gente não pode ir contra a nossa natureza. Sobrenatural, só Deus”.
Mr. Catra, o próprio.

“Nunca tive atração por criança, sou daquelas que vê passar o carrinho de bebê e não faz gracinha.”
Vera Zimermann, atriz.

“Meu trabalho está em primeiro lugar porque é dele que consigo meu sustento.  Família está acima disso, não tem lugar”.
Humberto Martins, ator.

”Sou meio pão duro para comprar roupas muito caras para ela. Ela perde rápido”.
Ticiane Pinheiro, modelo, sobre sua economia com as roupas da filha Rafaella.