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Telinha ou cofrinho?

 

Não é de hoje que o conteúdo da telinha da Rede Record deixa a desejar. Principalmente quando o assunto é o questionamento sobre a influência dos donos – cristãos,  a princípio – na programação. E isso também vale para outros veículos do grupo da Igreja Universal do Reino do Deus, como a Folha Universal. Combina, por exemplo, estampar na mesma capa o slogan “Um jornal a serviço de Deus” e uma manchete que faz clara apologia ao aborto, um dos crimes que o próprio Deus (pelo menos o meu) abomina? A mim, parece que não. Mas foi o que eles arriscaram fazer numa de suas edições, ano passado.

 

Quando a questão vai para a quantidade de cenas de violência em filmes e séries, o apelo à sexualidade e até os toques místicos da novelinha dos mutantes, parece meio inadequado querer “encaretar” muito a programação, afinal estamos falando de mídia, o que exige um certo jogo de cintura, não é mesmo? Se é para chamar atenção do público, que se dê o que o público vai gostar, contrariando ou não os padrões que alguns consideram ideais.

 

Ouvi falar certa vez, que, perguntado sobre o exagero na quantidade de mulheres seminuas em sua emissora, Sílvio Santos, o manda-chuva do SBT, disse que, para ele, o que importava era a audiência. É mulher pelada que dá ibope? Então é isso que o povo vai ter. Simples assim. Não deveria caber o mesmo pensamento a uma emissora de origem cristã, mas temo que esta também seja a linha de raciocínio de Edir Macedo e seus discípulos. E um pequeno exemplinho de que isso pode ser verdade foi publicado na coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo de sexta-feira (16):

 

Baixou o “Big Brother” no “Fala que Eu Te Escuto”, da Record, na quarta. Com imagens da atração global tiradas da internet, o programa discutiu se os participantes de reality shows “o fazem por fama, ganância ou diversão”.

Por telefone, telespectadores reclamavam da falta de conteúdo cristão na TV, quando um dos pastores-apresentadores disparou: “Mas se colocar um reality show cristão no ar, nem os cristãos vão assistir”.

 

Tire suas próprias conclusões…

Taís Brem

 

 

Entre cuspes e beijos

 

Pois é: pelo menos na cidade mexicana de Guanajuato, um beijo em público ou um cuspe na rua têm o mesmo valor, ou seja, podem causar um belo período de até 36 horas na prisão. Ou uma boa multa de uns R$80 mil. Vai ser assim também para quem decidir pedir esmolas ou falar palavrão em via pública. De acordo com o prefeito Eduardo Hicks, a principal finalidade destas medidas previstas em lei é inculcar valores morais e civilizar a população.

 

Vendo pelo lado educativo da coisa, a atitude parece válida. Tem quem diga, inclusive, que proibir beijo em público ajudará a evitar gravidez precoce nas adolescentes, por exemplo. Mas, como em qualquer ação polêmica, sempre tem quem fique contra. É o caso de alguns vereadores de Guanajuato que acusam o projeto de “moralista”.

 

Nesta mesma linha, em setembro passado, o ministro ugandense de Ética e Integridade, Nsaba Buturo, propôs a criação de uma lei que banisse o uso de minissaias no país, já que, em sua opinião, estar com a peça é como andar nu. “Hoje em dia é difícil distinguir a mãe da filha, elas estão todas peladas”, afirmou Buturo.

 

 

 

Taís Brem

 

 

 

Neobigodudos

 

O The New York Times e o Estado de S. Paulo já falaram do retorno dele. Brad Pitt aderiu ao estilo e tem influenciado multidões. Os jovens (pasme!), entre 18 e 25 anos, também estão entrando na onda. Qual a moda do momento, então? Bigode, acredite se quiser.

 

Tem para todos os gostos: os mais ralinhos, os mais cheinhos, os arredondados e os retos. Dizem que o estilo ressuscitou direto do túnel do tempo lá por Nova York e Londres e agora está vindo pro Brasil, por intermédio de São Paulo. É o que mais se vê nas baladas noturnas. Mas, para quem pensa que é só deixar um pouco de pelo crescer em cima dos lábios e deu, engana-se. Os neobigodudos cultivam seus cabelinhos com tanto zelo que têm até dicas para que o visual deixe o rótulo de cafona para entrar na galeria da modernidade. Confira alguns destes toques para aplicar em si mesmo ou simplesmente dar umas boas risadas.

 

O pentear – Dono de um bigode em forma de guidão de motocicleta invertido, o estilista David Pollak orgulha-se em dizer que mantém um verdadeiro arsenal em casa para alisar seus pelos: “Tenho escovas com cerda de pelo de javali, pentes de osso e chifre e tesoura especial para não deixar o fio espetado”, destaca. Imagina o que ele não faz com os cabelos da cabeça…

 

O cuidar – Tomar bebidas como suco de laranja e leite com canudo é uma das dicas dos adeptos do bigode. Dizem eles que estes cuidados ajudam a manter o pelo limpo. Para Gilberto França, 26 anos, é fundamental usar uma pomada nas pontas e virá-las para fora. Não fumar também é importantíssimo, porque o tabaco pode deixar cheiro.

 

O perfumar – Aliás, por falar em cheiro, dá para acreditar que até creminho para tirar o odor desagradável já foram desenvolvidos? Pois é. Pollak, inclusive, aproveita para embelezar seu bigode aplicando xampu religiosamente todos os dias. Tem vaidoso pra tudo.

 

 

 

Falaê!

 

“É minha referência da criação do mundo, sobre quem somos e de onde viemos. Não só acredito, como tenho certeza”.

Zé Ramalho, cantor, convictíssimo em sua crença nos discos voadores.

 

“Toca a sirene, e só Deus sabe onde vai cair, é um inimigo que você não sabe onde está”.

Roberta Krauss, paulista que mora em Israel há quatro anos e vive próximo à Faixa de Gaza há seis meses, sobre os mísseis com os quais o local têm sido atingido.

 

“Não é uma guerra entre Israel e Palestina, é uma guerra entre quem quer paz e extremistas”.

Raphael Singer, embaixador interino de Israel no Brasil, também sobre o conflito em Gaza.

 

“Eu não dei a volta por cima, simplesmente porque nunca estive por baixo”.

Susana Vieira, atriz, querendo convencer que superou o conturbado episódio com seu falecido marido Marcelo Silva. Será?

 

“Fiquei profundamente incomodado ao perceber que só estavam desfilando loiros e ruivos. Foi triste trazer a minha família aqui para assistir a um desfile no qual não tinha nenhum representante da minha raça. Não quero que minhas filhas compartilhem desse tipo de moda excludente”.

Toni Garrido, cantor, criticando os desfiles da marca Redley, no Fashion Rio, ontem (12).

 

“Preto também se veste no inverno. Não entendi até agora o motivo pelo qual as marcas excluíram a minha raça das passarelas”.

Glória Maria, jornalista, fazendo coro às críticas de Toni.  

 

“Vi uma foto minha em um jornal e fiquei horrorizada. Disse a mim mesma: ‘garota, você precisa se cuidar ou vai morrer’”.

Amy Winehouse, cantora, finalmente conscientizada do estado deplorável que chegou por causa das drogas. A artista declarou que agora está livre dos tóxicos para sempre. Que seja real.

 

“Quando era moleca, o povo falava que quando varriam seu pé, você não casava. Eu varria o pé todos os dias”.

Joelma, vocalista do Calypso, contando que os maus tratos de seu pai à família quase a desiludiram sobre casamento. “Descobri as piores coisas sobre os homens”, disse. Quando conheceu Chimbinha, seu marido atual, entretanto, o trauma acabou.

 

 

 

Nada de Deus

 

A seita que tem por principais membros o astro americano Tom Cruise e sua respectiva família está despertando a curiosidade de celebridades e anônimos mundo afora. Mas, você sabe o que é e no que se fundamenta a tal da cientologia? Para ficar um pouquinho por dentro, veja alguns dos mandamentos mais polêmicos desta corrente, entre eles o de mentir e não acreditar em Deus.

 

 

1. COMBATERÁS A PSIQUIATRIA
Os psiquiatras são culpados por todas as mazelas do mundo, pois seus tratamentos deixam as pessoas malucas. A religião é contra remédios antidepressivos e calmantes.

2. EXPULSARÁS OS GAYS
O fundador da seita, L. Ron Hubbard, escreveu que a cientologia é capaz de curar a homossexualidade. Mas, se o processo não desse certo, ele sugeriu que a solução seria “desfazer-se deles [gays] sem nenhum pesar”.

3. MENTIRÁS E MANIPULARÁS
É legítimo usar todo e qualquer método necessário para “silenciar por meio do medo” os inimigos da cientologia. “A única maneira de controlar as pessoas é mentir para elas”, escreveu Hubbard.

4. MANTERÁS SILÊNCIO NO PARTO
Para evitar que o bebê sofra traumas psicológicos (engramas) ao sair do útero, a mãe e os médicos devem ficar em silêncio. Até o ato sexual deve ser silencioso para evitar problemas com o feto.

5. NÃO ACREDITARÁS EM DEUS
A cientologia despreza as outras religiões e acredita que Deus, Jesus Cristo, Buda e Maomé, entre outros, são fraudes: invenções que foram implantadas nos thetanos para deixá-los confusos.

6. EVITARÁS A SOCIEDADE
É preciso manter distância do mundo exterior. Quando estão se preparando para alcançar os níveis mais altos da cientologia, os fiéis não podem ver TV, ouvir rádio, ler jornal, entrar na internet, usar o telefone nem falar com pessoas de fora da seita. Como será que as estrelas adeptas à cientologia fazem então para manter a fama. Estranho, né? 

 

Taís Brem 

 

E quando o assunto é Madonna…

 

 

“Essa mulher vem aqui e, de uma maneira desavergonhada, provoca entusiasmo louco, um entusiasmo de luxúria e pensamentos impuros”.

Jorge Medina, cardeal chileno, sobre o show de Madonna em seu país.

 

“Ela já brincou várias vezes no palco com essa coisa de pegar homem, pegar mulher. Todo mundo se pergunta ‘o que será que ela realmente curte?’”.

Alexandre Frota, ator.

 

“Madonna inspira as mulheres a se tornarem mais saudáveis. Leva a imaginar que, aos 50 anos, a gente ainda vai estar ótima”.

Regiclair Correa, fã.

 

“[Mick] Jagger influencia os ‘véios’ a se cuidarem para alcançar aquela vitalidade de faraó, enquanto Madonna se mantém jovem graças aos tonéis de carvalho das plásticas milagrosas e muita sintonia com os jovens planetários que fazem música também”.

Rita Lee, cantora.

 

“Esquecemos até das horas, como crianças numa grande loja de doces”.

Thiago Lucas, jornalista, sobre o show de Madonna.

 

“Sou a garota mais sortuda e a mais cansada do mundo”.

Madonna, a própria, após as apresentações no Brasil, encerradas ontem (21).

 

“Foi o que ela falou com aquela vozinha infantilóide que sugere uma espécie de Xuxa depravada, enfiada num mundo de faz-de-conta no qual se sente o centro do universo”.

Jotabê Medeiros, jornalista, sobre a declaração acima…

  

 

 

 

Coisa de cinema

 

Sabe aquelas tramas cinematográficas estilo “água com açúcar” que dão a idéia de que todo relacionamento amoroso é sempre maravilhoso? Pois uma equipe de pesquisadores avaliou a vida real de quem acompanha estas comédias românticas e certificou que esse tipo de filme, com argumentos praticamente impossíveis e finais felizes altamente improváveis, podem atrapalhar uma relação por colocar uma marca muito alta em matéria de expectativas.

 

De acordo com o estudo, feito pela Universidade Heriot-Watt, de Edimburgo, na Escócia, os cineastas simplificam excessivamente o processo de iniciar o relacionamento e dão a impressão de que é algo que se consegue sem nenhum esforço por parte do casal. “Os filmes refletem a emoção que acompanha uma nova relação, mas dão a entender de forma equivocada que a entrega amorosa e a confiança acontecem desde o momento em que duas pessoas se conhecem, quando são qualidades que normalmente levam anos a se desenvolver”, disse uma das psicólogas envolvidas na pesquisa.

 

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A equipe analisou 40 filmes de grande bilheteria que estrearam entre 1995 e 2005, – como Enquanto Você Dormia e O Casamento dos Meus Sonhos (da foto acima). A maioria dos roteiros transmite a idéia da “alma gêmea” e de parceiros que têm tanta sintonia que parecem “ler a mente” um do outro. “Embora a maioria saiba que é pouco realista esperar que um relacionamento seja perfeito, alguns continuam sendo muito mais influenciáveis do que achamos pela forma como o cinema ou a TV apresentam essas relações”, afirmou outro especialista. “Agora temos algumas evidências que sugerem que a mídia popular tem um papel em perpetuar essas idéias na mente das pessoas”.

 

 

Taís Brem

O lado bom das filas

 

 

Li ontem este texto de Mário Quintana e achei por bem reproduzi-lo. Muito interessante. Fala sobre filas. Sim, aqueles famosos processos pelos quais, volta-e-meia, passamos pelos motivos mais variados possíveis. Tem fila para pagar as compras no caixa do super, fila para ser atendido no postinho médico, fila para se matricular na escola, fila para receber um órgão a ser transplantado, fila para, enfim, ganhar o tão suado salário no fim do mês e por aí vai. Coisas criadas para facilitar a vida de todo mundo, um progresso na civilização. Mas, o que mais vemos, na verdade, é que este todo mundo – eu, inclusive –, vive a reclamar das ditas-cujas. Todavia, se não fossem elas, imagina a bagunça! Melhor seguir o conselho de Quintana e aproveitar este tempo “livre” para um “útil lazer”. Veja as filas pelo seu lado bom.

 

 

As benditas filas

 

O homenzinho que estava à minha frente na fila do sabão de coco dobrou o jornal, voltou-se para mim e disse:

 

– Não sei por que os jornais falam tanto contra as filas. A fila não é um problema, a fila é uma solução. Lembro-me de que nos meus tempos de ginásio, quando as entradas para as matinês custavam trezentos réis, era aquela luta ombro a ombro nos guichês do Apolo! Venciam os guris mais fortes, os grandalhões, os “prevalecidos”, como a gente dizia. Era o domínio da força bruta, o fascismo, meu caro senhor! Veja agora que beleza, olhe só esta fila: não é o grandalhão, socialmente falando, que chega primeiro ao balcão; é o que tem direito a isso, conforme o seu lugar na fila. Olhe, eu sou um barnabé, pois lá atrás está a cunhada do chefe, que até me cumprimentou, mas “conhece o seu lugar”, compreende? Que é isso? Legalidade, ordem, democracia. Democracia, meu caro senhor. Não, a fila não é um problema, a fila é o orgulho da nossa civilização.

 

Como eu não dissesse nada, o homenzinho prosseguiu:

– E depois, não é só isso. Se não fossem as filas, como poderíamos calmamente ler os jornais do dia, nos inteirarmos dos problemas nacionais e internacionais, e refletir ponderadamente sobre as suas soluções? A fila é propícia à meditação e ao estudo. Ao estudo, sim. Disse isso porque um tio meu, que tem fama de gira, aprendeu grego durante a fila do leite. Está vendo? Se todos fizessem como ele, poderiam, trazendo um livro para a fila, aprofundar seus conhecimentos, cultivar seu espírito, em vez de estar a bradar contra o Sistema que lhe proporciona esse úteis lazeres.

 

QUINTANA, Mário. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p.708. 

   

A própria cegueira

 

saramago

 

Ele é aclamado no mundo inteiro por conta de seus livros, considerados verdadeiras obras-primas. Mas, quando se trata de espiritualidade, José Saramago, autor de “Ensaio sobre a Cegueira”, é o próprio cego. Foi o que deu pra notar dando uma olhada num vídeo de uma entrevista com ele que circula pela internet.

 

Confesso que sei muito pouco sobre a figura. É português. Ganhou o prêmio Nobel de Literatura. E escreveu este tal romance que virou filme e tem emocionado muita gente. Cristãos, inclusive. Enfim, deve ter seu mérito. Entretanto, qualquer pontinha de pré-admiração que eu pudesse ter por ele a ponto de me levar a pesquisar mais sobre sua vida e obra caiu por terra ontem, quando vi este vídeo. Trata-se de uma sabatina feita por alguns jornalistas da Folha. Nela, o cara fala, entre outras coisas, do que pensa sobre Deus e de como visualiza a Bíblia e coisas que, na sua opinião, a Igreja teria inventado, como o pecado e o inferno.

 

Parece que não é a primeira vez que ele dá suas alfinetadas no cristianismo e faz questão de dizer que é ateu. Não deveria. Entretanto, se fosse apenas uma opinião isolada que não fizesse diferença alguma para o resto do mundo, paciência. Não fomos criados como robôs e ninguém tem a obrigação de pensar de uma única forma. As religiões e seitas existem aos montes por aí – inclua-se nisso o ateísmo.  Cabe a cada um definir o que é melhor para sua vida. O problema é que, por ser alguém de muita influência, considerado extremamente sábio por público e crítica em todo o planeta, Saramago chega a envenenar com suas declarações pagãs. Basta observar os risinhos de aprovação e os aplausos da platéia para comprovar o efeito que sua postura causa.

 

Um dos repórteres perguntou se, após a cura da doença respiratória que quase lhe custou a vida, sua percepção sobre Deus havia mudado. E ele, sarcasticamente, responde: “Por que mudaria? Quem me curou foi meu médico e aquela senhora que está sentada ali”, disse, fazendo referência à esposa, Pilar. Logo depois, emendou: “Não quero ofender ninguém, mas, para mim, Deus não existe. Não brinquemos com estas coisas”.

 

Na seqüência, o autor, atualmente com 86 anos, diz acreditar que Deus é apenas uma invenção dos homens. Coisa de alguém que teve medo da morte e pensou que era melhor se agarrar à possibilidade de existência de um ser superior. Daí, segundo ele, é que a Igreja Católica teria aproveitado também para criar o inferno e o purgatório. O pecado, outra invenção, seria um “instrumento da igreja para controlar os corpos”.

 

Para arrematar os comentários de fundo (anti) religioso, Saramago fala que a Bíblia é um verdadeiro desastre. Foi escrita por homens e, por isso, não merece crédito. Além do mais está cheia de exemplos de incestos e assassinatos. “Não é um livro que possa ser deixado na mão de um inocente”, completou. Aham. Quem sabe a sua coleção aclamada mundo afora possa. Coleção esta que inclui o livro que lhe garantiu o Nobel de literatura, há dez anos, chamado “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”. Trata-se de um relato que, conforme a jornalista Maria das Graças Targino, mostra um “Deus vingativo”, um “diabo simpático” e um “Jesus maravilhosamente imperfeito”. “Uma obra-prima recheada de passagens literalmente incríveis”, comenta a moça, encantada.

 

Tá vendo como estas baboseiras perturbam a cabeça das pessoas? Mas, como ele é um intelectual inteligentíssimo, o cara, um grande sábio, tá valendo. Louco e ignorante é quem ousa discordar.

 

Taís Brem

Bueno!

 

“Os jogos de poder e as intrigas amorosas comuns à nossa natureza estão nessas obras. A Bíblia é um verdadeiro catálogo das paixões humanas”.

Moacyr Scliar, escritor, sobre o livro “Manual da Paixão Solitária”, que escreveu com base em Gênesis-38. A passagem bíblica narra a definição da linhagem de Judá a partir do incesto provocado por sua nora, Tamar.

 

“O que a minha família me passou foi esse conceito muito claro de liberdade: ‘Não tem que casar, não tem que ter filho. Você tem é que lutar para ser livre’”.

Glória Maria, jornalista.

 

“Associar o Saci à imagem de demônio não é válido. Pela lenda, ele é um menino sapeca que preferiu ser livre em vez de viver na senzala nos tempos de colonização do Brasil. Cada um cria sua imagem do Saci”.

Mário Candido da Silva Filho, presidente da Sociedade de Observadores de Saci (Sosaci), defendendo o personagem. 

 

“Não gosto daquela felicidade plena que o Dalai Lama prega. Você não vai ter um estágio idiota de alegria. Isso é o dia-a-dia, isso é a realidade’”.

Evandro dos Santos, humorista e intérprete do personagem Christian Pior, do Pânico.

 

“Eu apresentei a ela heroína, cocaína e a autodestruição. Me sinto mais do que culpado”.

Blake Fielder-Civil, (quase-ex) marido da cantora Amy Winehouse, assumindo a culpa pelo estado extremo de dependência química a que a garota chegou.

 

“Recebi um telefonema de alguém que achava que o Garfield deveria fazer um vídeo de exercícios para compensar os maus hábitos. Garfield e exercícios, é forçar a barra”.

Jim Davis, criador de Garfield, ironizando a opinião de quem acha o personagem sedentário um mau exemplo por aparecer apenas comendo e dormindo nas tirinhas.

 

“Precisamos de Deus para quê? Nunca o vimos. Tudo aquilo que se diz sobre Deus foi escrito por pessoas”.

José Saramago, prêmio nobel de Literatura, criticando a crença na existência de Deus. Durante sabatina da Folha de S. Paulo, o escritor português ainda taxou a Bíblia de “desastre” que, por ser “cheia de maus conselhos”, não deve ser “deixada na mãos de inocentes”.