Esquerdos humanos

 

Fala a verdade: existem alguns traços que compõem a nossa personalidade que parecem ser comuns a todos (ou, pelo menos, a uma grande maioria de) seres humanos, não é mesmo? Eu tava pensando nisso noutro dia. E o pior que não são coisinhas boas, mas, digamos assim, uns pequenos defeitinhos. Consegui achar dois em específico. Um é o tal do orgulho. No dicionário, a palavra faz referência a um “conceito muito elevado que alguém faz de si mesmo; altivez, brio; amor-próprio exagerado; empáfia, bazófia, soberba; ufania”. Eu definiria como aquele sentimento básico que temos de não admitir, sob hipótese alguma, que ninguém “pise no nosso calo”. Bem diferente daquela alegria e satisfação que um pai tem de seus filhos, por exemplo, o “orgulho bom”. Mas digo que este outro orgulho é um troço comum a todo mundo, porque, quem diz não tê-lo, quase sempre afirma ter “orgulho de sua humildade”. O que dá no mesmo.

A outra coisa é o querer saber da vida do vizinho. Não vizinho, propriamente dito, aquele que mora perto de sua casa. Vizinho, digo, quem está mais perto. Biblicamente, o seu próximo. Zeca Pagodinho foi um grande sábio quando sugeriu numa de suas composições: “Cada um com seu cada um/ Deixa o cada um dos outros”. Achei bárbaro. O problema é que nem eu nem a maioria dos reles mortais consegue se desvencilhar da mania de querer saber mais um pouquinho sobre fulano ou beltrano. Nada que nos importe, mas é só um comentariozinho, né? Em tese, não faz mal, então…

É. Em tese. Certa vez alguém disse que, quando chegarem pra falar de outra pessoa, três perguntas são uma boa pedida para dispensar o fofoqueiro: “O que você vai dizer é bom? É algo de que tem certeza ser a verdade? Vai acrescentar alguma coisa pra mim?”. Se a resposta for enfaticamente um “não” a todas as questões ou, pelo menos, provocar uma cara de dúvida, não serve. Bem difícil se deixar monitorar por estes filtros.

Todo caso, é bom destacar que este texto não nenhuma apologia a estes “pecados capitais”, por amor. É só uma tentativa de, de repente, descobrir mais um pouco de defeitinhos que quase todo mundo tem. Você consegue lembrar de mais algum destes? Deixe seu comentário.

 

Taís Brem

  

2 comentários em “Esquerdos humanos”

  1. O Orgulho é algo muito forte, bem mais forte do que pensamos que seja, as vezes nos tornamos orgulhoso, e dentro de nós somos as pessoas mais humildes da face da terra.
    O orgulho é definido como a atitude de ser superior aos outros, até ao ponto de considerar os outros com desprezo, como se eles não fossem dignos de qualquer relacionamento ou interação com eles. O orgulho mostra o pensamento básico: “Eu sou melhor do que você!”. Outros sinônimos bíblicos para o orgulho são a arrogância, a insolência, a vaidade, a obstinação e a altivez.
    O orgulho desvela e levanta nossos egoísmos e nossa auto-suficiência, a qual parece necessária e boa, mas quando nós somos auto-suficientes, nós não somente fracassaremos em ver nossa necessidade de redenção mas também fracassaremos em ver nossa necessidade de crescimento em questões espirituais. Então, a pessoa vira um deus, e qualquer trabalho do Único e Verdadeiro Deus é abafado e deixado de lado.

    Sem mais… Fábio Guimarães

  2. O orgulho é algo que está dentro de minha carne, com a ajuda de DEUS consegui tirar bastante, mas ainda resta muito, principalmente porque tenho uma saúde maravilhosa e uma condição física invejável e pra melhorar, sou crente que examina as Escrituras Sagradas, isso me torna auto-suficiente, embora eu “DEPENDA” de outros seres humanos. Já pedi pra Deus um milagre e peço todos os dias. Quanto a realizar comentários a respeito de outras pessoas BÁ! isso é um mal que atinge até mesmo os filhos de DEUS. É a maldita língua atrelada aos nossos pensamentos e não conseguimos controlar essa pequenina ferramenta. “É como está escrito: “Mas nenhum homem pode dominar a língua. É um mal que não se pode refrear. está cheia de peçonha mortal” (Apóstolo Tiago 3.8). É difícil não fazer um comentário de alguém, algumas vezes consegui fazer isso, fiquei praticamente de boca fechada. Nesse caso além de esforço próprio, somente se consagrando muito e esperar que Deus faça um milagre. Como está escrito: “Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano (Apóstolo Pedro 3.10).
    Estou gostando do teu BLOG, tá tri interessante! Meus parabéns Senhora “BREM”.

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