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Assim, assim

 

“Já ouvi até que o Pelé é mais famoso que Jesus Cristo”.

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, comentando sua popularidade em entrevista à Veja. Convencido? Ele explica: “Mas não sou eu que digo isso, viu? Ouvi de um jornalista japonês. Depois que os Beatles disseram que eram mais famosos que Cristo, começou a desgraça e o grupo acabou”. Ah, tá…

 

“O homem ficou irritado e perguntou: ‘Você é o dono do mundo?’. Respondi: ‘Sou não. Sou só o zelador’”.

Carlinhos Brown, músico, comentando sua postura ecológica ao chamar atenção de um senhor que jogou uma lata de cerveja pela janela do carro.

 

“Todos os caras com quem eu cresci, exceto os que casaram e tiveram filhos, ainda estão traficando drogas e se comportando como idiotas. Há um criminoso a menos porque eu peguei a guitarra”.
Noel Gallagher,
da banda Oasis.

 

“Tenho parte em 70% das músicas dele. Sabe o que é o marido o dia inteiro no violão, téim, téim, téim, atrás de uma palavra? Pois eu ia lá e achava a palavra”.

Paula Lavigne, empresária e ex-mulher de Caetano Veloso, garantindo que foi parte fundamental na construção do sucesso dele.

 

“Ninguém pode pensar hoje que casou por toda a vida. As crianças perceberam isso. Pela minha experiência, quando os pais resolvem bem a situação entre eles, os pequenos não estão nem aí. São fortes, adaptam-se”.

Maurício de Sousa, cartunista e pai da Turma da Mônica, numa filosófica reflexão sobre separação de pais. E olha que ele entende “tudo” de crianças…

 

“Aqui vocês não vão encontrar só índios. Aqui também tem gente bonita”.
Gedeão Amorim, secretário de Educação do Amazonas, apresentando o estado com uma declaração pra lá de infeliz a 192 estudantes do Projeto Rondon.

 

“Filho da mãe não tem direito a visita. Aqui, mãe só vê filho com autorização judicial. Muitos vão para o crime porque a mãe não tomou atitude quando eles eram crianças. Depois que o cara vira bandido a mãe vem visitar?”.

José Magalhães, delegado, considerado o profissional mais famoso do gênero na Bahia, justamente pela fama de durão. Já dá pra ter uma ideia.

 

Abrindo o verbo (e o ano)

 

“Você tem de ser artificial, não tenho medo algum de dizer. Nada que é natural sobrevive dentro desse tubo de elétrons”.

Marcelo Tas, jornalista, sobre o comportamento de quem trabalha na televisão.

 

“Chegou ao cenário americano como um trovão, realocou nossa política, fez em pedacinhos décadas de sabedoria convencional e superou séculos de ordem hierárquica social”.

Revista Time, explicando a vitória de Barack Obama no prêmio Personalidade do Ano de 2008. No ano anterior, o vencedor foi o então presidente russo Vladimir Putin.

 

“Muita gente me fala que tem medo da Flora. Deviam ter medo é de mim”.

João Emanuel Carneiro, autor da novela “A Favorita”, da Rede Globo, explicando que se inspirou em si mesmo para criar a vilã interpretada por Patrícia Pillar. Credo!

 

“Não podemos dar a impressão de que há dois governos conduzindo a política externa americana”.

Barack Obama, presidente eleito dos EUA, explicando porque não pretende agir na questão da Faixa de Gaza antes de tomar posse. Bem óbvio, diga-se de passagem.

 

“Na cultura islâmica, atirar o sapato em uma pessoa é o grau mais alto de ofensa que se pode proferir ao outro. Aquele jornalista mostrou que, para muitos cidadãos daquele país, o presidente americano merece tratamento pior que o de um cão sarnento”.

Marcelo Ambrósio, jornalista, comentando o ato do colega iraquiano em repúdio ao presidente dos EUA, George Bush, em dezembro.

 

“Aqui, como é muito calor, se alguém tirar o sapato a gente vai perceber antes de jogar, por causa do chulé”.

Lula, presidente do Brasil, durante a Cúpula da América Latina, México e Caribe, ironizando o episódio com Bush.

 

 

 

Eles deram o que falar

 

Quem me conhece um pouco, ainda que apenas via blog, deve saber que amo frases. Procurar, ler, compilar… Enfim. Desde o mês de julho, quando comecei a escrever esta página, até a última postagem do ano de 2008, publiquei 342 delas sobre os mais variados assuntos e que tirei dos mais variados lugares! Neste post, então, vou relembrar algumas delas, separadas pelos temas que achei mais legal comentar. Talvez ele seja até meio extenso, porque vai ser difícil selecionar “as 10 mais” somente. Mas, creio que valerá a pena ir até o fim.

Ah, só para constar: uma ou outra não chegaram a ser publicadas por aqui, mas referem-se a fatos que marcaram o ano que passou. Portanto, ainda se encaixam na proposta.

 

Taís Brem

 

 

Haja cara-de-pau!

Parece piada, mas eles realmente tiveram a coragem de dizer isso

 

“Quantas mulheres beijei na vida? Diversas. Minha mãe, minha irmã e minhas filhas”.
Diego Maradona, ex-jogador e atual técnico da seleção argentina de futebol.

 

“Se tem alguém descontente, ele não é culpado não. O culpado sou eu porque não consegui transmitir a ele que eu fui o melhor prefeito de São Paulo”.

Paulo Maluf, então candidato à prefeitura da Terra da Garoa, respondendo a um eleitor que o chamou de ladrão.

 

“Sou um candidato limpo. Os meus adversários é que são sujos”.

Severino Cavalcanti, ex-presidente da Câmara que renunciou ao mandato em 2005 para não ser cassado por cobrar propina de um restaurante do Congresso. Na época da declaração, o político disputava a prefeitura da cidade pernambucana de João Alfredo. E o pior: ganhou.

 

“Não tirei porque estava com vontade de ficar pelada, até porque eu sou evangélica, e não cabe para uma mulher de 52 anos, mãe de família, ficar de calcinha na porta do banco”.

Solange Couto, atriz, dizendo não saber o porquê do fiasco que fez numa agência da Caixa Econômica Federal. Depois de várias tentativas frustradas de passar pela porta giratória, a atriz perguntou ao segurança o que mais teria de fazer para conseguir entrar. Ele respondeu: “Tira a roupa”. E ela… obedeceu…

 

 

Lamentável

Melhor seria ter mantido o silêncio

 

“Foi legal da parte do vereador Jarré. É só procurar na Bíblia a lição de Maria Madalena: quem nunca pecou que atire a primeira pedra. É uma pena que a homenagem tenha se voltado contra o vereador”.

Daniele, dançarina da boate Garotas da Gogo, em Carazinho. A fofinha integra o grupo que recebeu homenagem de um vereador da cidade pelos “momentos de alegria” que a casa concede a seus clientes.

 

“Juliana, é uma oportunidade de você ter a sua independência por um tempo! Se depois você ficar fora do ar, se alguma coisa acontecer, você tem seu dinheirinho ali, não vai ficar desesperada. Aproveita que está num momento bom, vai e faz!”.

Pais da atriz Juliana Knust, dando o conselho que incentivou a moça a posar para a Playboy. Se conselho fosse bom…

 

“Me lembro de passar com a minha mãe pelos pôsteres da revista nas bancas e falar: ‘Mãe, eu também quero!’”.

Andressa Soares, a Mulher Melancia, contando que desde os nove, dez anos de idade já sonhava em posar para a Playboy. Ó… Que bonitinha…

        

“Tenho muito orgulho de ter participado de uma fase tão importante na vida brasileira. Como economista, sinto-me privilegiada de ter podido fazer mudanças que vinha discutindo na minha vida acadêmica, por tantos anos. Foi um privilégio, ou uma sorte”.

Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia no governo Collor, sobre o terrível período em que muitos brasileiros perderam tudo o que tinham da noite pro dia por causa do confisco que ela planejou. Nos olhos dos outros é refresco.

 

“Eu viraria lésbica em tempo integral. Angelina Jolie é a mulher mais sexy que existe”.

Yasmin Brunet, modelo e filha de Luiza Brunet, declarando sua paixão pela atriz holliwoodiana.

 

“Precisamos de Deus para quê? Nunca o vimos. Tudo aquilo que se diz sobre Deus foi escrito por pessoas”.

José Saramago, prêmio nobel de Literatura, criticando a crença de que Deus existe. Durante sabatina da Folha de S. Paulo, o escritor português ainda taxou a Bíblia de “desastre” que, por ser “cheia de maus conselhos”, não deve ser “deixada na mãos de inocentes”.

 

“Achamos que a fé não é algo saudável para eles”.

Alejandro Rozitchner, filósofo argentino que escreveu o livro “Filhos sem Deus – Ensinando à Criança um Estilo Ateu de Viver”. Ele e a esposa referem-se aos filhos como “os três ateuzinhos”. E com muito orgulho.

 

 

É bem por aí

Assino embaixo

 

“Além de roubarem do meu trabalho, estão roubando do meu dízimo. Roubando dos meus funcionários, dos meus missionários, da igreja perseguida, da igreja. Ladrão vai para o inferno”.

Fernanda Brum, sobre a pirataria.

 

“As mulheres no Brasil se vendem por muito pouco. Além do mais, tenho um filho, que já me pediu: ‘mamãe, pelo amor de Deus, agora não’”.

Letícia Spiller, atriz, comentando sua decisão de não posar nua para revistas masculinas.

 

“Será que nós temos esperança em alcançar um povo que ora cinco vezes por dia? E se eles ficarem sabendo que a gente fica , às vezes, cinco dias sem orar?”.

Jeff Fromholz, pastor da Geração Benjamim, sobre a evangelização do povo muçulmano.

 

“O distanciamento olímpico renasce na forma de mentira: vamos fingir que está tudo bem, e que venha a festa”.

Luis Fernando Veríssimo, escritor, sobre as Olimpíadas.

 

“É hora de acabar com a pergunta ‘o que você comprou?’ e começar a perguntar ‘você vive bem?’”.

Bill McKibben, ambientalista americano, defendendo a qualidade de vida em vez do consumismo no livro “Deep Economy” (em português, Economia Profunda).

 

 

Forte, não?

 

“Pai, sei que não é você, mas eu te odeio’.

José Vitor, 9 anos, filho do ator Jackson Antunes, sobre a cena de violência familiar da novela “Favorita” em que o pai é protagonista.

 

“Fiz questão de chegar cedo. Quero que ela saiba que eu fui a primeira a cumprimentá-la. Ela vai para um lugar que daqui a pouco eu também vou”.

Virgínia Lane, 88 anos, ex-vedete, no velório de Dercy Gonçalves. Tomara que ela saiba bem para onde está desejando ir.

 

“Isso é coisa de gente que vai precisar viver mais trinta vidas para aprender a respeitar o próximo”.

Rubens Barrichello, piloto, respondendo a um repórter sobre o que pensa das piadinhas feitas a seu respeito.

 

“Devem ser os pecados, porque tenho 76 anos como pecador”.

José Alencar, vice-presidente da República, se auto-responsabilizando pelo câncer que já atingiu a próstata, o rim, o estomago e agora ataca o intestino e os músculos das costas.

 

“Há uma espécie de jogo oculto, umas simulações de afeto, umas forçadas de barra, regadas a peru, arroz de forno e batatas. Não seria um filme meu se fosse uma festa de Papai Noel com presentes e renas de nariz vermelho”.

Selton Mello, diretor do longa “Feliz Natal”, que, segundo ele, é baseado em experiências pessoais. “Sempre achei o Natal algo meio melancólico, uma celebração meio obrigatória”, comentou.

 

 

Sério?

Simplesmente surpreendente

 

“Apesar da máscara pública da Dercy, entre quatro paredes ela era a pessoa mais triste e solitária que eu conheci”.

Maria Adelaide Amaral, autora de uma biografia sobre a atriz.

 

“Cansei. Dizer que sou baladeira e doidona é mentira. Odeio bebida, droga e boate. O fato de ser extrovertida não dá o direito de me desrespeitarem”.

Preta Gil, cantora, chateada com os comentários exagerados sobre si mesma que vê na mídia.

 

“Só beijei três pessoas, tirando as coisas que fiz para TV e no cinema. Eu sei. Eu sou estranha”

Blake Lively, a Serena van der Woodsen de “Gossip Girl”. Pena que não é esta a imagem que ela passa a seus fãs.

 

 

Boa essa!

Merecem registro

 

“Quem tem de ter medo é o cachorro e não eu. Se precisar, mordo de novo”.

Gabriel Alexandre da Silva, 11 anos, mostrando dente que perdeu ao morder pescoço de pit bull que o atacou na rua onde mora, em Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

 

“Eu estou vivendo com o nome do ‘cara’ há anos, não me incomoda nem um pouco. Ele que mude o seu nome”.

Brad Pitt, boxeador australiano, sobre seu chará, o ator Brad Pitt.

 

“Tem muitas pessoas se casando, mas não é casamento de verdade. É casamento de combinação”.

Maisa, apresentadora de TV e garota-prodígio do SBT, referindo-se aos relacionamentos-relâmpago do meio artístico.

 

“Sei que no escurinho da urna ele vai votar em mim”.

Luciana Genro, então candidata do PSol à prefeitura de Porto Alegre, sobre a posição que o pai petista Tarso Genro devia tomar nas eleições.

 

“Hoje em dia é difícil distinguir a mãe da filha, elas estão todas peladas”.

Nsaba Buturo, ministro ugandense de Ética e Integridade, condenando as minissaias no vestuário feminino de seu país. Ele defende que a peça deve ser banida, porque mulheres que as usam distraem os motoristas e provocam acidentes de trânsito.

 

“Se o Marilyn Manson pode falar do diabo por que a gente não pode falar de Jesus à vontade?”.

Rodolfo, ex-Raimundos e, atualmente, músico gospel.

 

“O único emprego dele era ser marido da Susana e jogar futevôlei na praia. E, pelo que sei, só a primeira função era remunerada”.

Mãe de Fernanda Cunha, definindo o ex-marido da atriz Susana Vieira e amante da filha, Marcelo Silva. Fernanda virou celebridade trash ao ligar para um jornal contando que tinha um caso com Marcelo há sete meses e que havia apanhado dele por ter aberto o jogo com a outra. O resto da história, todo mundo está careca de saber.

 

“Acho a Maria do Rosário uma excelente candidata, mas votei em mim e não nela.”

José Fogaça, prefeito reeleito de Porto Alegre, sobre a então adversária política.

 

 

Bate-volta

Um fala daqui, o outro responde de lá

 

“Claudia carrega Deus em tudo o que faz, e credita a Ele a escolha deste momento para engravidar. Daí, se o bebê for menino, ela quer dar um nome bíblico. Este nome no momento é David”.

Paulo Roberto Sampaio, assessor da cantora Cláudia Leitte.

 

“Bom, eu pensei sim, mas ainda não escolhi esse nome não. Acho que é mais uma sugestão dele”.

Cláudia, negando, com bom-humor, a afirmação de seu assessor. Agora, meses depois e na reta final da gravidez, a cantora anunciou que o palpite de Paulo vingou.

 

“Bom dia! Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa-Família os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigada”.

Sueli Miranda, ajudante de serviços gerais, na carta em que pediu seu desligamento do Bolsa-Família.

 

“Isso mostra que as pessoas pobres não estão se acomodando. Em todos os casos, as famílias tomaram a iniciativa”.

Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social, sobre a atitude de  Sueli e de mais 60 mil pessoas que abriram mão dos benefícios do programa.

 

“Jesus não esperava as pessoas em sua casa, ia até elas. Queremos fazer a mesma coisa”.

Andréa Brugnoli, padre, fundador de uma associação de jovens católicos chamada “Sentinelas do Amanhecer”, sobre a “igreja inflável”, projeto que pretende chamar atenção de moças e rapazes que freqüentam a vida noturna do verão italiano. A idéia consiste numa estrutura desmontável de plástico, nas cores preto e rosa, com 30 metros por 15, colocada ao lado de discotecas e bares da orla marítima italiana.

 

“Passar de uma arca toda de ouro, com querubins e tabernáculos, para um plástico inflável onde guardar a eucaristia, o mistério dos mistérios, é vulgar. Os banhistas que desejam ir à missa, vistam-se como fiéis e procurem a igreja mais próxima”.

Comentários no site da diocese de Cagliari, na Sardenha, reprovando a iniciativa de Brugnoli.

 

“É decepcionante que o cliente tenha sentido a necessidade de expressar sua irritação com nosso serviço dessa forma”.

Trecho de comunicado do banco inglês Lloyds TSB, censurando a atitude de Steve Jetley. O cliente escolheu a frase “Lloyds é uma porcaria” como sua senha para solicitar serviços via telefone. Um funcionário da agência trocou o código para “não é não”. Cada uma…

 

“Ao invés de curtir a gravidez, imaginar seu bebê no colo, a alegria de ser mãe, a celebração de uma nova vida…. só lhe restará planejar a compra de um caixão, de um jazigo no cemitério”.

Mayana Zatz, geneticista e diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), defendendo a autorização do aborto de fetos anencéfalos. Na época, a decisão estava em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

“É melhor oferecer a um filho um caixão do que uma lata de lixo”.

 Luís Antônio Bento, padre e representante da Convenção Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em opinião contrária sobre o mesmo assunto.

 

 

Só Silas

Tive de separar uma sessão só para citar algumas das frases do pastor Silas Malafaia em 2008. Como sempre, mandou muito bem

 

“Engraçado… Tem gente que ainda acha que Deus criou tudo e, na hora de inventar o sexo, chamou o capeta: ‘Termina aqui pra mim que eu não quero nem ver’.

Silas Malafaia, ironizando o mito de que sexo é coisa do diabo.

 

“É vergonhoso uma igreja, dentro do seu templo, fazer campanha de camisinha, quando nós ensinamos ao casal esperar o casamento! É uma apologia à prostituição! Errou vergonhosamente aí o bispo Macedo! Estupidamente, errou!”.

Criticando a campanha de preservativos da Igreja Universal na África.

 

“Fico triste de ver o dinheiro do povo de Deus ser jogado na imoralidade e na porcaria. Então você compra uma emissora que foi adquirida e levantada com o dinheiro do povo de Deus, para ser usada para disputar mídia comercial? Isso é ridículo e a comunidade evangélica em geral desaprova”.

Ainda sobre o “Império Universal”, simbolizado pela Record em sua briga pela audiência com a Globo.

 

“O manual do fabricante é a Bíblia. Deus fez o homem. Você quer saber o que é bom para você? Vai lá, leia”.

Num de seus sábios conselhos.

 

 

Só Mojica

Ou, simplesmente, Zé do Caixão. Este não é tão sábio assim, mas, dada às bizarrices de suas declarações, também merece um espacinho exclusivo

 

“Ficou essa lenda aí até hoje. Mas nada disso é verdade. É fatalidade”.

José Mojica Marins, o criador do personagem Zé do Caixão, quando perguntado sobre o “mito” de que sempre morre alguém nos filmes que ele cria. Só coincidência? Pode ser, mas ele mesmo enumera: “Essa história começou em 1954, quando a atriz de um filme que nunca terminei, Sentença de Deus, morreu afogada. A substituta também, logo depois, de tuberculose. E ainda uma terceira perdeu a perna num acidente de carro. Numa outra fita, foi um técnico. Faltavam quatro dias para terminarmos de filmar e ele perguntou se ninguém ia morrer. ‘Vai. Você!’, brinquei. Uma hora depois, ele foi para o hospital com ataque cardíaco e não resistiu. Misturou remédios com bebida. Em Encarnação do Demônio foi o Jece Valadão…”. Mas, e só fatalidade.

 

“Todos os representantes do mal são castigados. Eu mostro que o mal tem que pagar. O Zé do Caixão, apesar de cometer atos violentos, protege as crianças, que para ele são puras e inocentes”.

Defendendo “o lado positivo” de suas produções, apesar das cenas fortes.

 

“Isso é perseguição da censura contra o cinema de terror e contra o cinema nacional. Para os gringos eles dão uma classificação bem menor. O Batman teve classificação de apenas 12 anos e é um filme bem violento!”.

Na mesma linha.

 

“Sofro de uma insônia fantástica. Comecei a tomar sonífero aos 18 anos. Mas tenho um aliado muito grande –o pesadelo. Só tenho pesadelos. É minha maior inspiração, porque só vêm coisas bizarras, que fogem à imaginação do homem comum”.

A respeito de suas inspirações.

 

“Os fãs adoram violência pesada e tortura; eu adoro violência pesada e tortura; você adora violência pesada e tortura. Vamos nessa e vamos ser mais malignos do que os que estão fazendo isso hoje”.

Dennison Ramalho, cineasta, conversando com seu “padrinho”, o Zé, sobre roteiros de filmes.

 

 

Poupem-me!

Sem comentários

 

“Se Deus nos criou à sua imagem e semelhança e nós nascemos nus, não há vergonha nenhuma nisso. Se fosse errado, ele certamente teria nos dado roupas”.

Laurindo Correia, presidente da Federação Portuguesa de Naturismo, defendendo o estilo que adotou.

 

“Eu ficava indignada de São Paulo, a terceira maior cidade do mundo, não ter um lugar aconchegante e sofisticado para a despedida”.

Milena Romano, empresária do ramo de assistência funerária, comentando a implantação do serviço que disponibiliza pacotes para velórios de até R$40 mil. Quem se dispor a desembolsar a quantia, desfruta de salas requintadas para a despedida do morto, fundo musical inspirado no gosto do falecido, bufê com guloseimas, transmissão do evento pela internet e até lembrancinhas do momento fúnebre, chamadas de “bem-velado”. E o pior: isto não é uma piada.

 

“Que maneira melhor de informar nossos clientes a respeito de nossas ações sobre as filas no check-in do que colocar uma mensagem que eles possam ler enquanto esperam?”.

Steve Bayliss, gerente de marketing da companhia aérea Air New Zealand. A empresa está buscando carecas que aceitem manter uma tatuagem temporária na cabeça para divulgar os serviços que prometem mais rapidez e menos filas. Cada careca deve receber o equivalente a R$ 1.200.

 

“Eu não esperava. Eu só queria casar como pessoa e não como artista”.

Sandy, cantora, inocentemente surpresa com a repercussão que a mídia deu a seu casamento em setembro.

 

“Li a filosofia hinduísta, que é a mais antiga e deu origem ao cristianismo. O ‘ama a si próprio como a ti mesmo’ vem daí”.

Cláudia Alencar, atriz, um tanto confusa com a máxima “ama a teu próximo como a ti mesmo”…

 

“A partir de hoje, diante do teu altar, eu o consagro minha vida, meus sonhos, minha carreira política e a minha reeleição para prefeito e, em nome de Jesus, se o Senhor me conceder essa oportunidade de voltar a ser o prefeito de São Paulo, quero fazer um voto contigo hoje. Vou fazer um culto de ação de graças para louvor e honra a partir de agora para meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, amém”.

Gilberto Kassab, prefeito reeleito de São Paulo e multi-religioso, em culto numa igreja evangélica durante campanha eleitoral. Embora tenha tentado convencer os eleitores evangélicos com a cena, assessores afirmam que a religião de Kassab continua sendo a católica e que participar de reuniões de credos diversos durante o período eleitoral é natural…

 

“Não foi campanha política. Ele teve a oportunidade de ter a experiência com Deus e declarar isso diante do público”.

Viviane Nascimento, pastora da igreja que Kassab visitou, defendendo a postura do prefeito.

 

“Jesus disse: amai o próximo. Por isso os homens têm tesão pela cunhada, pela melhor amiga da mulher. E as mulheres, pelo personal trainer. Ele está bem ao lado dela”.

Francisco Daudt, psicanalista, tirando onda com o mandamento bíblico.

 

 

Obama por nove frases

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“Ele era meu oponente. Agora, é meu presidente”.

John McCain, o candidato derrotado.

 

“Isto significa que o trabalho pelo qual meu pai e minha mãe se sacrificaram não foi em vão”.

Bernice King, filha do líder da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos Martin Luther King Jr.

 

“Se torci para Obama? Veja a cor da minha pele”.

Magno Malta, senador pelo Partido da República (PR-ES), mostrando, com orgulho, o braço para um repórter.

 

“Depois da vitória de Barack Obama, acho que pode ter chegado o momento para um agente 007 negro”.

Daniel Craig, ator britânico e atual intérprete do famoso personagem cinematográfico James Bond.

 

“Foi o presidente Obama que me fez perceber como é notável a trajetória de vida dela”.

Ernest Cooper, neto da americana Ann Nixon Cooper. A senhora negra de 106 ficou famosa quando citada no discurso de vitória do novo presidente. Obama relacionou a história de Cooper ao progresso americano no decorrer do século 20, dizendo que “após 106 anos na América, nas melhores épocas e horas mais escuras, ela sabe como os Estados Unidos podem mudar”.

 

“Se a eleição de Obama nos chocou? Nem um pouco! Nós vínhamos avisando ao nosso povo que, a menos que os brancos se juntassem, seria exatamente isso que aconteceria”.

Thomas Robb, pastor protestante e diretor da associação racista Ku Klux Klan. Em nota sobre a vitória de Obama, Robb fala que o novo governante é “só metade negro” e que, mais que uma disputa entre liberais e conservadores, esta votação foi “uma guerra racial e cultural, travada contra o povo branco”.

 

“Vossa Excelência soube transmitir visão de futuro, capacidade de liderança e a certeza de que a esperança é mais forte do que o medo”.

Lula, presidente do Brasil, em fax que felicita a vitória de Obama.

 

“Eu não sei o que está acontecendo no mundo. Na Bolívia, um índio presidente. Nos Estados Unidos, um negro presidente. O mundo está dando uma volta”.

Evo Morales, presidente da Bolívia.

 

“A vitória sozinha não é a mudança que queremos. A mudança só acontecerá com um novo espírito de servir, um novo espírito de sacrifício”.

Barack Obama, o próprio.

 

 

Um irmão na prefeitura

 

Pode conferir: chega a época de eleições e todo o candidato a alguma coisa é crente desde criancinha. E umbandista, católico, kardecista, testemunha de Jeová… Ou seja, eles dançam conforme a música. Ontem várias situações que acompanhei testificaram que a frase postada sobre o Kassab não dá a São Paulo a exclusividade de candidatos que se “convertem” à alguma religião para aumentar sua popularidade entre os eleitores ingênuos. Aqui, bem pertinho de nós, isso também ocorreu. E há quem ainda se iluda: “Aleluia! Agora temos um irmão na prefeitura!”. Irmão? Tá bem, então.

 

 

A primeira reação que tive quando ouvi esta declaração dentro do ônibus ontem foi um misto de pena (pelo cara que achou que o Fetter, nosso ilustríssimo prefeito, agora devidamente eleito, tinha mesmo se convertido ao Evangelho) e nojo (pelo próprio Fetter que acha que este tipo de coisa é brinquedo). Mas, depois, fiquei refletindo bem e cheguei à conclusão de que, se alguém se ilude, é porque quer mesmo. Sabe-se que as coisas funcionam assim. É tudo política, tudo um jogo. A assessoria de Kassab, lá em Sampa, justificou o ato público de conversão do bonito de forma bem clara: ele foi lá e apenas cumpriu o protocolo normal do local. Se adequou às regras e ganhou a simpatia do público. E era isso. A religião que ele tinha antes de entrar, continuou a mesma depois que ele saiu. Sua declaração não mudou nada. Foi apenas uma cena fictícia.

 

Só não vou dizer que estas confissões são coisas de que até Deus duvida,  porque, como criador do ser humano, Ele está cansado de saber do que somos capazes por nossos interesses próprios. E vá que eu esteja exagerando quando, na verdade, as orações foram sinceras, né? Entretanto, meu apelo para que oremos por nossos governantes continua. Acho que é a saída mais sensata. Como diz minha frase no MSN desde segunda: “Ó, Deus, sejas tu o prefeito de Pelotas (e de POA, Gravataí, do RJ, de SP, de Tabatinga, Lorena…)”. Alguma sugestão para aumentarmos a lista? Quem sabe pedimos para que Ele seja presidente dos Estados Unidos também?

 

Taís Brem

Então, hein?

 

“A partir de hoje, diante do teu altar, eu consagro minha vida, meus sonhos, minha carreira política e a minha reeleição para prefeito e, em nome de Jesus, se o Senhor me conceder essa oportunidade de voltar a ser o prefeito de São Paulo, quero fazer um voto contigo hoje. Vou fazer um culto de ação de graças para louvor e honra a partir de agora para meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, amém”.

Gilberto Kassab, prefeito reeleito de São Paulo e multi-religioso, em culto numa igreja evangélica durante campanha eleitoral. Embora tenha tentado convencer os eleitores evangélicos com a cena, assessores afirmam que a religião de Kassab continua sendo a católica e que participar de reuniões de credos diversos durante o período eleitoral é natural…

 

“Não foi campanha política. Ele teve a oportunidade de ter a experiência com Deus e declarar isso diante do público”.

Viviane Nascimento, pastora da igreja que Kassab visitou, defendendo a postura do prefeito. Sem comentários.

 

“Quem me deu o nome do meio, Hussein, obviamente não imaginava que um dia eu concorreria à Presidência”.

Barack Hussein Obama, candidato democrata à Presidência americana.

 

“Começo a acreditar que Deus é realmente brasileiro”.

William Rhodes, executivo-chefe do Citibank, comparando a situação bancária do Brasil com a dos EUA.

 

“Eu fico com os piratas. Já sofri muito em mão de gravadora, enchi”.

Rita Lee, cantora, numa clara apologia à pirataria.

 

“Deus, como sempre, me protegeu. Fui salva aos 44 minutos do segundo tempo”.

Luana Piovani, sobre o fim do relacionamento com Dado Dolabella.

 

“Estamos acostumados com essa imagem de bad boy que fazem do Dado. O que posso falar é que meu irmão é um cara do bem. Somos meninos bem criados, de família, não batemos em mulher”.

Gilberto Dolabella, irmão de Dado, negando a acusação de que o mano teria agredido Luana e sua camareira, Esmê. A funcionária chegou a ir na delegacia prestar queixa contra o rapaz.

 

“Em última instância, com o envelhecimento do Brasil e do mundo um novo personagem se apresenta: o idoso que vai trabalhar”.

Venceslau Antônio Coelho, médico do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), sobre a profissão de office-boy na terceira idade. Além de experientes e responsáveis, os office-idosos têm cativado as empresas por não pagarem ônibus e poupar tempo nos serviços diários, já que podem utilizar as filas especiais.

 

Olha só!

 

“Temos algumas semelhanças. De fato, Moisés esteve no exílio, assim como eu. De fato, Moisés voltou para acudir seu povo, e eu estou aqui para acudir meu povo”.

Fernando Gabeira, candidato do PV à prefeitura do Rio, se comparando ao líder bíblico em discurso na Igreja Assembléia de Deus Ministério da Restauração.

 

“A resistência de algumas congregações acaba ofuscando questões éticas que são mais importantes. A igreja tem de ser um canal de diálogo aberto com todos os setores da sociedade”.

Hermes Fernandes, bispo da Igreja Reina, criticando alguns de seus colegas religiosos a favor de Gabeira.

 

“Eu fui menino, adolescente e jovem e nunca me passou pela cabeça uma coisa dessas. Ele tem de pagar”.
José Luciano, agricultor e pai de Lindemberg Alves, 22 anos, sobre o homicídio que o filho praticou contra a ex-namorada Eloá nesta semana.

 

“Consigo perdoar o Lindemberg. Eu sei que ela tá com Deus e eu tô feliz. Talvez Deus tenha feito isso para dar a vida a sete pessoas”.

Ana Cristina Pimentel , mãe da menina Eloá.

 

“Muitos brancos sentem que estão perdendo seu país diante dos próprios olhos. O que estamos vendo neste momento é o começo de uma verdadeira reação”.

Mark Potok, diretor da entidade jurídica Southern Poverty Law Center, que monitora agressões raciais, sobre a manifestação de alguns grupos diante da provável eleição de Barack Obama à presidência dos EUA.

 

“Eu não era esperto o suficiente para me arriscar em um papel desses”.

Will Smith, ator americano, lamentando tardiamente a recusa ao papel de Neo, do filme Matrix, em 2000. A história maluca demais que não prometia muito sucesso acabou surpreendendo público e crítica e consagrou Keanu Reeves no papel principal.

 

“Era para ser assim…. palco checado, luzes afinadas, cenário perfeito, banda pronta, e ai então, sem ainda sabermos a razão, o artista não veio”.

Ivete Sangalo, cantora, sobre o aborto espontâneo que sofreu com seis semanas de gestação. “Estou firme e tranqüila, certa de que Deus é sábio”, completou.

 

Era isso

 

“A pornografia está disfarçada na novela das seis, no programa de auditório, na quase totalidade dos filmes e atingiu meu mercado de trabalho”.

Pedro Cardoso, ator, justificando o manifesto contra a nudez na mídia, que tornou público no último dia 08. Para ele, as “empresas exploram a comunicação em massa disfarçando a pornografia em obra de arte e em entretenimento”. Mas… “Quem quiser fazer pornografia ou usufruir dela no seu mundo privado, não é assunto meu”, complementou.

 

“Li a filosofia hinduísta, que é a mais antiga e deu origem ao cristianismo. O ‘ama a si próprio como a ti mesmo’ vem daí”.

Cláudia Alencar, atriz. Na verdade ela queria dizer: “ama a teu próximo como a ti mesmo”…

 

“O meu público sabe que, quando estou no palco, canto como se fosse o último dia da minha vida, me entrego de corpo e alma naquele momento”.

Ana Carolina, cantora.

 

“Não acho que Obama vai se eleger porque é negro. Ele vai se eleger porque é o melhor candidato. E a crise econômica só o ajudou, porque o americano só muda quando começa a doer no bolso dele”.

Bruno Barreto, cineasta e cidadão americano, opinando sobre as eleições dos EUA.

 

“A Igreja que não se moderniza morre. É preciso manter os princípios, mas perceber que o mundo muda”.

Israel Néri, presidente da Sociedade de Catequetas Latino-Americanos, sobre a estratégia católica de utilizar filmes como “O Senhor dos Anéis” e “Harry Potter” na catequização de jovens.

 

“Me arrependi de ter aberto meus diários. Não escrevi aquilo para ser lido. Só dei a chave, porque não lembrava do que tinha escrito”.

Paulo Coelho, escritor, sobre a biografia O Mago, escrita por Fernando Meirelles, com base em suas anotações pessoais.

 

“Queria ser porto-alegrense essa semana para votar em Maria do Rosário”.

Chico Buarque, músico, durante o programa eleitoral gratuito da candidata petista. Apesar de se considerar neutro quando o assunto é política, Buarque afirmou que a discussão na capital gaúcha é uma exceção.  “Porto Alegre para nós é outra coisa. Tenho a impressão de que quando há eleição lá, não se discute somente eleições, se discute o futuro do País”, sentenciou.

 

“As pessoas adoram jogar quilos na suas costas. Acho cruel me pegarem para ser Jesus”.

Grazi Massafera, atriz, sobre o ônus da popularidade instantânea que conquistou.

  

 

Mais frases

 

“Se chegar nessa fase é melhor liberar o seu parceiro, pois há outras pessoas que podem cuidar bem dele. Tudo tem data de validade, gente!”.

Vera Holtz, atriz, defendendo a ruptura de relacionamentos quando a vida a dois cai na rotina. Data de validade? Eu, hein!

 

“Meus pais falavam que eu era mentirosa, mas não era, eu atuava para saber o teor do meu poder de convencimento. Uma vez, caí no chão com uma amiga com quem eu tava andando de patins, cheguei em casa e fiquei um mês fingindo que estava sem memória. Não era por maldade, eu só queria testar”.

Deborah Secco, atriz, contando as bizarrices que aprontava quando criança, já ensaiando para a profissão que exerceria no futuro.

 

Tem uma droga que eu uso muito hoje, que é H2O”.

Fernando Gabeira, candidato à prefeitura do Rio, falando que já não fuma mais maconha por não considerar “razoável” exercer mandato no Legislativo e, ao mesmo tempo, “ter uma posição de desrespeitar a lei”.

 

“Esta música vai para todos os emocionalmente confusos. Vocês devem conhecer algumas pessoas que se encaixam nessa categoria. E Deus sabe, eu conheço”.

Madonna, cantora, antes de tocar a música “Miles Away” (sobre um casal que se separa), em Boston. O comentário foi uma camuflada alusão ao seu próprio divórcio, anunciado nesta semana.

 

“Sou de uma geração em que os ídolos morriam de overdose. Eu queria viver a vida como Jim Morrison”.

Walter Casagrande Júnior, ex-jogador de futebol e atual comentarista esportivo da Globo, falando do período em que usou drogas. Esta foi a primeira entrevista dele depois de um longo tempo internado para se recuperar do vício.

 

“Tivemos brigas feias em diferentes ocasiões. Certa vez, logo depois de ele voltar de Boston, onde estava se tratando, ele tinha quase morrido, mas voltou e estávamos todos muito felizes. Fomos almoçar, e ele, ainda bastante frágil, tomou vinho. Quando encheu o segundo copo, eu disse que não entendia o que estava querendo. Ele começou uma história de que seus heróis tinham morrido cedo. Disse que iria embora e discutimos”.

Frejat, músico, sobre as situações de desentendimento com o amigo Cazuza por conta da vida desregrada que o ídolo levava mesmo depois de saber que tinha AIDS.

 

Sobre eleições

 

A primeira coisa que fiz hoje, no meu retorno ao mundo real pós fim de semana, foi sentar pra ler o jornal e ver, finalmente, quem é que vai governar a minha cidade pelos próximos quatro anos. Só que, curiosamente, além de verificar como ficaram as coisas em Pelotas – onde moro – e em Porto Alegre – a maior cidade perto daqui -, eu tava louca pra ver quem tinha vencido em Lorena, São Paulo. Por que Lorena? Explico.


Semana passada li uma matéria na revista Época que denunciava um pedófilo neste município que, até então, eu nem sabia que existia. Resumindo, a reportagem contava a história da tia de um menino de 12 anos que viu a criança chegar em casa assustada depois da escola e, após levantar algumas informações com o garoto, descobriu que havia ocorrido um abuso sexual por parte de ninguém menos que o próprio prefeito da cidade. Paulo César Neme o nome da figuraça. Época ouviu não só a tal tia, mas conseguiu depoimentos de outras pessoas da cidade que testificavam casos semelhantes sem, é claro, se identificarem: o cara, que também é médico, abusa de meninos descaradamente, sim senhor, todo mundo sabe, mas ninguém ousa contestar, afinal não é de graça. Ele dá tênis, consultas-cortesia, dinheiro e outras coisinhas mais em troca. Pagando bem, que mal tem? Isso sem falar na possibilidades de represálias pra quem abrir a boca.


Como se não bastasse, este cafajeste impune era ainda candidato a reeleição e líder nas pesquisas de intenção de voto. Triste a situação. Hoje, como infelizmente era de se esperar, confirmei no que tudo isso deu: ele conseguiu permanecer como prefeito. O que a justiça fará quanto a isso, não sei. O que sei é que Lorena não foi a única cidade cujo futuro me preocupou nesta manhã de segunda-feira. Queria saber o que deu também em Itamaracá, no Pernambuco. Lá a ex-rainha do bumbum, Gretchen, tava concorrendo à prefeitura. Quanto a isso, boas notícias. Graças a Deus, ela só conseguiu 2% dos votos e não emplacou. ACM Neto também não se elegeu em Salvador. Cururu não conseguiu cadeira na Câmara de Pelotas e nem Sérgio Mallandro na de São Paulo. Menos mal.


Por aqui, o resultado foi, mais ou menos, o que eu e a maioria dos pelotenses esperava. Deu Marroni e Fetter no segundo turno. O que mais me indigna é que o segundo candidato colocado e atual prefeito de Pelotas por acidente, garantiu boa parte de seu eleitorado por conta da meia-dúzia de coisas que fez na cidade literalmente às vésperas da eleição. Aqui, até onde se sabe, o prefeito não é pedófilo. Mas, por outro lado, o entendimento e a inocência do povo são mais do que abusados e o instrumento da vez é o asfalto. SOS Jesus!

 

Taís Brem