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Um irmão na prefeitura

 

Pode conferir: chega a época de eleições e todo o candidato a alguma coisa é crente desde criancinha. E umbandista, católico, kardecista, testemunha de Jeová… Ou seja, eles dançam conforme a música. Ontem várias situações que acompanhei testificaram que a frase postada sobre o Kassab não dá a São Paulo a exclusividade de candidatos que se “convertem” à alguma religião para aumentar sua popularidade entre os eleitores ingênuos. Aqui, bem pertinho de nós, isso também ocorreu. E há quem ainda se iluda: “Aleluia! Agora temos um irmão na prefeitura!”. Irmão? Tá bem, então.

 

 

A primeira reação que tive quando ouvi esta declaração dentro do ônibus ontem foi um misto de pena (pelo cara que achou que o Fetter, nosso ilustríssimo prefeito, agora devidamente eleito, tinha mesmo se convertido ao Evangelho) e nojo (pelo próprio Fetter que acha que este tipo de coisa é brinquedo). Mas, depois, fiquei refletindo bem e cheguei à conclusão de que, se alguém se ilude, é porque quer mesmo. Sabe-se que as coisas funcionam assim. É tudo política, tudo um jogo. A assessoria de Kassab, lá em Sampa, justificou o ato público de conversão do bonito de forma bem clara: ele foi lá e apenas cumpriu o protocolo normal do local. Se adequou às regras e ganhou a simpatia do público. E era isso. A religião que ele tinha antes de entrar, continuou a mesma depois que ele saiu. Sua declaração não mudou nada. Foi apenas uma cena fictícia.

 

Só não vou dizer que estas confissões são coisas de que até Deus duvida,  porque, como criador do ser humano, Ele está cansado de saber do que somos capazes por nossos interesses próprios. E vá que eu esteja exagerando quando, na verdade, as orações foram sinceras, né? Entretanto, meu apelo para que oremos por nossos governantes continua. Acho que é a saída mais sensata. Como diz minha frase no MSN desde segunda: “Ó, Deus, sejas tu o prefeito de Pelotas (e de POA, Gravataí, do RJ, de SP, de Tabatinga, Lorena…)”. Alguma sugestão para aumentarmos a lista? Quem sabe pedimos para que Ele seja presidente dos Estados Unidos também?

 

Taís Brem